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Natasha Mruz Garcia muito além das câmeras

Natasha atua na rede Pampa, egressa da primeira turma de jornalismo formada em jan 2007 .

Eles passaram pelo curso de Jornalismo da Unifra.  Hoje estão no mercado de trabalho. São jornalistas, assessores, professores, pesquisadores, consultores,empreendedores. Atuam com a comunicação em diferentes partes do país e do mundo, e agora retornam em depoimentos sobre os 10 anos do curso.

Todos muito bem-vindos!

Quando estava na sétima série, amava as aulas de redação, gostava de ler e era muito curiosa. Tinha interesse em saber de tudo e todos. Decidi então que queria ser detetive. Hahaha. Como não existia essa faculdade, vi que “ser jornalista” era o que eu queria ser quando crescesse.

Tentei vestibular na UFSM por dois anos sem sucesso. Quando fui prestar o terceiro vestibular na Federal, abriu o curso na Unifra e sem pensar duas vezes, fiz a prova e passei. Ser da primeira turma tinha as suas vantagens: tudo era muito novo, nós éramos “donos” do curso.

Eu realmente gostava muito, embora achasse que os primeiros semestres eram extremamente “chatinhos”. Só quando fui fazer a monografia percebi o quanto errei em não ter estudado o suficiente nos primeiros semestres, pois tive que aprender praticamente sozinha, lendo livros e mais livros, tirando as duvidas com minha orientadora Dani Hineraski.

Quando iniciei o curso de jornalismo, o que eu queria mesmo era a prática, trabalhar mesmo. Por isso, logo no primeiro semestre comecei a estagiar junto com uma colega no setor de Comunicação Social da Base Área de Santa Maria. Foram 12 meses de muito aprendizado. Eu amava o trabalho, fazia informativos, ajudava a organizar eventos, participava de atividades da Organização Militar, sempre com a supervisão de um responsável.

Após este período, senti a necessidade de dedicar-me mais aos estudos e comecei a trabalhar na Unifra como aluna pesquisadora nos projetos: “Os Jovens Gaúchos no Patrola – Identidades em Mutação?” orientado pela professora Daniela Hinerasky e “TV Câmara: o Discurso da Política Municipal”, orientado pela professora Sibila Rocha. A partir daí, percebi que a vida acadêmica me atraia muito e como era bolsista, passava horas e horas na Unifra, o que gerou um carinho mais especial pela Universidade e os professores. Participei também de grandes projetos como o JornalECO, PLURAL – Revista Experimental, ABRA – Jornal Experimental, onde visitamos para coleta de material e fizemos um jornal sobre o presídio municipal de Santa Maria. Eu, ao lado dos colegas Peterson, Rogério e João, fomos pioneiros no projeto “Caraí Notícias – A Voz da Comunidade”, o qual desenvolvemos um programa de rádio sobre a comunidade local que nos rendeu premiação no SET Universitário de Porto Alegre. Trabalhei também nos programas experimentais “Microfononia” e “Caraí Entrevista”, tudo dentro da comunidade do bairro leste de Santa Maria.

Fiz a monografia com o título “A representação da cultura gaúcha no Teledomingo” sob orientação da professora Dani Hineraski, que passou a ser também, minha amiga. Formei-me na primeira turma do curso no final de 2006 e embora tivesse sido bem alertada sobre o mercado de trabalho, queria colocar o pé na estrada.

Lembro que minha formatura foi em um sábado, e na terça eu já estava de mala e cuiaem Porto Alegre, em busca de “um lugar ao sol”. Morei inicialmente com a Dani e depois de quatro meses fui morar sozinha. Não tenho vergonha de falar… Nos primeiros meses na capital, passei trabalho. Sozinha, longe da família, amigos, e pior, sem emprego. Eu me punia mais por não estar empregada, pois achava que seria tudo mais fácil.

