A Agência CentralSul de Notícias faz parte do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) em Santa Maria/RS (Brasil).
Hoje, segunda-feira, 6, estão previstos mais três depoimentos de testemunhas do Júri da Boate Kiss. A previsão é que sejam ouvidas Stenio Rodrigues Fernandes, ex-funcionário, Willian Machado, vítima sobrevivente e sobrinho do sócio da boate Elissandro Spohr e Nathália Daronch, esposa de Elissandro, também vítima sobrevivente.
O Tribunal do Júri está acontecendo no plenário do Foro Central de Porto Alegre, e começou na quarta-feira ,1º, presidido pelo juiz Orlando Faccini Neto. Hoje chega ao 6º dia com a estimativa de durar duas semanas. Já foram ouvidos até agora 16 depoimentos.
O incêndio da Boate Kiss ocorreu em Santa Maria, no dia 27 de janeiro de 2013. Os quatro acusados, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, sócios da Kiss e Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, integrantes da banda Gurizada Fandangueira, estão sendo julgados pela morte de 242 pessoas e pela tentativa de homicídio das outras 636 pessoas que ficaram feridas, causados por um show pirotécnico.
No 4º dia do Júri foram ouvidos Alexandre Marques (testemunha de defesa de Elissandro) e Maike Ariel dos Santos (vítima arrolada pela Assistência de Acusação).
No domingo (5), três pessoas prestaram depoimento. A testemunha Tiago Mutti, sócio da empresa que deu origem a Kiss, passou a ser informante porque responde a um processo por falsidade ideológica relacionado à boate. O depoimento de Tiago durou cerca de 5 horas, sendo um dos mais longos até agora durante as oitivas realizadas.
Foram ouvidos também o sobrevivente Delvani Brondani Rosso e a ex-segurança da boate, Doralina Peres.
O Juiz Orlando Faccini Neto determinou que somente três pessoas serão ouvidas por dia. Ainda restam 13 pessoas a serem ouvidas: dois sobreviventes e 11 testemunhas.
O vestibular da UFN acontecerá em dois dias. Em 2 de dezembro, de maneira online para a área da Saúde, e no dia 3 para as demais áreas. Neste dia também haverá o exame presencial para o curso de Medicina, no conjunto III da instituição.
Os candidatos que farão a prova presencial devem estar atentos ao horário de abertura dos portões, agendado para às 12:30 com entrada pela rua Duque de Caxias. Já as portas dos prédios onde acontecerão as provas abrem às 13:00 e os candidatos devem estar nas salas até o horário de 13:30.
O candidato terá até às 17:30 para finalizar o exame, e a partir das 17:00 será liberada a saída do prédio.
Os protocolos de prevenção ao Covid serão mantidos para o exame presencial. Entre eles, o uso da máscara obrigatória, o uso do álcool em gel e demais cuidados necessários. Caso o candidato esteja sentido sintomas de gripe, não poderá reagendar a prova objetiva presencial do vestibular. O candidato que comparecer e tiver sintomas de gripe, deverá obrigatoriamente utilizar máscara e se apresentar a um representante da UFN, para que possa, imediatamente, ser direcionado para uma sala extra especial.
Redação, aprovação e matrícula
Segundo o professor Adilção Cabrini Beust, responsável pela coordenação do vestibular, para o candidato que optar por fazer a redação online será enviado um link a partir das 8:00 nos dois dias de prova, e ele terá prazo até as 20:59 para finalizar a redação. Depois que acessar o link, ele terá duas horas para realizá-lo. O candidato poderá definir o melhor horário para fazer o texto.
No caso de aprovação, os 40 primeiros candidatos em ordem decrescente de classificação serão chamados em Primeira chamada, sendo que os demais candidatos classificados ficarão em Lista de Espera (suplência). A lista de classificação dos aprovados no Processo Seletivo para o curso de Medicina será divulgada no dia 13 de dezembro, às 15 horas, no Hall do prédio 15 da UFN, no Conjunto III (Rua Duque de Caxias, nº 789, Santa Maria – RS, e às 16 horas, no site institucional.
