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Amanda Souza

Eu tenho medo de viajar à noite. Sinto pavor de ver só o pedaço iluminado da estrada e ter que esperar para ver o que vem a seguir (mesmo que isso seja questão de milésimos de segundos). Acho que isso define como me sinto com ansiedade, quando negligencio o cuidado com a minha saúde mental. 

“O mal do século” está presente onde quer que olhemos, em jovens e adultos e, principalmente, nas redes sociais – e por causa delas também. Não acredito no poder supremo que a internet toda tem para desencadear ansiedade, acredito mais na pressão, na indignação, no poder da repressão abstrata e estrutural. É ingênuo pensar que em meio ao contexto político que vivemos há alguns anos, as redes sociais são as únicas potencializadoras da ansiedade. Isso não quer dizer que a internet não seja um dos fatores que podem causar, por exemplo, o FoMO (Fear of missing out) é real, e youtubers já abordaram o tema

Inclusive, as redes sociais disseminam notícias tão prejudiciais quanto assistir o jornal do almoço da Rede Globo. Diversos usuários estão optando por desativar as redes, ou, ainda, tentar diminuir o tempo de uso delas, já que a maioria dos canais, Instagram, Twitter e Facebook, também são palco de discussões políticas. O período eleitoral de 2018 foi uma amostra da toxicidade da internet – para além da utilidade do meio online como ferramenta de potencialização dos movimentos sociais e comunidades sociais -, já que o anonimato e a falta de contato face a face pode ser determinante na agressividade dos diálogos. A polarização política também se acirrou no processo eleitoral, no 2º turno, e foi visível nas redes sociais. Eu mesma excluí o aplicativo do Facebook do meu celular e parei de usar a rede desde o resultado das eleições.  Porém, como a internet pode ser maravilhosa, perfis e portais, em sua maioria feito por mulheres, estão auxiliando de forma coletiva na diminuição da ansiedade. O Instagram da agência Obvious (@obviousagency) lançou uma série de postagens em maio. Com a hashtag Segunda sem ansiedade, o perfil postou durante todas as semanas, na segunda-feira, dicas e formas que podem melhorar nossa relação com nós mesmas e com o mundo que nos cerca. 

Passar menos tempo no celular, atividades artesanais presenciais, dicas de autocuidado, passos para falar com o Centro de Valorização da Vida, exercícios mentais, entre outros conteúdos, são disponibilizados para ajudar a nos concentrarmos no agora e deixar a sensação vir e passar. Além do episódio da playlist (agora também em podcast) Bom dia, Obvious, #1 Tá todo mundo ansioso, em que a diretora criativa da agência, Marcela Ceribelli, trouxe convidadas para falar sobre. 

A comunicadora e ativista política, Debora Baldin, também aborda o autocuidado e a inteligência emocional como forma de militância, já que é preciso estarmos bem e preparadas para lidar com a carga energética que demanda atuar politicamente. Dentre os vários conteúdos, o vídeo Como mudei minha vida com inteligência emocional, ela fala sobre processos que foram necessários (e, mais importante, constantes) no reconhecimento de nossas falhas emocionais, vícios e hábitos que prejudicam o caminho que nossa mente percorre ao lidar com determinadas situações. 

O vídeo Autocuidado como estratégia política também é um vídeo que vale ouro, para entendermos a importância do amor com nós mesmas diariamente para nos mantermos de pé em contextos extremos, que vai muito além de skincare! 

A playlist Autonomia Intelectual, da youtuber Nátaly Neri, mostra alguns dos processos e práticas que auxiliam na recuperação de nós mesmas para cumprir nossas obrigações, trabalhos, e saber respirar, fazer uma pausa, entender que o autoconhecimento não é linear e nem tão rápido quanto aparenta ser. 

São diversas as pessoas que se unem e compartilham seus processos, nos mostrar que todo mundo passa por fases e a evolução é constante, assim como o cuidado com nossa mente, nosso ser, e elas têm me ajudado nesses dias meio esquisitos, espero que ajude vocês também. 