Em maio de 2007 fui chamada na TV Pampa para fazer um teste de vídeo, só que detalhe: eu morro de medo de câmera, até hoje! Mesmo assim, criei coragem e fui. Fiz o teste escrito e quando era para fazer o vídeo, fui sincera e disse que não queria fazer. Acredito que tenha sido meu dia de sorte, pois estavam precisando de uma produtora. Conversei, fui selecionada e estou na emissora até hoje.

Minhas atividades iniciais eram produzir o programa jornalístico Pampa Meio Dia. Três meses depois, fui chamada também para produzir o programa de entretenimento Studio Pampa que estava recém inserindo-se no mercado. Os primeiros dias foram bem complicados, pois tive que aprender praticamente tudo do zero. Por tratar-se de uma empresa familiar, a política muitas vezes não é entendida pela maioria das pessoas e sofri duras críticas. Devido ao desempenho de minhas atividades, em junho de 2010 fui provida e passei a assumir o cargo de Gerente de Produção da emissora. Além de produzir e coordenar o programa Studio Pampa e a rotina administrativa do elenco e grupo de assistentes de palco, assumi também a responsabilidade pela coordenação de produção dos demais programas da emissora. A título de conhecimento, a TV Pampa tem a maior produção de programas locais e abrange todo Rio Grande do Sul.

Hoje, trabalho na Tv Pampa e tenho também um projeto paralelo com meu marido, a rádio web Sertanejo Total (www.sertanejototal.com.br). Atenta a novas tecnologias e tendências de mercado, este ano iniciei Pós Graduação na ESPMem Marketing Digital, pois acredito que isso vai agregar tanto no meu trabalho na TV, quanto na Rádio Web. O profissional de hoje precisa estar atento a novas tendências de comunicação.

Ser aluna da primeira turma de jornalismo da Unifra certamente contribuiu para minha formação e bagagem cultural que possuo hoje. Tenho o maior carinho pela instituição, fico muito feliz com o crescimento e sucesso do curso e sinto e maior orgulho de fazer parte desta história.

Natasha Mruz Garcia, jornalista, formada na 1ª turma de Jornalismo da Unifra.

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Natasha atua na rede Pampa, egressa da primeira turma de jornalismo formada em jan 2007 .

Eles passaram pelo curso de Jornalismo da Unifra.  Hoje estão no mercado de trabalho. São jornalistas, assessores, professores, pesquisadores, consultores,empreendedores. Atuam com a comunicação em diferentes partes do país e do mundo, e agora retornam em depoimentos sobre os 10 anos do curso.

Todos muito bem-vindos!

Quando estava na sétima série, amava as aulas de redação, gostava de ler e era muito curiosa. Tinha interesse em saber de tudo e todos. Decidi então que queria ser detetive. Hahaha. Como não existia essa faculdade, vi que “ser jornalista” era o que eu queria ser quando crescesse.

Tentei vestibular na UFSM por dois anos sem sucesso. Quando fui prestar o terceiro vestibular na Federal, abriu o curso na Unifra e sem pensar duas vezes, fiz a prova e passei. Ser da primeira turma tinha as suas vantagens: tudo era muito novo, nós éramos “donos” do curso.

Eu realmente gostava muito, embora achasse que os primeiros semestres eram extremamente “chatinhos”. Só quando fui fazer a monografia percebi o quanto errei em não ter estudado o suficiente nos primeiros semestres, pois tive que aprender praticamente sozinha, lendo livros e mais livros, tirando as duvidas com minha orientadora Dani Hineraski.

Quando iniciei o curso de jornalismo, o que eu queria mesmo era a prática, trabalhar mesmo. Por isso, logo no primeiro semestre comecei a estagiar junto com uma colega no setor de Comunicação Social da Base Área de Santa Maria. Foram 12 meses de muito aprendizado. Eu amava o trabalho, fazia informativos, ajudava a organizar eventos, participava de atividades da Organização Militar, sempre com a supervisão de um responsável.

