A Universidade Franciscana promoveu na noite de ontem, quinta-feira, 13, o Papo de Responsa em parceria com a Policia Civil, que ocorreu no Salão de Atos, no prédio 13, do conjunto III da UFN. O bate papo foi ministrado pelo coordenador do projeto no Rio de Janeiro-RJ e Policial Civil, Roberto Chaves.
O Papo de Responsa é um programa da Polícia Civil — desde outubro de 2016 no Rio Grande do Sul — que promove diálogos descontraídos sobre a prevenção à violência e o papel do policial na sociedade, tendo como público alvo crianças e jovens. O programa foi criado há 15 anos pelo Inspetor de Polícia Roberto Chaves de Almeida, na Polícia Civil do Rio de Janeiro, propondo essa nova metodologia de integração e diálogo com a comunidade.
Em um papo sério mas extrovertido, o palestrante abordou temas como segurança, violência, tráfico de drogas, maioridade penal, dando muita visibilidade à educação e às desigualdades que caracterizam a sociedade brasileira. Ressaltando que a Universidade é um lugar privilegiado para o desenvolvimento do pensamento crítico, o palestrante várias vezes recorreu ao desconhecimento vigente do processo histórico brasileiro que se construiu tendo como base a defesa dos privilégios da elite. Para ele, cada instituição do país, e entre elas, a polícia é reflexo dessa construção desigual. Segundo Roberto, o país precisa fundamentalmente de investimentos em educação e só vai se aprimorar se todos os jovens continuarem estudando, buscando seus objetivos, “para construirmos assim uma sociedade mais sábia e com ética”, disse.
O tópico que mais provocou diálogo entre as pessoas que estavam presentes foi sobre a legalização das drogas. Estudantes da UFN, maioria de Direito, puderam expressar as diferentes opiniões sobre o polêmico tópico, em que Chaves terminou com a seguinte frase: ”Cocaína, maconha, crack? O que eu gostaria que fosse mesmo legalizado nesse país é a educação. Uma saúde de qualidade para todos.”
O final do bate-papo trouxe o ponto sobre a relação complexa da Polícia com a comunidade. Para Roberto, a matéria- prima da Polícia Civil é a sociedade, que escolheu a polícia que tem hoje. ”A polícia precisa melhorar? Vamos pensar em melhorar a sociedade primeiro”, argumentou o policial.