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Medalhas olímpicas, títulos internacionais, motivação dentro e fora das piscinas, uma das características de Gustavo Borges. Na noite da última quinta-feira (07), estudantes e empresários tiveram a oportunidade de conhecer a trajetória do medalhista olímpico e aprender como ter uma mentalidade vencedora não só no mundo do esporte, mas nos objetivos de vida.
Borges ministrou a palestra “Atitude de Campeão”, parte do projeto Conexão de Ideias realizado pelo Sistema Fecomércio-RS, e lotou o Salão de Atos do conjunto I da Universidade Franciscana. O ex-atleta falou da sua trajetória no esporte e da importância de se considerar campeão olímpico mesmo sem ter um ouro olímpico. “Eu já fui campeão com medalha de prata, de bronze, quintuagésimo, trigésimo primeiro, inclusive no último resultado da minha vida eu fui campeão em décimo segundo nas Olímpiadas de 2004” comentou Borges.
Além de contar suas experiências, Gustavo explicou aos presentes as escolhas que uma pessoa deve fazer para ter uma mentalidade campeã, e que cada escolha exige também muitas renúncias. Borges destacou que, para haver excelência, é necessário muito comprometimento, foco, trabalho em equipe e desejo de vitória. O medalhista olímpico citou o exemplo de Michel Phelps, e fez uma brincadeira com a competitividade do nadador americano: “semana passada o Phelps venceu o filho no pebolim por trezentos e cinquenta mil a zero”, brincou.
Para os presentes, a palestra foi muito inspiradora. O estudante do curso de História, Gustavo Bauer, 21 anos, destacou que o fato de Gustavo Borges ser um grande nome do esporte nacional é fruto da trajetória de dedicação e treinamento do atleta. “Nós temos aspirações na nossa vida e o que o Gustavo falou me inspira e motiva a lutar ainda mais para alcançar meus objetivos” – diz o estudante.
Borges finalizou a palestra dizendo que a maior gratidão que ele tem pelo esporte é a inspiração que um atleta pode gerar nas pessoas. Ao final da fala, o nadador respondeu perguntas dos participantes.
Borges é um dos maiores nomes da natação mundial, ele conquistou quatro medalhas olímpicas e 19 pan-americanas. Participou como comentarista na transmissão dos Jogos Olímpicos de 2008. Além das funções esportivas, tanto como atleta ou comentarista, Gustavo investiu em sua formação acadêmica. Graduou-se em Economia pela Universidade de Michigan e palestra sobre assuntos motivacionais para o mundo empresarial.
Talvez um dos maiores mistérios da humanidade seja a fé. Ainda que não se tenha comprovação científica ou evidência da existência de milagres e curas, essa força que brota do mais íntimo do ser humano é capaz de comover e mover pessoas. E não foi diferente na 74ª Romaria Estadual de Nossa Senhora Medianeira, realizada no dia 12 de novembro, em Santa Maria. Esta edição é realizada no Ano Mariano, celebrado pela Igreja Católica no Brasil em comemoração ao centenário da aparição de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal, e aos 300 anos de surgimento da imagem de Nossa Senhora Aparecida, no rio Paraíba do Sul, no Sudeste do Brasil.
Nem o forte calor impediu a participação dos fiéis na procissão, que culminou em missa campal no Santuário Basílica de Nossa Senhora Medianeira. Agradecimento por graças alcançadas, pagamento de promessas e tradição familiar são os principais motivos que trouxeram mais de 300 mil fiéis a Santa Maria, incluindo caravanas de outros estados. Exemplos como o de João, deficiente visual de Belo Horizonte, que há 33 anos participa da Romaria da Medianeira. João Eduardo dos Santos, 50 anos, acompanha a procissão junto ao veículo que carregou a imagem da Mãe Medianeira pelas ruas da cidade. O próprio arcebispo de Santa Maria, Dom Hélio Adelar Rupert, reconhece a devoção de João. “É mais fácil o bispo não estar presente do que seu João faltar a uma romaria”, afirma em tom de brincadeira.
Há romeiros que contam suas curas pela Mãe Medianeira e comparecem anualmente desde então. Um deles é Dirceu Canabrava, 68 anos. Ele foi operado de úlceras no intestino grosso e no fígado. No entanto, como precisava manter os cinco filhos e a esposa, trabalhou logo após a operação, e adquiriu hérnia em função disso.
“A minha hérnia tinha tamanho semelhante ao de uma bola de bocha”, comenta. Ele fez os exames, marcou a cirurgia e aguardou três anos por falta de leito. Veio, então, a Romaria pedir pela cura, mesmo com dúvidas quanto ao milagre. Após a procissão não sentiu mais dor e garante que a hérnia desapareceu.