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UPA comemora 9 anos de atividades em Santa Maria

Foto: PMSM

No mês de março, a UPA – Unidade de Pronto Atendimento – completou 9 anos de atividades  de atendimento ininterrupto,  em Santa Maria/RS, abrangendo uma área de 200.000 habitantes, e focada  no compromisso de uma assistência pré-hospitalar de qualidade.

A diretora da Unidade de Pronto Atendimento e do Hospital Municipal Casa de Saúde de Santa Maria RS, Irmã Liliane Pereira, comemora essa data e destaca a UPA como um importante instrumento em favor da saúde pública. Em entrevista à Agência Central Sul, ela fala sobre o papel da UPA para a população de Santa Maria, em especial, nesse momento de crise sanitária.

Agência Central Sul – Como nasceu a UPA e qual a sua missão?

Irmã Liliane Pereira, diretora da UPA e do Hospital Municipal Casa de Saúde de Santa Maria

Irmã Liliane Pereira –   A UPA nasceu com o compromisso de focar na assistência pré-hospitalar  há nove anos atrás. É caracterizada como UPA porte 3 por possuir no mínimo 15 leitos de observação e quatro leitos de estabilização. Tem funcionamento em caráter ininterrupto e abrange uma área acima de 200.000 habitantes. Foi inaugurada em 21 de março de 2012, com o objetivo de oferecer a Santa Maria uma assistência pré-hospitalar de qualidade. Na época, o então prefeito César Schirmer disse: “Sem dúvida, este é um grande instrumento em favor da saúde pública. Isto vai mudar substancialmente o tratamento de emergência e urgência”. E desde então a UPA é focada nesse compromisso.

Outro fator importante que está na origem da UPA é o fato desta ser uma porta aberta, ou seja, todo paciente que buscar atendimento será atendido. É claro, que este atendimento segue protocolos claros, tal como a classificação de risco, que é um instrumento aplicado em que se define a prioridade dos atendimentos.

ACS – A missão da UPA é…

ILP – Para entender a missão da UPA  convido  cada um a fazer um exercício: pensar o que seria de Santa Maria sem a UPA? Como perceber a rede de Saúde de Santa Maria sem esse serviço? Em tempos pandêmicos quais os impactos dos serviços prestados pela UPA na cidade de Santa Maria e por que não dizer e região? Essas são algumas das principais perguntas que povoam meus pensamentos e meu coração, considerando ainda que, o maior objetivo de um serviço de saúde são os usuários. No caso da UPA não é diferente: os pacientes são a razão da Instituição existir. Entretanto, os profissionais de saúde (aqui inclui aqueles com formação específica e aqueles do apoio) são sujeitos da UPA, pois vale recordar que, sem estes aqueles não podem ser atendidos.

ACS – Esses profissionais, em suas diferentes tarefas, são todos protagonistas desse atendimento, não?

ILP – Sim, agradeço imensamente a esses profissionais que diuturnamente deixam suas casas e os seus e vão cuidar de outras pessoas. É claro que isso foi uma escolha, mas a escolha também requer decisão cotidiana, e é por esta decisão que eu os agradeço. São muitos profissionais que fazem, todos os dias, a UPA acontecer, os atendimentos serem prestados e as vidas preservadas. Hoje faço parte, sou parte, dessa equipe na área da gestão.

ACS – Como a senhora chegou na direção da UPA?

ILP – Para que seja possível entender minha função na UPA é preciso conhecer um pouco da minha trajetória pessoal e profissional. Sou religiosa das Irmãs franciscanas da Penitência e Caridade Cristã. Sou enfermeira de formação e, ao longo dos anos na carreira acadêmica, me especializei em Gestão Hospitalar e, posteriormente, mestrado em Enfermagem com ênfase em Liderança e Ética. Meu doutorado é em Enfermagem com ênfase em Sensibilidade Moral e Ética. Portanto, quando vim para a cidade de Santa Maria o motivo da minha chegada era fazer parte do corpo acadêmico da Universidade Franciscana. Todavia, passados dois anos fui convidada pela Presidente da SEFAS (mantenedora da UPA) e a Ministra Provincial para gerir o Hospital Casa de Saúde e UPA e estou nesta missão.

ACS– Como está sendo ser gestora da UPA em um momento de Pandemia?

ILP – Para mim, pessoalmente, fazer parte dessa equipe nesse momento pandêmico emerge três sentimentos distintos, complementares entre si: Gratidão– sou muito grata por fazer parte de uma equipe comprometida, responsável e atenta às necessidades daqueles que buscam o trabalho; Desafio- sinto um desafio constante que exige de cada um de nós que ali trabalhamos de oferecer uma assistência com excelência mesmo quando tudo está sobrecarregado e parece que nossas forças se esvaem. Esperança- um sentimento em forma de verbo (esperançar) que me permite crer em um novo tempo de equidade e responsabilidade de todos pelo bem comum.

ACS – Qual a principal meta da UPA?

ILP – A principal meta da UPA é oferecer aos pacientes um serviço de excelência o que passa impreterivelmente pela qualidade de prestação de serviços  e atenção aos profissionais que ali trabalham. Eu acredito que a busca desse patamar de exigência envolve a liderança compartilhada, a corresponsabilidade e a capacidade de tomar decisões. Esses três elementos são constructos cotidianos para mim e para aqueles que comigo trabalham, pois eu sou apenas parte de uma equipe de gestores.