 

Amanda Souza é jornalista egressa da UFN, e colaboradora do site Todas Fridas e da Revista New Order

Benedikt Geyer/Pixabay

Creio que nunca fui uma pessoa com problemas para se definir quando se trata de determinadas convicções e ideais. Claramente, isso mudou com os anos e, hoje, eu repenso e penso novamente minhas próprias opiniões e posições o tempo todo – tenho a impressão de que todos estamos nesse processo. Por isso, não tive aquele problema que encontro em algumas mulheres,  sobre ser-feminista-mas-não-querer-ser-chamada-de feminista. Quando entendi o movimento, quando entendi  que algumas ideias perambulantes em  minha mente já estavam sendo expostas e discutidas, vi que isto tinha um nome.

Acredito que o ponto em que me coloquei como pessoa política e comecei a me movimentar nesse sentido, foi quando entrei para a faculdade. O curso de Comunicação Social permite – há quem se permita também – questionarmos e revermos alguns lugares nossos na sociedade. No Ensino Médio eu conversava brevemente sobre breves questões feministas com algumas amigas, mas recordo da faculdade ser um divisor de águas. Desde então, a minha vontade e o meu comportamento passaram a se voltar para o feminismo. Conheci mulheres maravilhosas também feministas, me descobri feminista com outras mulheres, compartilhei e aprendi (mais do que compartilhei) muito com quem já estava na militância. Mas, hoje, vamos falar um pouco da dor que envolve tal processo.

Ao longo do tempo, quanto mais eu mergulhava nas teorias e na prática em si,  mais me deparava com momentos dolorosos no caminho. Diversas mulheres, feministas comunicadoras, estão falando sobre o processo de desconstrução ser doloroso para todos, mas ele o é, principalmente, quando nota-se as pequenas e inúmeras violências que sofremos por reproduzir um comportamento condicionado. Sempre chega aquele momento em que há a descoberta de que, mesmo vítimas de uma opressão estrutural, também somos ensinadas a repetir, a aceitar e a oprimir. Enquanto mulher branca de classe média, reconhecer meu lugar de privilégio foi difícil.

Um dos períodos mais complicados para mim foi quando conheci outras mulheres do movimento feminista negro . Com elas fui aprendendo e desconstruindo – ainda estou – o racismo estrutural presente praticamente todos os dias (e como somos racistas!). Foi onde tive resistência para entender que havia lugares sobre os quais não caberia a mim falar, e sim ouvir, refletir, rever. Foi onde tive choques de realidade e compreendi ainda mais as inúmeras ramificações do movimento e da opressão. Outros períodos complicados vieram e virão, com certeza, com o tempo.

Absorver e trabalhar com feminismo também me trouxe angústias esmagadoras. Desde o início da graduação me envolvi com reportagens, projetos, textos e artigos sobre o movimento, gênero, misoginia e de todos esses conceitos que ouvimos saltitando por aí. Me envolvi pessoalmente de uma forma sensível com alguns trabalhos em especial e, além do sentimento de pertencimento, de amor e de cuidado para com outras mulheres, a raiva era profunda demais.  A raiva de perceber essa sociedade machista violenta, mas também a raiva de saber que eu mesma reproduzo comportamentos opressores e que me oprimem igualmente; de entender a forma como fui educada e a forma que a cultura em que vivo me modulou com diversos pontos tão violentos e prejudiciais para mim mesma- e para todas as mulheres que conheço. Se identificar isto dentro de mim foi doloroso, mudar, então, nem se fala!

