O Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria encomendou ao economista Ricardo Rondinel, professor do departamento de Ciências Econômicas da UFSM, estudo sobre as perdas salariais históricas da categoria em Santa Maria. O relatório indica que o cumprimento da Lei do Piso Nacional em Santa Maria mitigou a desvalorização na série histórica iniciada com a aprovação do primeiro plano de carreira do município, ocorrida em abril de 1989, mas que os reajustes posteriores abaixo do piso não conseguiram recuperar o poder de compra. Para que o salário dos professores retome o patamar de 30 anos atrás, será necessário um reajuste de 31,65%.
A desvalorização também está refletida na diferença em relação ao piso nacional. O valor anunciado pelo governo federal em janeiro de 2019 é de R$ 2.557,74 para uma jornada de 40 horas. A defasagem em relação ao atual básico no município é de 15,9%.
Para Martha Najar, coordenadora de Organização e Patrimônio do Sinprosm, fica demonstrado o quanto os professores vêm perdendo ao longo dos anos. “Conquistamos com muita luta avanços no plano de carreira, mas na questão salarial fomos e continuamos a ser desvalorizados. O piso nacional, uma vitória nacional da categoria, está sendo ignorado pelo governo Pozzobom, como se sua implantação dependesse apenas de ordem judicial. É de vontade política que estamos falando”.
UM MÊS SEM RESPOSTA
O Sinprosm ainda aguarda retorno da solicitação encaminhada ao prefeito Jorge Pozzobom de reunião para tratar do índice de reposição a ser concedido à categoria. O ofício, enviado ao gabinete no dia 13 de março, não teve qualquer resposta por parte do governo.
A categoria tem assembleia geral marcada para a próxima quarta-feira, 24 de abril, no salão da AABB, com início às 17h30min.
Por Paulo André Dutra/Sinprosm