As manhãs mais frias e as tardes mais quentes são características desta época do ano. Mas as variações térmicas podem ajudar a agravar os problemas para quem tem doenças respiratórias alérgicas. A dona de casa, Ivone Moreira Faria é uma delas: “Me ataca, me ataca o peito, me ataca a renite, me ataca a sinusite. Nessa época do ano que começa, já começa a me doer o rosto, me doer as maças do rosto. Começo a ter espirros.”
O fenômeno da variação térmica também é sentido por algumas pessoas durante a primavera: “Geralmente na primavera com o advento do pólen, eu sou acometido de uma renite. Então a minha renite é alérgica oriundo do pólen da primavera”, explica Rui Bernardo Ruat , Representante de Laboratório.
Segundo especialistas, o vento norte e a posição geográfica de Santa Maria, no centro do estado, influenciam nos casos de doenças respiratórias: “Nós temos aqui uma característica bem peculiar. Nó estamos no centro do estado pro lado oeste e sul, toda essa região da campanha e que chegam as frentes frias e logo aqui dividindo, iniciando o planalto médio. E essas diferenças de temperaturas são muito características da nossa cidade, o vento norte, e isso prejudica realmente os pacientes que tem essa predisposição alérgica. Porque no caso de dias muito secos, muito quentes, tem o cento que vai levantas toda essa poeira orgânica, de polens, que vai acabar desencadeando as crises alérgicas” afirma o Médico Pneumologista Júlio Cezar Sarturi.
Segundo o pneumologista, para evitar que as crises das doenças respiratórias se agravem é importante que os cuidados comecem nos espaços de convívio: “A pessoa que tem crises alérgicas elas tem que ter essa predisposição a essa alergia. O que nós precisamos dar de dicas é que na pessoa que tem essa predisposição os cuidados ambientais são extremamente importantes, evitar poeiras, pó, locais úmidos, optar por ambientes bem arejados.”
O médico especialista faz um alerta para a que as pessoas possam tomar a vacina contra a gripe: “É importante esclarecer com relação à vacina do vírus da gripe. Ela é uma vacina produzida com pedaços do vírus, não é um vírus vivo, as pessoas não precisam ter medo de que estão recebendo vírus, são pedaços dos vírus mais freqüentes dos anos anteriores. É importante que as pessoas saibam que a vacina pode dar uma pequena reação na primeira semana, uma febriculazinha talvez, um mal estar, isso pode acontecer em alguns casos. E isso não é problema sério nenhum. Outra coisa importante, a vacina precisa de uma semana a 45 dias para começar a fazer efeito. Quer dizer, se a pessoa tiver uma gripe 15, 20 dias depois, não quer dizer que a vacina falhou. Ela precisa de um tempo pra criar a imunidade e aí sim então proteger. E a proteção, não é 100%. Mesmo a pessoa fazendo a vacina, ela pode se gripar.”
A campanha nacional de vacinação contra a gripe começa no dia 05 de maio.
Texto: Camille Wegner/ TV Unifra