O meu Trabalho Final de Graduação, do qual tenho só orgulho, me trouxe algumas noites sem dormir não só pela dificuldade em realizá-lo, mas porque o tema também foi esse: Gênero e feminismo. Me envolvi de uma maneira absurda que todos notaram e, ao concluir a faculdade, uma professora por quem tenho enorme carinho me disse para tomar cuidado com o tanto que me entreguei cegamente para isso, porque ela sabia e, hoje, eu sei, que é preciso preservar a minha saúde mental, minha paz comigo mesma, para poder me manter de pé na luta. Após formada foi que decidi começar a terapia – a melhor decisão que já tomei por mim -, e depois do período eleitoral me afastei das discussões em redes sociais, dos debates e das leituras feministas. Voltei a elas há algum tempo, e hoje me sinto um pouco mais forte para receber o impacto de um processo constante de aprendizado, escuta, carinho, dores, construções e reconstruções, ressignificação e movimento (sempre).

 

Amanda Souza é jornalista egressa da UFN, e colaboradora do site Todas Fridas e da Revista New Order

 

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Reconhecido internacionalmente, o Museu Treze de Maio está com sua estrutura comprometida e interditado desde 2014. Foto: Manuela Fantinel

  Diretores e colaboradores do Museu Treze de Maio convidam para o evento de lançamento da campanha de arrecadação de fundos para a reforma do prédio que está interditado desde 2014, devido a infiltrações que comprometem a sua estrutura.  Entre as formas de ajudar o Museu  que serão divulgadas no evento, está uma campanha de financiamento coletivo, o crowdfunding. Na ocasião, como parte da campanha, será lançado também o vídeo documentário “Mobiliza Treze” produzido por uma equipe de estudantes do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano, dentro da disciplina de Projeto de Extensão em Comunicação Comunitária II. O documentário contém relatos de diretores, ex-diretores, dinamizadores, colaboradores e pessoas que frequentavam o Treze. Ele é baseado nesses relatos, que trazem com força o quanto é urgente sua reforma e a reabertura. Reconhecido internacionalmente, o Museu ganhou o prêmio “Museum Prize Winner 2014”13, pela Fundação Manneby e Museu Horizon, na cidade de Gotemburgo, na Suécia, em 2014, pela sua história e resgate da cultura negra no Brasil.

O lançamento será às 20hs desta quinta-feira, 24, no auditório da Sociedade União dos Caixeiros Viajantes (SUCV – Edifício João Fontoura Borges), localizado na esquina da Rua Venâncio Aires, esquina com a Avenida Rio Branco.

O tema foi Halloween, e os artistas vieram fantasiados. Foto: Juliano Dutra/Laboratório de Fotografia e Memória.
O tema foi Halloween, e os artistas vieram fantasiados. Foto: Juliano Dutra/Laboratório de Fotografia e Memória.

A terceira edição da feira itinerante Tendéu, que acontece no Boteco do Rosário, bairro Nossa Senhora do Rosário, atraiu novos artistas e vendedores nessa sexta-feira, 28. Organizado por Luciana Minuzi, da página Contos de Obscurecer, em parceria com A Hora do Terror, conta que a montagem do evento é coletiva, todos que expõem ajudam a organizar e contribuem de alguma forma. Ela tem uma página de produção literária autoral, e vende livros em feiras, inclusive, no Tendéu. “Temos de 10 a 15 bancas, que vêm expor seus produtos aqui (na feira), entre artistas, artesãos, músicos. Quem quiser participar com sua banca pode se inscrever no formulário de inscrição que é aberto dias antes do evento”, explica Luciana. A ideia partiu da escritora porque ela conhece inúmeras pessoas que produzem e não têm onde mostrar seu trabalho. É sua forma de possibilitar uma exposição cultural e contribuir para a produção autoral na cidade. Ela não recebe nenhum patrocínio.
Alguns vendedores estão pela primeira vez na feira, como é o caso da Amanda Lima, que faz as trufas de Halloween. Ela faz os doces para vender e poder comprar materiais de pintura em telas, que é sua paixão, segundo a estudante. “Nunca vendi nem expus em nenhum lugar, e a feira me possibilitou isso, como dá oportunidade para muitos artistas mostrarem seu trabalho”, comenta. Ela diz que não é um evento seletivo, sempre tem algo interessante e diferenciado. As artes são variáveis. Amanda quer fazer Artes Plásticas e trabalhar com ilustrações, pinturas.

