A UNIFRA oferece seis cursos de licenciatura: Geografia, Letras, Pedagogia, Matemática, Filosofia e História. O ingresso nessas graduações não é tão procurado e para o professor de História Alexandre Maccari o motivo é a preocupação com as questões financeiras. O professor do curso de Letras- Literatura Inglesa, Rodrigo Jappe, acredita que a licenciatura tem alcançado um verdadeiro espaço no meio brasileiro em função da falta de reconhecimento dos professores do ensino médio e fundamental nos últimos anos. O debate sobre esses pontos tem sido muito grande. “É a partir do professor que construímos um mundo melhor”.
A profissão de professor perdeu a tradição e está longe do glamour de outras. A professora do curso de Filosofia, Solange Dejanne, comenta que apenas 2% dos jovens querem seguir o magistério, independente do curso. Ela acredita que esse fator seja porque não há glamourização nos cursos, muito menos valorização e remuneração. O mercado está valorizando profissões que dão retorno financeiros. “Acredito em uma valorização maior”, finalizada a professora.
Infelizmente os cursos de licenciatura têm se tornado menos atrativo para as pessoas em função do baixo reconhecimento social que tem. Segundo a professora Karla Tatsch, coordenadora do curso de Matemática. “Acreditamos que essa conquista é importante e necessária para a atuação dos professores de maneira geral, temos a certeza que esse reconhecimento está por chegar”.
Por outro lado cada vez mais o tema da educação é um debate público e a expectativa de professores e da sociedade é que esse cenário mude. Para o coordenador do curso de Geografia, Valdemar Valente, a licenciatura vive em um bom momento no contexto social. A desvalorização é um processo reversível. Os professores são necessários, é impossível a sociedade atingir seu desenvolvimento.
“Nós estamos procurando retomar esse espaço, porque nunca foi tão divulgado na mídia e enfatizado na sociedade a questão de valorização do professor. Temos algumas conquistas salariais, mas precisamos muito buscar o reconhecimento da nossa profissão”, argumenta a coordenadora de pedagogia, Elisiane Lunardi.