Dia 13 de abril começou a exposição itinerante: Olhares sobre a cultura indígena em Santa Maria, no Royal Plaza Shopping, 1º andar, que permanecerá até o dia 20. Os horários são os mesmo do funcionamento do Shopping, de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos, das 12h às 20h.
A exposição foi organizada por Ana Paula Martins, Ariele Righi, Camilla Avila e Nathália Batista, orientadas de Flavi Ferreira Lisboa Filho e Mariana Henriques, do curso de Relações Públicas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
A mostra contém fotos dos artesanatos dos guaranis, os locais e reservas onde as famílias vivem, como trabalham e como é a criação das crianças, por meio de fotografias da rotina dos índios.
Entre as fotos estão os artesanatos e objetos utilizados na cultura indígena, tanto para rituais quanto para uso pessoal. Em algumas fotos temos os chocalhos, denominados mbaraka, feitos de porongo e penas coloridas. Segundo um livro feito à mão pelos estudantes e responsáveis pela exposição, os materiais mais utilizados na produção do artesanato são sementes, palha de bambu, taquara do mato, corantes naturais e corticeiras (tipo de madeira leve). Eles também têm o cuidado de repor a madeira que foi usada para que não tenha tantos danos e estes não sejam permanentes no ambiente.
O artesanato é uma fonte de renda também, mas geralmente isso ocorre dentro da própria aldeia, os guaranis não costumam sair muito para vender sua arte no meio urbano, e quando saem vendem em exposições no Centro da cidade.
A pureza da resposta das crianças
Estão expostas, também, fotos das crianças, retratando o crescimento, a vida na comunidade e os desenhos produzidos por elas.
Os guaranis ganharam, ao final de 2014, um terreno que pertencia à Fundae. Mas a ação não saiu do papel. Eles estão ocupando o terreno porém há seguranças dos antigos donos no local, os índios não conseguem praticar seus rituais e conviver em sua rotina normalmente. Segundo Bibiano Girardi, repórter da revista O Viés que acompanha a luta dos indígenas, até o momento não houve resolução do caso. Pretende-se construir uma Escola de Ensino Fundamental para os indígenas no local.