A feira tem bancas de venda de roupas, livros, cadernos, objetos, comida. Foto: Juliano Dutra/Laboratório de Fotografia e Memória
A feira tem bancas de venda de roupas, livros, cadernos, objetos, comida. Foto: Juliano Dutra/Laboratório de Fotografia e Memória

A dupla Eduardo Furlan, estudante de Letras na UFSM, e Eduarda Amaral, vestibulanda – ela quer cursar Artes Visuais, vendem seus cadernos há dois anos. Eles mesmos fazem os produtos, a encadernação, costura, pintura, a colagem de imagens, tudo à mão. Na primeira página de cada scrapbook há um poema autoral de Eduardo. A página FolkBooks é usada para divulgar o trabalho dos acadêmicos e também mostrar outras artes inspiradoras. Eles participam do Brique da Vila Belga e outras exposições. Eduardo considera importante a promoção dessas feiras culturais, para dar espaço aos artesãos e fomentar o mercado autoral. “Não há tantas iniciativas assim em Santa Maria, as pessoas são muito paradas, e quando há eventos assim, feitos por quem corre atrás, precisamos valorizar”, afirma. Para ele, feiras e encontros culturais combatem a manipulação e nos tiram do nosso mundo de conforto, nos coloca em contato com outras realidades. É um forma de fazer política, também.

Não há data programada para o próximo Tendéu, mas você pode acompanhar as informações na página do Facebook.

Ainda não tem uma programação definida para este fim de semana? Veja nossa agenda cultural com recomendações de eventos na cidade.

Amanhã, sexta-feira,28

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Exposição Cooimpressões do Tempo
Das 11h às 16h
Museus de Arte de Santa Maria. Última semana para visitação. Entrada Gratuita.
Onde: No anexo do MASM, Av. Presidente Vargas, 1400

Boteco do Rosário
16 h: Tendéu 3 – A Hora do Terror – Feira de artesanatos, trocas de livros, roupas, objetos.
Entrada gratuita. Mais informações na página do evento.
Onde: Rua do Rosário, nº 400.

Theatro Treze de Maio
20h 30min: Festa Camponesa & Flower Festival In Genzano – Festa camponesa mostra através da dança, a alegria e a simplicidade das festividades do campo. Flower Festival é um ballet de repertório. O libreto é adaptação de um conto que narra a história de um casal de jovens apaixonados. Projeto Dançando Para Educar. Direção: Beatriz Isaia. Classificação Livre. Ingresso promocional: R$ 8.
Você pode comprar os ingressos da bilheteria do Teatro, , que funciona de terça a sexta-feira, das 15h às 18h 30min.
Onde: Praça Saldanha Marino.

Cinema Arcoplex – Royal Plaza
Filmes em cartaz: Ouija – A Origem do Mal; É Fada; Inferno; O Lar das Crianças Peculiares; A Garota no Trem; Trolls. Os filmes irão passar na sexta-feira, sábado e domingo. Horários aqui no site.  
Onde: Shopping Royal Plaza, Avenida Nossa Senhora das Dores, nº 305.

Sábado, 29

Theatro Treze de maio
20h 30min: Festa Camponesa & Flower Festival In Genzano – Festa camponesa mostra através da dança, a alegria e a simplicidade das festividades do campo. Flower Festival é um ballet de repertório. O libreto é adaptação de um conto que narra a história de um casal de jovens apaixonados. Projeto Dançando Para Educar. Direção: Beatriz Isaia. Classificação Livre. Ingresso promocional: R$ 8.
Você pode comprar os ingressos da bilheteria do Teatro, , que funciona de terça a sexta-feira, das 15h às 18h 30min.
Onde: Praça Saldanha Marino.

Domingo,30

Parque Itaimbé
15 h: San Diego, Vespertinos, Jonathan Tadeu – Shows das bandas Vespertinos, San Diego e do mineiro Jonathan Tadeu, que se apresenta pela primeira vez no Rio Grande do Sul. Mais informações na página do evento.
Onde: Parque Itaimbé.

