O 2º Fórum Integrado de Negócios da Universidade Franciscana terminou nesta quarta-feira,12, e reuniu acadêmicos dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Economia. Para encerrar a noite os alunos puderam conhecer a história de vida e de superação do paratleta, ou multiatleta como também é conhecido, Denilson Souza. Sua trajetória no esporte iniciou no dia 27 de outubro de 2006, quando caiu do telhado de uma altura de 6 metros, enquanto ajudava o pai. O acidente deixou Denilson com 12 parafusos e 12 hastes na coluna.
O que parecia ser o fim se tornou uma nova vida. Após um diagnóstico médico nada otimista de que seus movimentos seriam extremamente restritos, Denilson passou por diversos médicos até continuar o tratamento iniciado no Hospital Universitário de Santa Maria, HUSM, no Hospital Sarah Kubitscheck, em Brasília, onde reaprendeu a ser independente. Durante o processo de reabilitação, o militar da reserva conheceu o esporte adaptado e suas modalidades. “La no Sarah aprendi a ser independente, a empinar a cadeira de rodas, a ter equilíbrio de tronco e a até nadei no Lago Paranoá.”, relata Denilson que atualmente é praticante de diversas modalidades adaptadas, como handebol, basquete, kart, ciclismo, canoagem, bocha e corrida de rua.
Junto com as dificuldades e as barreias causadas pela queda o paratleta se deparou com a depressão causada pela dependência de alguém para ajudá-lo a todo o momento. Foi quando o atleta percebeu que poderia vencer algumas dificuldades. “Eu precisei reagir, não só por mim, mas principalmente pela minha mãe, pelo meu filho e pela minha família. Não queria que as pessoas da minha família vivessem a minha vida.”, diz Denilson.
A cadeira trouxe para vida do paratleta, uma nova forma de ver o mundo. Hoje ele não só pratica diversos esportes e ajuda outras pessoas com necessidades parecidas com a suas a se inserirem no esporte, mas também ministra palestras em que conta sua história de superação. “Eu não trocaria de lugar com ninguém, hoje sei quem sou porque passei por esse processo e aprendi a valorizar as coisas. Antes do acidente imaginava praticar esportes e hoje mostro, através do esporte, que não sou doente. Estou melhor agora sentado em uma cadeira de rodas, e isso não é me desfazer do problema, mas entender que tenho que viver bem.”, ressalta.
Campanha: Denilson de Souza é responsável pela campanha que recolhe tampas e lacres de latinhas, realizada pela Associação Santa-Mariense Paradesportiva, ASSAMPAR. A campanha propõe que todos que tenham consciência ambiental contribuam recolhendo os matérias para que possam ser vendidos e ajudem na inclusão de pessoas com deficiência na prática de esportes adaptados individuais e/ou coletivos.
Quem quiser ajudar recolhendo os matérias em casa pode entrar em contato com Denilson de Souza pelas redes sociais, para o recolhimento do material.