Nesta terça-feira, na UFN, começou a VI Jornada Interdisciplinar da Saúde. O seminário vai até o dia 23 de agosto e debaterá temas na área da saúde, como estética e cosméticos. A primeira mesa-redonda tratou foi Abordagem interdisciplinar no cuidado e na reabilitação funcional de queimaduras, que contou com a coordenação da professora Elenice Spagnolo Rodrigues Martins, da UFN.
A criação do CIAVA – Centro Integrado de atendimento as vítimas de acidentes, fui um dos temas debatidos na mesa-redonda. O CIAVA surgiu em 2013 e auxiliou no apoio as vítimas do incêndio da boate KISS e opera junto ao HUSM. A criação do centro surgiu pela necessidade de o município ter um atendimento prolongado às vítimas do incêndio da boate e depois para manter os cuidados com especialistas em queimaduras.
O debate apresentou dados surpreendentes, como o número de queimados no Brasil por ano, que já chegou na casa de um milhão de pessoas. O maior número de atendimentos é de crianças de 0 a 10 anos e de pessoas de baixa renda. Somente o SUS (Sistema Único de Saúde) registrou, em 2016 e 2017, mais de 15 mil atendimentos relacionados a acidentes com queimaduras.
Existem três tipos de queimaduras, classificadas de acordo com a causa. As térmicas são ocasionadas por fontes de calor como o fogo, líquidos ferventes e excesso de exposição ao sol. Já as químicas são provocadas por substâncias químicas em contato com a pele. As queimaduras por eletricidade são provocadas por descargas elétricas. As lesões também são classificadas segundo a profundidade, a de 1º grau atinge apenas as camadas superficiais da pele. As queimaduras de 2º grau são mais graves e atingem as camadas mais profundas da pele, apresentam bolhas e pele avermelhada. O tipo mais grave são as queimaduras de 3º grau, que atingem todas as camadas da pele e podem chegar aos ossos, elas apresentam pouca ou nenhuma dor e a pele branca ou carbonizada.
Texto: Matheus Ferreira