Foi com o lançamento do segundo álbum, Fly by Night, que o Rush migrou definitivamente para o rock progressivo. Foi também após o lançamento do segundo disco, Paranoid, que o Black Sabbath mostrou que suas músicas eram muito mais que excelentes rifes de guitarra. Ou seja, o primeiro CD lançado uma banda nunca esquece, mas é o segundo que serve para mostrar que o trabalho amadureceu e o grupo não é mais um a tocar no volume máximo.
E é esse amadurecimento musical que pode ser percebido no álbum O Instinto, segundo trabalho da Rinoceronte, power trio peso pesado nascido em Santa Maria.
A banda, formada por Paulo Noronha (voz e guitarra), Vinícius Brum (voz e baixo) e Luiz Henrique (bateria), acrescentou em algumas faixas doses homeopáticas de teclado e bandolim, fato esse que trouxe um diferencial, mas sem tirar a identidade musical que o público já conhece. Ponto para o trio de músicos e para o produtor Gustavo Vasquez, proprietário do estúdio Rocklab, onde o disco foi produzido. “Durante o processo de pré produção do disco já havíamos definido usar algo de violão em alguns temas. Chegando no estúdio nos aproximamos desses novos elementos e nos 15 dias que ficamos por lá o contato foi constante”, afirma Noronha, responsáveis pelas seis cordas na Rinoceronte.
O fantasma do segundo CD
No ramo musical vários artistas lançam um primeiro álbum impecável, recheado de hits que agradam gregos e troianos. No entanto, o segundo disco não corresponde às expectativas. Sobre essa preocupação, Noronha declara que ela existe, mas não é uma obsessão.
“Nos preocupamos sim, mas no final a gente fica com a impressão de que isso tem mais a ver com bandas que já nascem grandes, no mainstream sabe, o que não é o nosso caso”, afirma o guitarrista, que se orgulha da independência da banda.
Sobre o fascínio que o som setentista exerce sobre as novas gerações, Noronha declara que isso ainda é um mistério: “Pode ser que tenha a ver com o fato de que nos anos 70 estão presentes quase todos os grandes dinossauros do rock, em plena atividade, que faziam coisas absurdamente novas para a época deles”.
E com um pé no passado, mas com os olhos para o futuro, a Rinoceronte continua deixando pegadas de peso no rock santa-mariense. E que venham o terceiro, o quarto, o quinto… Muitos CDs pela frente.
Uma resposta
Bacana demais Fernando.
Valeu, mestre.
Abração