 

Francesco assina a revista Tupi, que é semestral. Foto: Rodrigo Savian/ Laboratório de Fotografia e Memória.
Francesco assina a revista Tupi, que é semestral. Foto: Rodrigo Savian/ Laboratório de Fotografia e Memória.

Faculdade, cursos, moda, live painting, design, arte, decoração, são temas abordados pelo maior evento de criatividade da América Latina, o Pixel Show – Conferência de Criatividade. Francesco Ferrrari, publicitário egresso do Centro Universitário Franciscano, foi no 12ª edição do evento, em São Paulo. Multidisciplinar, dinâmico, Pixel Show é composto por palestras, workshops e oficinas. Iniciativas e projetos de criatividade de ilustradores, jornalistas, publicitários, musicista, que criam ou usam artifícios e plataformas criativos, vêm até São Paulo para falar sobre o tema. Francesco foi motivado pelo seu gosto por ilustrações, mas não sabia quem seriam os palestrantes. Ele já assina a revista que promove o evento, Zupi, desde o ano passado, quando foi também no Pixel.

“Vi o Vj Spetto, responsáveis pelas projeções do Mappin da abertura das olimpíadas, o Roger Ranch, ilustrador americano que trabalhou para a BBC. Gosto muito dos trabalhos do Ranch, pois ele trabalha com retas e seu estilo é parecido com o ‘Onde está Wally’, uma ilustração mais publicitária. Também vi temas mais artísticos, do coletivo DOMA, do designer, grafiteiro e publicitário argentino, Julian Manzelli, conhecido como Chu, que fazem intervenções de arte de rua embasadas em fatos políticos, como guerras, queda das Torres Gêmeas”, afirma.

O dono do coletivo faz uma arte mais divertida e leve, no DOMA, ele e mais sete artistas fazem algo mais engajado politicamente. Por exemplo, eles fizeram uma intervenção em Berlim, na Alemanha, com um tanque de guerra almofadado, pois é um país totalmente bélico. A instalação propunha repensar sobre a utilização de equipamentos bélicos, os artistas andaram pela cidade com a almofada gigante de tanque, criticando o endeusamento do país pela questão dos armamentos, era como se eles dissessem ”olha, isso não funciona, não muda nada”, conta Francesco. Eles têm um site, onde você pode visitar e conhecer mais dessa arte.

O próximo Pixel Show será em outubro do ano que vem. Foto: reprodução/Facebook.
O próximo Pixel Show será em outubro do ano que vem. Foto: reprodução/Facebook.

Entre os brasileiros, estava o Spetto, os quadrinistas Gabriel Bá e  Fábio Moon, e muitos outros. As palestras eram ministradas pelos ilustradores e publicitários, e os workshops ocorriam paralelamente. Francesco conta que a apresentação do holandês, sobre jogos e educação, ele abordou a questão de utilizar jogos criativos para serem usados na educação de forma dinâmico, em plataformas online e offline. Jogos que podem ser usados tanto para atividade lúdicas, para graduação, crianças com problemas motores, trabalhos acadêmicos. E é algo interessante para quem trabalha com ensino, segundo o publicitário. Na página do evento é possível ver um pouco do que foi feito no PS. O publicitário foi com mais dois colegas do Centro Universitário Franciscano.
O Show ocorre todos os anos, em São Paulo, capital. As inscrições podem ser feitas pelo site, e assinantes da revista Zupi têm desconto.

