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Professores de educação física se reinventam durante a pandemia

Desde que a pandemia começou, os professores se reinventam a cada dia que passa, para manter o foco dos alunos. Vamos conhecer profissionais que fazem os alunos se movimentarem para valer, mesmo nas aulas on-line. 

Aula de Capoeira on-line, ministrada pelo professor Rodrigo.  Foto: arquivo pessoal Rodrigo Silveira.

Durante esse período de pandemia, boas ideias e iniciativas fazem uma diferença enorme para os estudantes. O professor Rodrigo Silveira é personal trainer, preparador físico para concursos e também dá aula de educação física, futebol e capoeira em escolas de educação infantil e ensino fundamental em Santa Maria. “A forma virtual de aula veio para ficar, pois tem muita gente que acabou se adaptando e esse sistema de treinamento, como treinar em casa, ter uma assessoria do professor através de um aplicativo ou até vídeos aulas, que é bem interessante. Mas nada igual ao contato presencial do aluno com o professor”, destaca Silveira. 

Muitas instituições de ensino se perguntaram o que fazer agora que as salas de aula estão vazias. O primeiro passo foi colocar as disciplinas em ambiente virtual, pela internet. Um desafio para alunos e professores. A professora de educação física Thais Machado Costa Corrêa, que trabalha em uma instituição privada de ensino em turmas de educação infantil e anos iniciais, conta que os primeiros desafios foram a gravação e aprender a editar. Ela até abriu um canal no youtube para conseguir gerar o link para postar as aulas na plataforma que a escola disponibilizou para os alunos. “Eu não tinha tanto domínio de ferramentas de edição de vídeo. Um vídeo era uma, duas horas editando’, explica a professora. 

O início das aulas síncronas, ou seja, quando o professor e seus alunos estão conectados ao mesmo tempo, foi mais uma barreira enfrentada por esses profissionais. O envolvimento dos alunos através de um dispositivo  e o espaços que eles teriam para realizar as atividades passou a fazer parte do pensamento dos professores na hora de preparar a aula.  

Em outubro do ano passado muitas escolas reabriram, depois de meses de portas fechadas. Em março deste ano, com instauração da bandeira preta,  no antigo modelo de combate ao coronavírus proposto pelo governo do Rio Grande do Sul, as escolas tiveram que retornar ao modo virtual de ensino. Em abril, as escolas voltaram a forma presencial de ensino, intercalando com o on-line, de acordo com as regras estabelecidas e a necessidade das famílias. 

Com o ensino hibrido, os desafios são bem parecidos com os enfrentados no início da pandemia.  “Pensando sempre nos alunos que estão em casa, que não tem a sala de aula que é um espaço mais amplo, como eu estou me organizando, planejo minhas atividades, penso nos materiais que eu vou levar para quem está na escola e penso na adaptação para quem está em casa” explica Thais.

Aula de educação física com a professora Thais, na forma hibrida. Foto: arquivo pessoal Thaís Corrêa.

Uma das aulas mais prejudicadas, sem dúvida, é a de educação física. Antes havia vários espaços, como a quadra de esportes, ao ar livre.  Na educação infantil e no primeiro ano do ensino fundamental, a professora Thais relatou que foi mais complicado de envolver as crianças, por terem mais dependência das famílias. “Do segundo ano em diante, em que eles já tem um pouquinho mais de autonomia, foi mais tranquilo, como as crianças na minha disciplina principalmente, gostam do movimento, geravam uma bagunça dentro de casa que, de certa forma, os pais não se incomodavam, porque era aula”, reforça a professora.  

Já o professor Silveira retomou as aulas presenciais de alunos nas academias, mas ainda está aguardando as escolas retomarem as atividades extracurriculares. “Já dá pra perceber as mudanças. Aumentou a procura pelos atendimentos, até porque a grande maioria dos alunos preferem o atendimento presencial”, lembra o profissional. 

Para os estudantes, as aulas viraram um estímulo para cuidar da saúde. “Depois que faço a aula, fico mais disposto, até mais feliz”, relata Gabriel Bender, aluno do 4º ano da rede pública de ensino. Com a pandemia, essa forma de dar aula de educação física a distância mostrou como essa disciplina é importante dentro do currículo escolar. 

 

Texto: Ana Luiza Deicke

Produção feita na disciplina de Jornalismo Esportivo, durante o primeiro semestre de 2021, sob coordenação da professora Glaíse Bohrer Palma.