Após este período, senti a necessidade de dedicar-me mais aos estudos e comecei a trabalhar na Unifra como aluna pesquisadora nos projetos: “Os Jovens Gaúchos no Patrola – Identidades em Mutação?” orientado pela professora Daniela Hinerasky e “TV Câmara: o Discurso da Política Municipal”, orientado pela professora Sibila Rocha. A partir daí, percebi que a vida acadêmica me atraia muito e como era bolsista, passava horas e horas na Unifra, o que gerou um carinho mais especial pela Universidade e os professores. Participei também de grandes projetos como o JornalECO, PLURAL – Revista Experimental, ABRA – Jornal Experimental, onde visitamos para coleta de material e fizemos um jornal sobre o presídio municipal de Santa Maria. Eu, ao lado dos colegas Peterson, Rogério e João, fomos pioneiros no projeto “Caraí Notícias – A Voz da Comunidade”, o qual desenvolvemos um programa de rádio sobre a comunidade local que nos rendeu premiação no SET Universitário de Porto Alegre. Trabalhei também nos programas experimentais “Microfononia” e “Caraí Entrevista”, tudo dentro da comunidade do bairro leste de Santa Maria.

Fiz a monografia com o título “A representação da cultura gaúcha no Teledomingo” sob orientação da professora Dani Hineraski, que passou a ser também, minha amiga. Formei-me na primeira turma do curso no final de 2006 e embora tivesse sido bem alertada sobre o mercado de trabalho, queria colocar o pé na estrada.

Lembro que minha formatura foi em um sábado, e na terça eu já estava de mala e cuiaem Porto Alegre, em busca de “um lugar ao sol”. Morei inicialmente com a Dani e depois de quatro meses fui morar sozinha. Não tenho vergonha de falar… Nos primeiros meses na capital, passei trabalho. Sozinha, longe da família, amigos, e pior, sem emprego. Eu me punia mais por não estar empregada, pois achava que seria tudo mais fácil.

Em maio de 2007 fui chamada na TV Pampa para fazer um teste de vídeo, só que detalhe: eu morro de medo de câmera, até hoje! Mesmo assim, criei coragem e fui. Fiz o teste escrito e quando era para fazer o vídeo, fui sincera e disse que não queria fazer. Acredito que tenha sido meu dia de sorte, pois estavam precisando de uma produtora. Conversei, fui selecionada e estou na emissora até hoje.

Minhas atividades iniciais eram produzir o programa jornalístico Pampa Meio Dia. Três meses depois, fui chamada também para produzir o programa de entretenimento Studio Pampa que estava recém inserindo-se no mercado. Os primeiros dias foram bem complicados, pois tive que aprender praticamente tudo do zero. Por tratar-se de uma empresa familiar, a política muitas vezes não é entendida pela maioria das pessoas e sofri duras críticas. Devido ao desempenho de minhas atividades, em junho de 2010 fui provida e passei a assumir o cargo de Gerente de Produção da emissora. Além de produzir e coordenar o programa Studio Pampa e a rotina administrativa do elenco e grupo de assistentes de palco, assumi também a responsabilidade pela coordenação de produção dos demais programas da emissora. A título de conhecimento, a TV Pampa tem a maior produção de programas locais e abrange todo Rio Grande do Sul.

Hoje, trabalho na Tv Pampa e tenho também um projeto paralelo com meu marido, a rádio web Sertanejo Total (www.sertanejototal.com.br). Atenta a novas tecnologias e tendências de mercado, este ano iniciei Pós Graduação na ESPMem Marketing Digital, pois acredito que isso vai agregar tanto no meu trabalho na TV, quanto na Rádio Web. O profissional de hoje precisa estar atento a novas tendências de comunicação.

Ser aluna da primeira turma de jornalismo da Unifra certamente contribuiu para minha formação e bagagem cultural que possuo hoje. Tenho o maior carinho pela instituição, fico muito feliz com o crescimento e sucesso do curso e sinto e maior orgulho de fazer parte desta história.

Natasha Mruz Garcia, jornalista, formada na 1ª turma de Jornalismo da Unifra.