 

As eleições do 2º turno são dia 30 de outubro. Foto: Caroline Costa/laboratório de Fotografia e Memória
As eleições do 2º turno são dia 30 de outubro. Fotos: Caroline Costa/Laboratório de Fotografia e Memória

Com a proximidade das eleições do segundo turno, a paisagem das ruas centrais de Santa Maria foi modificada. Quem passa pela Avenida Rio Branco  ou pela rua do Acampamento, a qualquer hora do dia, se depara com bandeiras coloridas a misturarem-se em meio aos carros e ônibus. As bandeiras verdes e vermelhas se movimentam em todas as esquinas, pelo Calçadão, pelas praças e quase cobrem a visão dos motoristas no túnel Evandro Behr.  PSDB e PT disputam a gestão da Prefeitura de Santa Maria que, pela primeira vez, tem um segundo turno.  E ao contrário do que a movimentação sugere – pessoas com os braços erguidos, ativos, erguendo a marca do partido -, as faces revelam pessoas cansadas, apáticas, algumas mais do que outras. A repetição do ritual das bandeiras tremulantes, presentes em campanhas anteriores, já não parece ter a mesma empolgação. Nem para quem as carrega, nem para quem transita pelas ruas. A equipe da ACS foi conversar com os militantes para saber como eles percebem e estão envolvidos na campanha. De modo inesperado, a maior parte das pessoas entrevistadas recusaram-se a revelar o próprio sobrenome.

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Militantes disputam as ruas de Santa Maria.

Duas moças com bandeiras do candidato Jorge Pozzobon não quiseram ser identificadas, mas acreditam que as propostas do candidato são boas para a cidade. Quando perguntadas sobre quais são as propostas do partido, elas argumentaram que não acompanham muito a política do candidato e que estão trabalhando ali porque não têm outra renda. Uma delas diz que não consegue trabalhar na cidade já há algum tempo, e precisava do dinheiro.  Ela foi até o comitê de propaganda do PSDB e se cadastrou recentemente para trabalhar nesse segundo turno.  Ao seu lado estava outra  militante que não quis se identificar e diz ter 17 anos. Ela também  afirma não saber muito sobre as propostas de Pozzobon  e diz que nunca conversou com ele.

Há militantes menos temerosos que seguem o partido desde cedo, como Joel Barcellos , de 49 anos. Ele afirma sempre ter estado ao lado do candidato durante as campanhas e atua como fiscal de rua. Diz participar das reuniões entre o comitê político e o grupo que faz o rodízio das bandeiras. Segundo o fiscal, os porta-bandeiras ganham em média 30 reais por dia, independente de quando começaram, vale-refeição, vale-transporte, e que o candidato vai até a praça conversar com eles, de vez em quando.

Já na campanha do candidato Valdeci Oliveira, o movimento de rua é feito pelos militantes mais antigos do PT. Eles levantam as bandeiras vermelhas e têm domínio das propostas do candidato. Duas petistas filiadas foram contratadas pelo comitê de propaganda do partido. Elas participarão da caminhada com Helen Cabral, candidata à vice-prefeita, pelo fim da violência contra mulher, amanhã, 22, na Praça Saldanha Marinho. Uma delas afirma acompanhar o partido fielmente, e conta que há conversas frequentes com Valdeci. A outra militante ouvida tem 39 anos, também apoia o partido e diz precisar da renda extra. Ela entrou em contato com o Comitê e, como tem outro emprego, trabalha na rua a partir das 14h.

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Militância ocupa as ruas da cidade.

Todas as pessoas com quem a equipe de reportagem falou, trabalham na praça desde o primeiro turno. Elas ganham em média 40 reais por dia (preço calculado a partir do salário total). Todos os militantes trabalham das 9h às 19h, com pequenas exceções. Ainda que alguns aleguem precisar do trabalho, outros dizem gostar de levantar as bandeiras porque acreditam nos partidos, e o fariam mesmo que não ganhassem nada.

Já para  os universitários da cidade, ouvidos pela reportagem, as campanhas de rua perturbam, tanto nos horários de aula, quantos no de lazer. Raquel Menezes e Luzia Lemos, acadêmicas de Medicina, consideram as campanhas uma “poluição sonora e visual”.

