Neste ano que passou, aprendemos a dar sorrisos com os olhos, a sofrermos com a falta de abraços. A distância foi como ferro em brasa que marca a pele, machuca, incomoda por um tempo, mas, aos pouco se torna como parte do nosso ser.
Se olharmos para cima, conseguimos enxergar nosso verdadeiro tamanho. Somos pequenos, ao mesmo tempo complexos, uma galáxia que orbita dentro do nosso universo particular.
Isso é viver, é não saber o que nos espera na próxima esquina, é dormir sem saber se vamos acordar, é acreditar que estamos aqui por um propósito. O ano mais difícil da nossa existência acabou. O Ano Novo chegou como um quarto escuro que adentramos com a luz apagada, sem saber o que vamos encontrar quando a luz se acender.
A única certeza que temos, é que seguiremos em frente, na espera de um abraço de quem se ama e contando os dias para sairmos por aí, livres, felizes, cantando e dançando, eternizando momentos. Como a vida tem que ser, como assim um dia foi, como logo ali voltará a ser.
Por Fabian Lisboa, acadêmico da UFN, formando em Jornalismo.