Durante muito tempo, os partos eram realizados em casa. Com o auxílio de parteiras, sem medicamentos e aparelhos, faziam com que alguns partos acabassem se tornaram horríveis para as mulheres, em função da dor. Por vezes crianças não resistiam e também as mães, pois não se sabia se algum deles tinha algum problema de saúde, ou se haveria complicação. O parto cesariano foi avançando com o tempo e no século XX, com aplicação de anestesia, novos procedimentos de esterilização, se deu um modo das crianças e as mães ficarem bem.
O ginecologista e obstetra Fernando Clavé, 60 anos, formado há 35 anos na área, comenta que os partos não podem colocarem em risco a vida da mãe e do bebê. “Não se pode pensar que todas as pessoas são iguais, porque não são e esse trabalho tem que ser feito pelo médico e não por leigos, porque o risco é muito maior. Como que um leigo vai abrir uma barriga? O médico tem de estar por perto e um bom pediatra, uma boa Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal e um bom bloco cirúrgico para prevenir problemas que pode acontecer”, comenta.
O indicado é fazer acompanhamento desde que se descobre a gravidez para decidir qual o parto será mais indicado, ou seja, o pré-natal. O parto cesária tem indicação médica quando o bebê não passa pela bacia. A mulher fica no hospital até dois dias, volta em uma semana para tirar os pontos e, em um mês, para receber o anticoncepcional. A incisão é feita em cinco camada – epiderme, derme,hipoderme, aponeurose e peritônio visceral. A cirurgia dura, em média, uma hora.
Já o trabalho de parto normal, em média, leva de quatro ou cinco horas. É feito o parto normal quando a criança está na posição correta e a mulher tem uma dilatação de 10 cm.
A Agência Central Sul de Noticias entrou em contato com os maiores hospitais públicos da cidade: Casa de Saúde e Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). A Casa de Saúde divulgou que, entre os meses de janeiro e março de 2015, foram 108 cesáreas e 235 partos normais, totalizando 343 nascimentos. Já no HUSM, no mesmo período, foram 300 cesáreas e 203 partos normais, totalizando 503 nascimentos.
“Hoje em dia tem uma moda que está vindo que são as dolas, pessoas leigas que entram na sala de parto. Mas isso não é permitido aqui no Brasil. O Conselho de Medicina não aprova isso”, observa o médico.
Pamella Jaderson, 23 anos, manicure, diz que optaria pela cesárea para o terceiro filho, pois, para ela, a recuperação foi mais fácil do que a do parto normal
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Luciana Paganini, 40 anos, cabeleireira, teve seus dois filhos de parto cesárea. Se tivesse uma terceira gestação, optaria pelo parto normal
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Viviana Baumart, 36 anos, empregada doméstica, fala que na cesárea teve recuperação rápida, mas cogita o parto normal se tiver outro filho
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Silvana dos Santos, 29 anos, serviços gerais do Centro Universitário Franciscano, preferiu ter seu filho pelo parto normal, em função de ser mais rápida a recuperação
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