Na noite da última quinta-feira, 18, ocorreu a segunda conferência do XIX Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepe), no Salão de Atos do Prédio I do Conjunto I, do Centro Universitário Franciscano, Andradas (1614), com a abordagem: “Olhares Sustentáveis em favor da vida”. O conferencista frei Luiz Turra apresentou o tema “Espiritualidade: dimensão essencial da vida”, sob a coordenação do professor Valdir Pretto.
O frei Luiz Turra explanou sobre Espiritualidade e, em um dos momentos da palestra, ressaltou o período que estamos vivenciando. “Estamos vivendo uma mudança de época. Ela nos persegue de dia e noite. Estamos vivendo uma mudança. Estamos passando da modernidade. Estamos vivendo a Pós-modernidade”, comentou.
Em outro momento, o conferencista explicou a essência da espiritualidade e sua importância para o desenvolvimento humano. “Espiritualidade nos dá uma consequência de identificação. Ela nos humaniza, nos torna sociáveis. Pela espiritualidade a pessoa consegue entregar o negativo e aprende a viver.”. Declara ainda que, “espiritualidade deve brotar de dentro, é uma sintonia, uma liberdade”.
Padre há quase 50 anos, frei Luiz Turra pontuou as diferenças de espiritualidades. “A espiritualidade cristã é uma espiritualidade de discípulo, de quem quer aprender. Não se começa a ser cristão por uma ideia ou por uma decisão médica, mas sim por um encontro com Jesus Cristo. A espiritualidade cristã é uma espiritualidade libertadora, comprometida, vai gerando convívio, amizades, alegria. A espiritualidade de comunhão é uma espiritualidade de amor”, explanou. O religioso exemplificou a espiritualidade de comunhão parafraseando a carta escrita pelo Papa Francisco: “só quem ama, cuida da casa. Casa essa que é o mundo”. Antes de concluir a palestra, Frei Luiz destacou: “o mais triste do mundo é perder o senso de encantamento. A espiritualidade é uma essência de Deus”.
A segunda etapa da conferência foi coordenada pelo professor do Centro Universitário Franciscano Valdir Pretto, que mediou a participação do público. A reitora da instituição, irmã Iraní Rupolo, agradeceu a participação do palestrante: “Estamos muito felizes em ouvi-lo”. E salientou: “para nós, educar é humanizar. Não tem como educar sem espiritualizar”.
O frei, ao ser questionado sobre as dificuldades de ensinar os jovens, postula: “a geração jovem é mais disposta à massificação e se deixa facilmente ‘arrancar-se’. Trabalhar a espiritualidade com o jovem é trabalhar com o contato. O jovem é mais disperso. A musicoterapia é uma solução”. Ao fim, o professor Valdir Pretto concluiu “espiritualidade nos ajuda a nos manter humanizados”.
Por Victória Luiza para a disciplina de Jornalismo Online