Na tarde de hoje, quarta 15, Santa Maria integrou as cidades que participam da manifestação nacional contra a Reforma da Previdência. Marcada para acontecer na praça Saldanha Marinho, a manifestação foi organizada e teve a presença dos sindicatos de trabalhadores, movimentos sociais, estudantes e o funcionalismo público que se reuniram na defesa das garantias conquistadas pela classe trabalhadora. Contrários às medidas do governo federal, os manifestantes protestaram contra o governo Temer, a PEC 287 e as privatizações previstas com cartazes e placas que pediam a saída do presidente Temer e o respeito à classe trabalhadora.
Luís Mario, metalúrgico, 59 anos, é um dos integrantes da comissão organizadora do protesto. Ele afirma que o ato é importante para a população tomar conhecimento do que vem acontecendo no país e observar como isso tudo irá afetar suas vidas. “A ideia inicial era participar de atos que ocorreriam em Porto Alegre, porém decidimos esquematizar uma manifestação na nossa própria cidade. Após debatermos em conjunto com alguns sindicados da cidade em uma reunião que ocorreu na última sexta-feira, foi decidida a organização de um ato em Santa Maria. Nosso principal objetivo era chamar atenção com essa manifestação para que a população, que parece tão distante da realidade, preste mais atenção nas mudanças tão importantes e que pode impactar de diversas maneiras a vida do cidadão. Qualquer um é bem-vindo desde que entenda nossa mensagem e a necessidade de estar presente no ato”, diz.
Segundo Mario, outra reunião está programada para a próxima sexta-feira, 27, com o objetivo de discutir e organizar novas manifestações contra as reformas do governo, e também para dialogar sobre o que mais irá agregar às manifestações.
Fábio Martins, professor, 32 anos, não faz parte de nenhum grupo específico de apoiadores, apenas incentiva a causa. Ele considera a Reforma da Previdência um ataque à classe trabalhadora. “Quando os trabalhadores se organizam é para buscar uma melhor qualidade dentro do lugar onde trabalham, quem não vier manifestar, está perdendo de lutar pelos seus direitos”, afirma.
Posição semelhante é a de Orizabete Aquino, 55 anos, também professora. Para ela, a reforma deve ser debatida entre as pessoas que serão diretamente atingidas. Orizabete afirma que o principal objetivo dos professores na manifestação é dizer não ao governo que consideram ilegítimo.
“Nós, professores das escolas públicas, temos que defender os direitos dos nossos estudantes, não consideramos uma reforma, mas sim, um desmonte da Previdência no Brasil”, conclui.
O ato que estava marcado para às 16h se estendeu até o início da noite. Os repórteres-aprendizes da equipe da ACS/LabMEM estiveram presentes na cobertura da manifestação.
Por Gabriel Leão e Luísa Peixoto, equipe da ACS