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Cobertura jornalística em zona de risco é tema de debate com Humberto Trezzi

Na noite de ontem, quinta-feira, 31 de março, o correspondente internacional da Zero Hora, Humberto Trezzi, conversou com acadêmicos do curso de Jornalismo da Unifra.  Estudantes interessados em coberturas de risco ou mesmo em fazer reportagens investigativas puderam conhecer um pouco mais sobre o dia-dia de um profissional que atua na área. Formado em Jornalismo e especialista em Segurança Pública, Trezzi esteve em Santa Maria para falar sobre os seus dias na Líbia. Durante o conflito naquele país, o jornalista se envolveu em um acidente por estar em área próxima aos bombardeios.

Trezzi foi o enviado especial do Grupo RBS para cobrir a guerra civil na Líbia. Esteve no meio de um bombardeio contra os rebeldes líbios, quando sofreu um acidente e feriu um olho. O carro em que o repórter estava, com três jornalistas franceses e um motorista líbio, tentou fugir de tiros de canhão na estrada, quando colidiu com uma van que ia na frente e freou bruscamente para escapar da explosão de uma bomba na rodovia.

Mesmo com muitas dificuldades naquele país, o jornalista fez a cobertura do conflito, e descreveu aos leitores da ZH o olhar de um repórter presente nos fatos e preparado para enfrentar uma guerra.  Ao narrar o horror das bombas e granadas despejadas por Kadafi perto do comboio  onde estava, o jornalista se manteve observador por mais que as circunstâncias tenham sido perigosas.

“Minha esposa e minha filha não gostam quando viajo, minha mãe fica sabendo quando já estou nos locais de conflito e meu pai gostaria de estar lá comigo, assim como meu filho”, relata Trezzi que já participou de coberturas internacionais na Angola (1996), Colômbia (2003), Timor Leste (2004), Haiti (2005), Bolívia (2008), Chile (2010) e Equador (2010). E neste ano, trabalhou durante 10 dias no Oriente Médio, cinco deles na Líbia.

Trezzi se considera multimídia e diz aos universitários que, hoje, o profissional precisa saber trabalhar com jornalismo impresso, rádio, TV e internet. As redações nos veículos de comunicação estão cada vez mais integradas. É preciso saber fazer tudo em um curto espaço de tempo, cumprindo o “deadline” (prazo final) para a publicação daquela informação.

Natural de Passo Fundo, o jornalista tem 48 anos, 27 de profissão e 22 de vínculo com ZH, atuando nas editorias de Polícia e Geral, assinando a coluna ‘Sua Segurança’. Já recebeu mais de 30 prêmios, incluindo o Esso Regional, na categoria de direitos humanos, com a reportagem ‘Fronteiras do Crime’.

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Na noite de ontem, quinta-feira, 31 de março, o correspondente internacional da Zero Hora, Humberto Trezzi, conversou com acadêmicos do curso de Jornalismo da Unifra.  Estudantes interessados em coberturas de risco ou mesmo em fazer reportagens investigativas puderam conhecer um pouco mais sobre o dia-dia de um profissional que atua na área. Formado em Jornalismo e especialista em Segurança Pública, Trezzi esteve em Santa Maria para falar sobre os seus dias na Líbia. Durante o conflito naquele país, o jornalista se envolveu em um acidente por estar em área próxima aos bombardeios.

Trezzi foi o enviado especial do Grupo RBS para cobrir a guerra civil na Líbia. Esteve no meio de um bombardeio contra os rebeldes líbios, quando sofreu um acidente e feriu um olho. O carro em que o repórter estava, com três jornalistas franceses e um motorista líbio, tentou fugir de tiros de canhão na estrada, quando colidiu com uma van que ia na frente e freou bruscamente para escapar da explosão de uma bomba na rodovia.

Mesmo com muitas dificuldades naquele país, o jornalista fez a cobertura do conflito, e descreveu aos leitores da ZH o olhar de um repórter presente nos fatos e preparado para enfrentar uma guerra.  Ao narrar o horror das bombas e granadas despejadas por Kadafi perto do comboio  onde estava, o jornalista se manteve observador por mais que as circunstâncias tenham sido perigosas.

“Minha esposa e minha filha não gostam quando viajo, minha mãe fica sabendo quando já estou nos locais de conflito e meu pai gostaria de estar lá comigo, assim como meu filho”, relata Trezzi que já participou de coberturas internacionais na Angola (1996), Colômbia (2003), Timor Leste (2004), Haiti (2005), Bolívia (2008), Chile (2010) e Equador (2010). E neste ano, trabalhou durante 10 dias no Oriente Médio, cinco deles na Líbia.

Trezzi se considera multimídia e diz aos universitários que, hoje, o profissional precisa saber trabalhar com jornalismo impresso, rádio, TV e internet. As redações nos veículos de comunicação estão cada vez mais integradas. É preciso saber fazer tudo em um curto espaço de tempo, cumprindo o “deadline” (prazo final) para a publicação daquela informação.

Natural de Passo Fundo, o jornalista tem 48 anos, 27 de profissão e 22 de vínculo com ZH, atuando nas editorias de Polícia e Geral, assinando a coluna ‘Sua Segurança’. Já recebeu mais de 30 prêmios, incluindo o Esso Regional, na categoria de direitos humanos, com a reportagem ‘Fronteiras do Crime’.