O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo. A média de mortalidade no Brasil continua muito elevada em função dos diagnósticos acontecerem em estágio avançado. Se descoberto e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Em função dessas tristes estatísticas, a campanha “Outubro Rosa”, que começou nos Estados Unidos na década de 1990, procura contribuir para a conscientização e prevenção do câncer de mama.
Diversas ações simples, como vestir a cor, ou iluminar prédios públicos têm sido desenvolvidas mundo afora. A cidade de Santa Maria está ilustrada em tons de rosa, pois muitos estabelecimentos comerciais e do governo, como a Prefeitura, apóiam a iniciativa com iluminações especiais à noite. Outras instituições envolvidas com a causa também divulgam panfletos e seus funcionários usam fitas rosas nas roupas – o símbolo da campanha.
A acadêmica do curso de terapia ocupacional, Ana Melo, 22 anos, acredita que a campanha faz uma grande diferença na sociedade porque ajuda na prevenção do câncer em todas as faixas etárias das mulheres, mas principalmente nos mais jovens, que desconhecem o assunto. Ela acompanha os vários outros movimentos em prol do projeto, como a corrida que ocorreu dia 14 de outubro, no Distrito Federal, junto com as Secretarias da Saúde e da Mulher.
Para a acadêmica de psicologia, Carina Reis, de 18 anos, “as mulheres estão muito mais conscientizadas e fazendo os exames necessários para a prevenção do câncer através do Outubro Rosa”.
Como prevenir o câncer de mama
Na página do movimento no site do INCA são divulgadas informações sobre a doença, como: – mitos e verdades sobre prevenção e detecção precoce da doença: o consumo de bebidas alcoólicas aumenta o riso de câncer?, alimentos a base de soja diminuem o risco da doença? entre outras questões; – benefícios e riscos da mamografia de rastreamento, possibilitando que a mulher tenha mais segurança para decidir sobre a realização do exame. Entre os fatores que causam o câncer de mama estão obesidade, sedentarismo, não ter amamentado, ter feito reposição hormonal por mais de cinco anos, ter histórico familiar de câncer, entre alguns outros. Mas especialistas ressaltam que práticas, como atividades físicas e alimentação saudável com a manutenção do peso corporal são formas de proteção e estão associados a um menor risco de desenvolver a doença.
Encontro para dismistificar o tema
Ocorrerá dia 29 de outubro, uma palestra com o Dr. Flávio Jobim para esclarecimentos sobre a doença, sintomas e diagnóstico, no prédio da antiga reitoria da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Os organizadores do encontro são o movimento Rosa Choque, um grupo de mulheres jovens que trabalha pela causa, e pelas insitutições de ensino locais, como o Centro Universitário Franciscano.
Por Fernanda Pedroso para a disciplina de Jornalismo Online