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Como tratar as disfunções sexuais?

Gustavo Latorre, fisioterapeuta. Foto: Juliana Kujawinski/LABFEM

A disfunção sexual é uma das principais alterações ou perturbações de uma vida sexual satisfatória e gratificante. A afirmação é do fisioterapeuta Gustavo Latorre,  responsável por mostrar para os alunos do curso  de Fisioterapia da Universidade Franciscana (UFN) que o tratamento pode estar muito mais presente neste campo.

A palestra ocorreu desta quarta (5), durante o  1º Workshop em Fisioterapia, e tratou da problemática das disfunções sexuais como campo de atuação do fisioterapeuta.

Latorre explica que a disfunção sexual é uma dificuldade sentida por uma pessoa ou casal durante qualquer estágio da atividade sexual, incluindo desejo, excitação ou orgasmo. As causas podem ser orgânicas, psicológicas ou mistas. Nos homens, a manifestação ocorre principalmente em  problemas de ereção e ejaculação. Nas mulheres, as disfunções mais comuns são a dispareunia (dor no momento do ato), anorgasmia (dificuldade ou incapacidade para atingir o orgasmo) e vaginismo (contração involuntária dos músculos da vagina que impede ou evita a penetração).

O fisioterapeuta relata que muitas pessoas consideram a disfunção como um problema pessoal, causado por algum estresse particular ou no relacionamento, e isso faz com que a procura por um tratamento seja muito baixa.  Hoje, o problema está na forma de como a sociedade enxerga o tratamento. Muitos não sabem ou não tem ideia de que a ajuda pode estar na fisioterapia.

As mulheres têm mais facilidade em buscar ajuda, pois como a maioria tem consultas com ginecologistas acabam tendo um comportamento diferente do homem, que, por sua vez, não sabe por onde procurar auxílio. Um dos casos mais comuns é o da ejaculação precoce, problema muscular que pode  ser tratado com o fisioterapeuta.  Segundo o especialista, o problema é similar a dor, “só que hoje, a sociedade procura mais a fisioterapia para tratamentos musculares, articulares e não sabem que existem profissionais especializados para essa área. A gente não é conhecido pelo povo, precisamos mudar isso urgentemente”, diz.

Segundo Latorre, o campo da fisioterapia pélvica, que é a prevenção ou tratamento de todas as disfunções que afetam o assoalho pélvico, tem crescido e o retorno é muito satisfatório não só âmbito lucrativo, mas no pessoal, pois a ajuda aos pacientes é muito importante para desenvolvimento de qualquer profissional.

O assunto foi de grande importância para os futuros profissionais de fisioterapia. A aluna Rafaela Camargo destacou que o tema sexualidade  ainda é considerado um tabu,  e a sociedade o  retrata de forma errônea sem abordar os pontos positivos. E isso faz que o auxílio ao bem-estar do indivíduo apenas mostre as consequências do ato, como a das doenças sexualmente transmissíveis.

“É muito importante não apenas o profissional da saúde entender a sexualidade, mas sim toda a sociedade. Entender e abordar de forma correta, e nos como profissionais temos como objetivo transmitir esta informação para um melhor entendimento do assunto”, comentou a aluna.

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Gustavo Latorre, fisioterapeuta. Foto: Juliana Kujawinski/LABFEM

A disfunção sexual é uma das principais alterações ou perturbações de uma vida sexual satisfatória e gratificante. A afirmação é do fisioterapeuta Gustavo Latorre,  responsável por mostrar para os alunos do curso  de Fisioterapia da Universidade Franciscana (UFN) que o tratamento pode estar muito mais presente neste campo.

A palestra ocorreu desta quarta (5), durante o  1º Workshop em Fisioterapia, e tratou da problemática das disfunções sexuais como campo de atuação do fisioterapeuta.

Latorre explica que a disfunção sexual é uma dificuldade sentida por uma pessoa ou casal durante qualquer estágio da atividade sexual, incluindo desejo, excitação ou orgasmo. As causas podem ser orgânicas, psicológicas ou mistas. Nos homens, a manifestação ocorre principalmente em  problemas de ereção e ejaculação. Nas mulheres, as disfunções mais comuns são a dispareunia (dor no momento do ato), anorgasmia (dificuldade ou incapacidade para atingir o orgasmo) e vaginismo (contração involuntária dos músculos da vagina que impede ou evita a penetração).

O fisioterapeuta relata que muitas pessoas consideram a disfunção como um problema pessoal, causado por algum estresse particular ou no relacionamento, e isso faz com que a procura por um tratamento seja muito baixa.  Hoje, o problema está na forma de como a sociedade enxerga o tratamento. Muitos não sabem ou não tem ideia de que a ajuda pode estar na fisioterapia.

As mulheres têm mais facilidade em buscar ajuda, pois como a maioria tem consultas com ginecologistas acabam tendo um comportamento diferente do homem, que, por sua vez, não sabe por onde procurar auxílio. Um dos casos mais comuns é o da ejaculação precoce, problema muscular que pode  ser tratado com o fisioterapeuta.  Segundo o especialista, o problema é similar a dor, “só que hoje, a sociedade procura mais a fisioterapia para tratamentos musculares, articulares e não sabem que existem profissionais especializados para essa área. A gente não é conhecido pelo povo, precisamos mudar isso urgentemente”, diz.

Segundo Latorre, o campo da fisioterapia pélvica, que é a prevenção ou tratamento de todas as disfunções que afetam o assoalho pélvico, tem crescido e o retorno é muito satisfatório não só âmbito lucrativo, mas no pessoal, pois a ajuda aos pacientes é muito importante para desenvolvimento de qualquer profissional.

O assunto foi de grande importância para os futuros profissionais de fisioterapia. A aluna Rafaela Camargo destacou que o tema sexualidade  ainda é considerado um tabu,  e a sociedade o  retrata de forma errônea sem abordar os pontos positivos. E isso faz que o auxílio ao bem-estar do indivíduo apenas mostre as consequências do ato, como a das doenças sexualmente transmissíveis.

“É muito importante não apenas o profissional da saúde entender a sexualidade, mas sim toda a sociedade. Entender e abordar de forma correta, e nos como profissionais temos como objetivo transmitir esta informação para um melhor entendimento do assunto”, comentou a aluna.