
Com a chegada das altas temperaturas, a busca por melhorar a estética ou o estado de saúde têm levado muitas pessoas a procurar as academias de ginásticas. A pesquisa divulgada pelo ministério da saúde, em parceria com o Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), indica que 33,8% dos brasileiros praticam algum tipo de atividade física regularmente, um aumento de 12,6% nos últimos cinco anos.
Uma pesquisa feita em Santa Maria com 20 estudantes entre 18 e 29 anos revelou que 16 são adeptos de alguma atividade física regularmente. Dos 10 homens entrevistados, oito praticam mais de um esporte semanalmente (futebol, corrida e musculação foram citados). “A musculação e a bike são como uma terapia, onde eu me alivio e perco toda tensão do dia-dia”, afirma Patrick Hairon Ferreira, de 20 anos.
Entre as 10 mulheres, seis delas também praticam atividades variadas, como dança, caminhada e academia. ”A dança me deixa mais tranquila”, diz Mariana da Silva, 22 anos.

Apesar do aumento da prática de exercícios físicos, o número de pessoas sedentárias ainda é alto, segundo a Organização Mundial de Saúde. Esses dados foram confirmados pela pesquisa feita pela equipe de reportagem.
A estudante Marjana Almeida, de 21 anos, é uma das pessoas que não costumam realizar nenhuma atividade física. “Me considero sedentária, tenho um dia corrido e confesso que sou preguiçosa, não reservo nenhum tempo para praticar exercícios físicos”, declara a estudante.
Conciliar atividade física no cotidiano se mostra um grande desafio para muitas pessoas, tendo em vista que os afazeres profissionais demandam muita dedicação. É preciso deixar de lado o comodismo e procurar maneiras de exercitar o corpo para uma vida saudável, defendem os especialistas.

Para o professor de Educação Física Eduardo Lopes, as vantagens da prática de exercícios físicos são inúmeras, como a prevenção do risco de diabetes, de doenças cardíaca, da obesidade e da hipertensão arterial. “Toda atividade física ajuda a ter uma melhor mobilidade e uma boa disposição, além de contribuir para o ânimo e a resistência para as demais atividades do dia-dia”, explica.
Suplementos: sim ou não?
O uso de suplementos é indicado para pessoas com um alto rendimento esportivo, pessoas que têm um dia corrido, que treinam bastante e que já façam parte do grupo do nível intermediário para o avançado. Por isso, a primeira orientação para aqueles que buscam ganhos de massa muscular, de acordo com a nutricionista Natália Dotto Flores, é passar por uma avaliação. Só após análise individual, dieta será prescrita, sempre levando em conta sempre o biotipo de cada um.
“É importante que antes de começar o uso de algum tipo de suplementação, que a pessoa passe por uma avaliação com um nutricionista, caso contrário é preciso ter muito cuidado”, esclarece Eduardo.
Outro fator indispensável é considerar os diferentes tipos de suplemento. “Os termogênicos, por exemplo, que servem para acelerar o metabolismo, não são recomendados para pessoas cardíacas. Os ricos em proteínas, também não são apropriados para quem já apresentou algum tipo de problema renal ou algum valor de indício renal aumentado”, enfatiza a nutricionista.
Os intervalos de cada alimentação também dependem do ritmo de cada pessoa e dos horários em que costumam malhar. A dieta é planejada com base no treino de cada um, levando em conta sempre as alimentações antes e após cada atividade física. É por essas questões que antes de prescrever qualquer recomendação, solicitamos exames para uma avaliação mais concreta”, finaliza a nutricionista.
Os exercício físicos, quase sempre, servem como excelente meio de tratamento. Os estudos são unânimes em apontar o prolongamento da vida como um efeito inequívoco da prática regular de exercícios. É importante salientar, que o exercício é como um medicamento: deve ser “administrado” na “dose” correta; se a dose for excessivamente baixa, os benefícios não aparecem; se a dose for excessiva, podem surgir os “efeitos colaterais”, como lesões musculares e articulares e até a morte súbita. Desta forma, uma cuidadosa avaliação clínica e uma correta orientação são importantes para extrairmos o máximo de benefícios com o mínimo de riscos.
Por Márcio Fontoura, para a disciplina de Jornalismo Online