O suicídio é a causa da morte de cerca de 800 mil pessoas por ano no mundo. O dado é bastante alarmante, e pode sim ser considerado um caso de saúde pública, pois seu número de fatalidades ultrapassa doenças como a Aids ou o câncer. Por isso, foi criado o Setembro Amarelo, que é o mês de conscientização e prevenção sobre o suicídio. Durante todo o mês, diversas atividades são realizadas no país para alertar a população brasileira sobre a realidade deste problema e o que deve ser feito.
Para fechar as atividades do Setembro Amarelo, foi realizado na última sexta-feira, 29, no Centro Universitário Franciscano a “Roda de Conversa: suicídio e questões midiáticas”. O debate foi realizado pelo Conselho Regional de Psicologia e o Núcleo de Psicoterapia de Santa Maria, tendo como apoio o Laboratório de Práticas em Psicologia da Unifra.
Participaram da Roda de Conversa o professor da PUC-RS, Roberson Rosa dos Santos e a jornalista Carolina Carvalho. Eles falaram sobre como é tratado o suicídio na mídia e como deve ser feita a conscientização por meio de ferramentas midiáticas. Além disso, foram colocados em questão assuntos de como ajudar, como prevenir e como identificar possíveis suicidas.
O suicídio ainda é pouco falado nos jornais e produtos midiáticos. Isso segundo a jornalista, se deve ao fato de se tratar de “um assunto um tanto delicado”, que ainda trazem um pouco de “medo a quem escreve ou faz alguma reportagem tratando do tema, principalmente fora do Setembro Amarelo”.
O professor Roberson acredita que: “o suicídio propõe uma questão para todo mundo que está vivo, e o medo de tocar em assuntos como este fora do Setembro Amarelo, impõe certos incômodos para a sociedade, pois é um assunto que incomoda, que é delicado, então as pessoas tem medo de tocar no tema. Não é como falar de câncer de mama, no Outubro Rosa, ou do Câncer de Próstata, no Novembro Azul. Falar sobre suicídio ainda é um tabu para as pessoas”, relata.
No Brasil, o Rio Grande do Sul é o Estado onde mais ocorrem casos, sendo quase o dobro(10,14) de mortes em relação à média nacional (5,4) a cada 100 mil habitantes na região.
Para buscar ajuda, uma boa ferramenta é o CVV (Centro de Valorização da Vida), ligando para o número 188. Além disso, outra ferramenta é o tratamento psicológico, este que sendo feito, pode evitar que suicídios aconteçam.