Ariel Dalla Vecchia, também estudante da Medicina, acredita que a propaganda musicada e veiculadas pelos carros de som podem funcionar, pois as músicas são ‘pegajosas’ e tocam muitas vezes durante o dia.  A mesma opinião é compartilhada pelos amigos e estudantes de Arquitetura e Urbanismo, Renan Cadó e Bernardo Escobar. Eles concordam que a propaganda sonora possa funcionar devido às repetições durante o dia, mas acreditam que os panfletos e bandeiras não tem utilidade alguma.

Imagem: reprodução/Laproa.
Imagem: reprodução/Laproa.

A 4ª Mipa – Mostra Integrada de Produções Audiovisuais – está com inscrições abertas até dia 03/11/2016. Alunos e egressos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Especialização em Cinema, dentre outros cursos do Centro Universitário Franciscano podem inscrever produções realizadas a partir de atividade proposta em sala de aula. A obra deve ter sido finalizada a partir de 2013. Só está vedada a inscrição das produções exibidas em edições anteriores da Mostra. As produções podem ter até 20 minutos de duração. As categorias são: ficção, documentário, animação, videoclipe e experimental.

A divulgação dos trabalhos selecionados sairá no dia 18 de novembro. Os vídeos selecionados serão exibidos no dia 24 de novembro no Salão Acústico do Prédio 14, Conjunto III, do Centro Universitário Franciscano, a partir das 20h. Junto a programação da mostra serão lançados os curtas-metragens Karma e Perspectiva, produzidos neste semestre na disciplina de Cinema II do curso de Jornalismo.
Mais informações no site do Laboratório de Produção Audiovisual e na página do Facebook.

O Outubro Rosa é uma campanha internacional de prevenção do câncer de mama, alerta para a importância do diagnóstico precoce, e atenta para o autoexame onde a própria mulher se toca para conhecer seu corpo e, assim, perceber quando algo está diferente. Inúmeras campanhas são lançadas no mês de outubro, que tem como símbolo o laço rosa. Campanhas como #setoca, chama atenção de mulheres para realizarem o autoexame e conhecer seus seios, isso facilita o diagnóstico precoce. Mais informações sobre o diagnóstico você pode ler aqui, em uma matéria feita pela Vix.

Em Santa Maria, diversos eventos ocorrem durante o mês rosa. A Câmara de Comércio e Indústria de Santa Maria (CACISM), em parceria com Nação Verde e o Cenário Espaço Mulher, realiza nesta quinta-feira, 20, uma programação especial do Outubro Rosa. Palestras sobre o câncer de mama serão ministradas pelos médicos ginecologistas Flávio Jobim, Maria Brizola Mayer, o nutricionista Adriano Lenz, a psicóloga Letícia Rauber e o fisioterapeuta Mateus Petrucci. O evento será no auditório do 6º andar da CACISM, às 19h. Mais informações pelo telefone (55) 3222 – 7600.

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Imagem: reprodução.
Imagem: reprodução.

O 10º Prêmio de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Franciscano ocorre dia 18 de novembro, no conjunto lll. Para comemorar os 10 anos de prêmio, o curso prepara uma exposição na Sala de Exposição Angelita Stefani, do dia 25 à 31 de outubro. A abertura da exposição será dia 25, às 10 hs, no prédio 17, conjunto lll, com a palestra do publicitário e presidente da Associação Riograndense de Propaganda, Zeca Honorato. O tema discutido será “Publicidade: o que mudou e o que nunca vai mudar”.

O Prêmio conta as seguintes categorias: fotografia publicitária, fotografia livre, design gráfico, spot, jingle, áudio livre, filme publicitário, videoclipe, vídeo livre, agência experimental e projetos de empreendedorismo. Estudantes de Cinema, Rádio e Televisão, Produção Audiovisual também podem se inscrever no prêmio. Para realizar a inscrição para a programação e assistir à palestra de Zeca Honorato, acesse aqui.
O objetivo do Prêmio é incentivar a produção dos acadêmicos através da premiação e exposição, e assim, qualificar os trabalhos de criação publicitária dos acadêmicos.