O dia do professor comemorado hoje, 15 de outubro, é um dia de excelência. Professores ajudam a desenvolver habilidades e têm maior papel social no exercício de suas profissões. O professor deixou de ser visto como o detentor de saber e foi reconhecido como um mediador que proporciona a circulação do conhecimento dentro da sala de aula.
A criação desta data, segundo o Wikipédia, é em virtude de D. Pedro I, em 1827, ter decretado que toda vila, cidade ou lugarejo do Brasil, criasse as primeiras escolas primárias do país, que foram chamadas de “Escolas de Primeiras Letras”, através do decreto federal 52.682\63.
Algumas professoras do Centro Universitário Franciscano deram seus depoimentos referentes às suas escolhas de profissão e o contemplar o ensino:
“Gosto de ensinar, minha formação foi em artes plásticas na Universidade Federal de Santa Maria e desde nova tive gosto pelo ensino. Me preparei para isso, fiz curso de bacharelado, fiz licenciatura e mestrado pensando que um dia eu poderia passar o conhecimento que eu tenho para outras pessoas. E é maravilhoso ver que um aluno entende ou que tenha essa percepção de quando ajudamos. Ainda mais eu que trabalho com disciplinas que fazem parte da sensibilização, com criatividade. É um ganho quando percebemos que o aluno aprender o que transmitimos”, considera Círia Moro, professora do curso de design.
“Queria fazer serviço social, foi toda uma escolha. Acredito que seja influência do tempo de infância, porque meus professores do ensino fundamental ou primário (como era na época) foram pessoas que me marcaram profundamente. Sempre tive muita facilidade de relacionamento, sempre gostei muito de trabalhar com pessoas e desde os 19 anos ministro aulas. Ao ver os alunos aprenderam o que transmito me deixa muito feliz, mas também muito frustrada. Hoje vejo que as coisas estão mudando tão rapidamente que o aluno não tem mais consciência do que é serem alunos, eles não tem comprometimento. Amo o que faço, mas confesso que me sinto frustrada de ver esse descomprometimento, a facilidade com o que tudo acontece”, desabafa Nice de Neves Miranda, professora do curso serviço social.
“Primeiro queria ser jornalista pela escolha racional, mas no ensino médio fiz magistério. Meu pai incentivou muito a ser professora, porque eu já iria ter uma profissão caso não pudesse pagar a faculdade e pudesse trabalhar. Fiz, então, o magistério, estagiei, mas nunca tinha trabalhado como professora. Vim para Santa Maria, fiz vestibular para jornalismo e passei. Na faculdade descobri a pesquisa e tinha vontade de fazer parte da docência. Fui para o mercado, trabalhei, mas nunca esqueci essa vontade. O tempo foi passando e eu não tinha oportunidade, não tinha tempo porque o mercado absorve e quando fui para São Gabriel e fiquei mais perto daqui de novo, sempre ficava em contato com antigos professores da faculdade para saber quando que ia ter mestrado em comunicação em Santa Maria. Quando abriu, fiz a seleção a primeira vez e não passei e segui trabalhando. Em 2009 surgiu a oportunidade de eu fazer como aluna especial no mestrado e fiquei mais próxima a realização do sonho de dar aula. Queria sair do mestrado e ministrar aulas de imediato, mas não deu e segui no mercado. Quando abriu vagas para seleção de professores na unifra, eu passei e se realizou o que eu queria. Ensinar é um aprendizado também. Jornalismo é uma das únicas profissões, claro que todas, mas a comunicação não tem como fugir, tem que estudar, por mais que tu continue com aquela disciplina por um tempo, cada semestre e alunos são diferentes e o mundo está mudando”, conta Luciana Carvalho, professora do curso jornalismo.
“Minhas experiências como professora foram sempre felizes e gratificantes. Sou professora em função da minha formação de moda. Entrei no segundo semestre e trabalho com modelagem e gosto da minha escolha. Toda vez que venho dar aula, venho feliz. Uma das características que é interessante é ‘cada dia é diferente do outro’ , porque são muitas pessoas, alunos de várias idades, muitos jovens, profissionais também e isso nos desacomoda. Encontramos universos diferentes com esses alunos e é enriquecedor. Programamos o conteúdo de aula, mas o interessante mesmo é o não saber o que vai acontecer durante a aula. Transmiti-los informações também é um aprendizado. As coisas que eu proponho ou vai ser montado, isso também é uma busca pelo aprimoramento de como passar esse conhecimento. Me dou conta de que devo ser sempre melhor nesse aspecto de aprimorar que é diferente do fazer”, explica Maria Suzeti Velozo Mesquita, professora do curso design de moda.