No mês de outubro é celebrado o Outubro Rosa, que tem como objetivo conscientizar sobre o controle do câncer de mama em mulheres de todo o mundo. A campanha é um movimento internacional, que foi criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komer the Cure.
O propósito da campanha é compartilhar informações sobre a doença, colaborar no acesso a diagnósticos e tratamentos e também ajudar na redução da mortalidade que o câncer traz às mulheres.
A professora do curso de Enfermagem da UFN, Janine Vasconcelos, esteve a frente de uma ação no último dia 16 de outubro no conjunto III. Foi promovida uma roda de conversa com profissionais da área da saúde expondo algumas vivências referente ao câncer de mama, e esclarecendo sobre possibilidades de tratamento e de prevenção. A roda de conversa contou também com os alunos do curso de Enfermagem, que atuam no consultório da instituição. Eles trouxeram uma caixa com o nome de “caixa da Barbie” que serviu para chamar atenção da promoção e da prevenção do câncer de mama. A professora conta que a criadora da Barbie desenvolveu câncer de mama em 1970, momento em que ela estava criando a boneca. Naquela época, a cor símbolo da boneca foi estipulada com sendo o cor-de-rosa, por isso hoje o Outubro Rosa. Janine destaca que trazer a questão de uma boneca do sexo feminino e empoderada junto à questão do Outubro Rosa é de grande importância.
A professora comenta que que o Ministério da Saúde recomenda a realização da mamografia a cada dois anos, para mulheres a partir dos 50 anos. No entanto, para ela “é uma idade muito tardia, tendo em vista a alimentação industrializada, a falta de atividades físicas, o tabagismo e como tudo isso influencia no desenvolvimento do câncer de mama, o que faz com que haja casos cada vez mais cedo. Acaba ficando o questionamento do porque não fazer rastreio antes desta idade.”
Alegrete conta com atendimento psicológico às pacientes
Bibiana Santos Pedroso, atuante na Liga Feminina de Combate ao Câncer de Alegrete, conta que desde sua fundação, em 1960, a instituição filantrópica ajuda pacientes acometidos com vários tipos de câncer, independente do sexo. Hoje são 300 pacientes ativos, que são cadastrados e auxiliados. O maior índice de pacientes é de câncer de mama, seguido do de próstata.
Segundo a enfermeira, antigamente a Liga tinha um ambulatório ginecológico onde era coletado material para o exame Papanicolau, havia o exame de mamas e era possível solicitar exames laboratoriais e de imagem. Atualmente o laboratório foi extinto. A Liga oferece aos pacientes com câncer o tratamento fora do domicilio, em outro município, e conta com transporte e acomodação. Também é oferecida cesta básica, pois muitas vezes a pessoa que está em tratamento é provedor daquela família. Todos os exames são oferecidos pelo SUS e, aqueles que não são realizados pelo mesmo, a Liga oferece de forma particular. O espaço também conta com atendimento psicológico, quando necessário.
Bibiana declara que sua forma de atuação é através de palestras em vários âmbitos, como escolas, empresas e instituições. A Prefeitura Municipal de Alegrete repassa um valor mensal para a instituição que ajuda a custear as despesas dos pacientes no tratamento contra o câncer. Empresas privadas e pessoas físicas também realizam doações. Já as arrecadações por parte da Liga se dão através de promoções dentro da comunidade de Alegrete, como: Baile da Glamour; Chocolate da Liga; Feijoada da Liga; Penca do boi, entre outras. A Liga Feminina de Combate ao Câncer de Alegrete fica na rua Marques do Alegrete, 67.
Já em Santa Maria a Liga fica na rua Dr. Bozano, 1051.