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Desde que a pandemia começou, os professores se reinventam a cada dia que passa, para manter o foco dos alunos. Vamos conhecer profissionais que fazem os alunos se movimentarem para valer, mesmo nas aulas on-line. 

Aula de Capoeira on-line, ministrada pelo professor Rodrigo.  Foto: arquivo pessoal Rodrigo Silveira.

Durante esse período de pandemia, boas ideias e iniciativas fazem uma diferença enorme para os estudantes. O professor Rodrigo Silveira é personal trainer, preparador físico para concursos e também dá aula de educação física, futebol e capoeira em escolas de educação infantil e ensino fundamental em Santa Maria. “A forma virtual de aula veio para ficar, pois tem muita gente que acabou se adaptando e esse sistema de treinamento, como treinar em casa, ter uma assessoria do professor através de um aplicativo ou até vídeos aulas, que é bem interessante. Mas nada igual ao contato presencial do aluno com o professor”, destaca Silveira. 

Muitas instituições de ensino se perguntaram o que fazer agora que as salas de aula estão vazias. O primeiro passo foi colocar as disciplinas em ambiente virtual, pela internet. Um desafio para alunos e professores. A professora de educação física Thais Machado Costa Corrêa, que trabalha em uma instituição privada de ensino em turmas de educação infantil e anos iniciais, conta que os primeiros desafios foram a gravação e aprender a editar. Ela até abriu um canal no youtube para conseguir gerar o link para postar as aulas na plataforma que a escola disponibilizou para os alunos. “Eu não tinha tanto domínio de ferramentas de edição de vídeo. Um vídeo era uma, duas horas editando’, explica a professora. 

O início das aulas síncronas, ou seja, quando o professor e seus alunos estão conectados ao mesmo tempo, foi mais uma barreira enfrentada por esses profissionais. O envolvimento dos alunos através de um dispositivo  e o espaços que eles teriam para realizar as atividades passou a fazer parte do pensamento dos professores na hora de preparar a aula.  

Em outubro do ano passado muitas escolas reabriram, depois de meses de portas fechadas. Em março deste ano, com instauração da bandeira preta,  no antigo modelo de combate ao coronavírus proposto pelo governo do Rio Grande do Sul, as escolas tiveram que retornar ao modo virtual de ensino. Em abril, as escolas voltaram a forma presencial de ensino, intercalando com o on-line, de acordo com as regras estabelecidas e a necessidade das famílias. 

Com o ensino hibrido, os desafios são bem parecidos com os enfrentados no início da pandemia.  “Pensando sempre nos alunos que estão em casa, que não tem a sala de aula que é um espaço mais amplo, como eu estou me organizando, planejo minhas atividades, penso nos materiais que eu vou levar para quem está na escola e penso na adaptação para quem está em casa” explica Thais.

Aula de educação física com a professora Thais, na forma hibrida. Foto: arquivo pessoal Thaís Corrêa.

Uma das aulas mais prejudicadas, sem dúvida, é a de educação física. Antes havia vários espaços, como a quadra de esportes, ao ar livre.  Na educação infantil e no primeiro ano do ensino fundamental, a professora Thais relatou que foi mais complicado de envolver as crianças, por terem mais dependência das famílias. “Do segundo ano em diante, em que eles já tem um pouquinho mais de autonomia, foi mais tranquilo, como as crianças na minha disciplina principalmente, gostam do movimento, geravam uma bagunça dentro de casa que, de certa forma, os pais não se incomodavam, porque era aula”, reforça a professora.  

Já o professor Silveira retomou as aulas presenciais de alunos nas academias, mas ainda está aguardando as escolas retomarem as atividades extracurriculares. “Já dá pra perceber as mudanças. Aumentou a procura pelos atendimentos, até porque a grande maioria dos alunos preferem o atendimento presencial”, lembra o profissional. 

Para os estudantes, as aulas viraram um estímulo para cuidar da saúde. “Depois que faço a aula, fico mais disposto, até mais feliz”, relata Gabriel Bender, aluno do 4º ano da rede pública de ensino. Com a pandemia, essa forma de dar aula de educação física a distância mostrou como essa disciplina é importante dentro do currículo escolar. 

 

Texto: Ana Luiza Deicke

Produção feita na disciplina de Jornalismo Esportivo, durante o primeiro semestre de 2021, sob coordenação da professora Glaíse Bohrer Palma.