Com a chegada do verão, as pessoas tendem a sair mais de casa para lazer, tomar mate e praticar exercícios físicos em parques. De acordo com o estudo realizado pela revista PLoS Medicine, que trata sobre sobre saúde e bem-estar, exercícios de lazer aumentam a expectativa de vida em até sete anos. O estudo foi elaborado com mais de 650.000 participantes de 12 a 90 anos, sendo sua grande maioria acima dos 40 anos. Os resultados mostram que um pequeno nível de atividade física pode resultar em um crescimento de 75 minutos a mais a longevidade por semana e que isso acrescentaria 1,8 ano em sua expectativa de vida.
No entanto, aproveitar parques em Santa Maria não é tarefa simples. Um dos nossos parques mais conhecidos, o Itambé, se encontra com uma cratera na pista de caminhada logo após a ponte da R. Pinheiro Machado. Não muito distante, vemos algumas árvores que caíram após uma chuva forte, mas que ainda não foram retiradas do local. A falta de iluminação também é um fator que desfavorece quem quer desfrutar do local já que pela noite não há condições e nem segurança.
O Parque Itambé concentra quatro quadras sendo duas delas de basquete e o outras duas de vôlei e futebol de areia. Em julho deste ano, a Prefeitura de Santa Maria investiu na reforma do Centro de Atividades Múltiplas Garibaldi Pogetti, o “Bombril”. Foram investidos R$271,1 mil e o espaço foi reinaugurado, podendo agora abrigar shows, peças e palestras. Uma das frequentadoras do Itambé e moradora da cidade, Maria Luiza Gusmão, de 45 anos, conta que sempre passa pelo local e vê um pouco de desdenho por parte da prefeitura a respeito do parque: “Tem momentos que não tem condições de passar por aqui, são muitos buracos pelo caminho e tem ainda mais uma cratera no meio da pista. Isso me incomoda horrores. Como que vou trazer minha filha por aqui sendo que pode correr o perigo de cair em um desses buracos enormes. ”
Muitos gostam de praticar esportes como futebol, vôlei ou também andar de bicicleta. A bicicleta traz um vasto benefício para a saúde, tanto física quanto mental. Muitos praticam o exercício acompanhados de amigos ou família dando um sentido a mais para a atividade. Um dos estudantes da UFSM, Gustavo Treter, de 22 anos, anda de bicicleta e comenta o sacrifício que é percorrer o Itambé: “Não faz muito tempo que frequento o Itambé para andar um pouco de bicicleta, mas parei pois sempre tenho que desviar de algum buraco e assim atrapalha minha experiência de pedalar. Sempre tenho que cuidar por onde passo com perigo de cair. Sinto que não poderia estar assim nesse estado o parque, pois é muito bom para lazer e ficar com os amigos. É lamentável mesmo.”
Até o fechamento dessa reportagem, em 21 de novembro, não obtivemos retorno da prefeitura.
Texto e fotos produzidos pelo acad. Luiz Paulo Favarin na disciplina de Jornalismo III, no 2º semestre de 2019, e supervisionado pela professora Glaíse Palma.