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Foto: PMSM

No mês de março, a UPA – Unidade de Pronto Atendimento – completou 9 anos de atividades  de atendimento ininterrupto,  em Santa Maria/RS, abrangendo uma área de 200.000 habitantes, e focada  no compromisso de uma assistência pré-hospitalar de qualidade.

A diretora da Unidade de Pronto Atendimento e do Hospital Municipal Casa de Saúde de Santa Maria RS, Irmã Liliane Pereira, comemora essa data e destaca a UPA como um importante instrumento em favor da saúde pública. Em entrevista à Agência Central Sul, ela fala sobre o papel da UPA para a população de Santa Maria, em especial, nesse momento de crise sanitária.

Agência Central Sul – Como nasceu a UPA e qual a sua missão?

Irmã Liliane Pereira, diretora da UPA e do Hospital Municipal Casa de Saúde de Santa Maria

Irmã Liliane Pereira –   A UPA nasceu com o compromisso de focar na assistência pré-hospitalar  há nove anos atrás. É caracterizada como UPA porte 3 por possuir no mínimo 15 leitos de observação e quatro leitos de estabilização. Tem funcionamento em caráter ininterrupto e abrange uma área acima de 200.000 habitantes. Foi inaugurada em 21 de março de 2012, com o objetivo de oferecer a Santa Maria uma assistência pré-hospitalar de qualidade. Na época, o então prefeito César Schirmer disse: “Sem dúvida, este é um grande instrumento em favor da saúde pública. Isto vai mudar substancialmente o tratamento de emergência e urgência”. E desde então a UPA é focada nesse compromisso.

Outro fator importante que está na origem da UPA é o fato desta ser uma porta aberta, ou seja, todo paciente que buscar atendimento será atendido. É claro, que este atendimento segue protocolos claros, tal como a classificação de risco, que é um instrumento aplicado em que se define a prioridade dos atendimentos.

ACS – A missão da UPA é…

ILP – Para entender a missão da UPA  convido  cada um a fazer um exercício: pensar o que seria de Santa Maria sem a UPA? Como perceber a rede de Saúde de Santa Maria sem esse serviço? Em tempos pandêmicos quais os impactos dos serviços prestados pela UPA na cidade de Santa Maria e por que não dizer e região? Essas são algumas das principais perguntas que povoam meus pensamentos e meu coração, considerando ainda que, o maior objetivo de um serviço de saúde são os usuários. No caso da UPA não é diferente: os pacientes são a razão da Instituição existir. Entretanto, os profissionais de saúde (aqui inclui aqueles com formação específica e aqueles do apoio) são sujeitos da UPA, pois vale recordar que, sem estes aqueles não podem ser atendidos.

ACS – Esses profissionais, em suas diferentes tarefas, são todos protagonistas desse atendimento, não?

ILP – Sim, agradeço imensamente a esses profissionais que diuturnamente deixam suas casas e os seus e vão cuidar de outras pessoas. É claro que isso foi uma escolha, mas a escolha também requer decisão cotidiana, e é por esta decisão que eu os agradeço. São muitos profissionais que fazem, todos os dias, a UPA acontecer, os atendimentos serem prestados e as vidas preservadas. Hoje faço parte, sou parte, dessa equipe na área da gestão.

ACS – Como a senhora chegou na direção da UPA?

ILP – Para que seja possível entender minha função na UPA é preciso conhecer um pouco da minha trajetória pessoal e profissional. Sou religiosa das Irmãs franciscanas da Penitência e Caridade Cristã. Sou enfermeira de formação e, ao longo dos anos na carreira acadêmica, me especializei em Gestão Hospitalar e, posteriormente, mestrado em Enfermagem com ênfase em Liderança e Ética. Meu doutorado é em Enfermagem com ênfase em Sensibilidade Moral e Ética. Portanto, quando vim para a cidade de Santa Maria o motivo da minha chegada era fazer parte do corpo acadêmico da Universidade Franciscana. Todavia, passados dois anos fui convidada pela Presidente da SEFAS (mantenedora da UPA) e a Ministra Provincial para gerir o Hospital Casa de Saúde e UPA e estou nesta missão.

ACS– Como está sendo ser gestora da UPA em um momento de Pandemia?

ILP – Para mim, pessoalmente, fazer parte dessa equipe nesse momento pandêmico emerge três sentimentos distintos, complementares entre si: Gratidão– sou muito grata por fazer parte de uma equipe comprometida, responsável e atenta às necessidades daqueles que buscam o trabalho; Desafio- sinto um desafio constante que exige de cada um de nós que ali trabalhamos de oferecer uma assistência com excelência mesmo quando tudo está sobrecarregado e parece que nossas forças se esvaem. Esperança- um sentimento em forma de verbo (esperançar) que me permite crer em um novo tempo de equidade e responsabilidade de todos pelo bem comum.

ACS – Qual a principal meta da UPA?

ILP – A principal meta da UPA é oferecer aos pacientes um serviço de excelência o que passa impreterivelmente pela qualidade de prestação de serviços  e atenção aos profissionais que ali trabalham. Eu acredito que a busca desse patamar de exigência envolve a liderança compartilhada, a corresponsabilidade e a capacidade de tomar decisões. Esses três elementos são constructos cotidianos para mim e para aqueles que comigo trabalham, pois eu sou apenas parte de uma equipe de gestores.