Aos candidatos dos demais cursos presenciais, a consulta do Processo Seletivo do Vestibular de Verão 2022 vai ser disponibilizada pela UFN até às 18 horas do dia 13 de dezembro de 2021, também no site institucional.
Outras formas de ingresso
As outras duas formas de ingresso são utilizar a nota do vestibular de anos passados da UFN que tenham sido realizados entre 2019 e 2021, ou as notas do ENEM nos períodos entre 2016 e 2021.
O candidato que participou do ENEM em mais de uma edição nos anos anteriores, poderá escolher com qual nota se inscreverá, informando o respectivo número de inscrição do Exame quando fez a sua inscrição ao vestibular.
Segundo informações da Assessoria de Comunicação da UFN estão abertas as inscrições para o Processo Seletivo de Ingresso e Reingresso 2022/1, voltadas ao preenchimento de vagas remanescentes oferecidas para o 1º semestre do ano de 2022, nos cursos de Graduação presencial e semipresencial da Universidade Franciscana (UFN).
A oportunidade é destinada aos candidatos oriundos e vinculados a outras Instituições de Ensino Superior, portadores de diploma e estudantes da UFN com cancelamento ou abandono de curso, para o preenchimento de vagas remanescentes. As modalidades ofertadas são:
Transferência Externa: estudantes regularmente matriculados ou com matrícula trancada em curso de graduação, presencial ou a distância, em outra Instituição de Ensino Superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC);
Portador de Diploma (2ª Graduação): candidatos portadores de diploma de curso superior de graduação, reconhecido pelo MEC;
Reabertura de Matrícula: destinado para aqueles alunos que, por vontade própria, tenham cancelado ou abandonado o curso de graduação na UFN. A reabertura de matrícula poderá ser feita para o curso da evasão ou para outro curso a fim, desde que se tenha vaga.
O candidato deverá obedecer ao prazo de 19 de novembro de 2021 a 25 de fevereiro de 2022 e apresentar presencialmente os documentos necessários, na Central de Atendimento da UFN (Rua dos Andradas, nº 1614 – Prédio 2), das 8h às 12h e das 13h às 17h. As inscrições são gratuitas.
Por Bárbara Brum e Guilherme Lago, acadêmicos do curso de Jornalismo da UFN
Viajar é sinônimo de boas energias, de renovação do físico e da alma. É um momento em que você curte a você mesmo ou quem estiver com você. É quando se sabe que é preciso relaxar e deixar suas preocupações de lado para aproveitar a vida. Resumindo, é o descanso que se dá da vida corrida do cotidiano. É um espaço para criar memórias que irão ser seu livro e guia na hora de conversar com os outros.
Viajar é buscar novos horizontes, ares e locais. Porém, viajar nem sempre é sinônimo de diversão. Há fases pelas quais se deve passar para atingir o objetivo que se espera daquela viagem tão aguardada. Uma delas é o planejamento, ou seja, como você vai se organizar para alcançar o objetivo de ter uma boa viagem. Planejamento é o início de tudo. Primeiro é preciso saber o custo da viagem,que documentação é necessária, ter informações sobre o local, o meio de transporte que se vai utilizar, em que local ficará hospedado, os passeios que serão feitos e também a alimentação. É importante saber também o que vai se levar na viagem e quantos dias planeja ficar no local escolhido. Depois de cumprido todos os requisitos é só aproveitar.
Então, para se curtir aquilo que mais se deseja, como a própria viagem, é preciso sempre do planejamento. São vários processos importantes que sempre se deve levar em consideração para que a parte da diversão esteja garantida. Por fim, uma viagem é um ato em que você pode decidir se vai buscar o conforto ou viver uma aventura.
Viajar na pandemia
Temos a plena consciência de que passamos por um período bem difícil, e que ainda estamos nele por causa da pandemia. É uma situação ainda muito difícil de lidar. Neste período, as viagens se tornaram cada vez mais complexas de serem realizadas em decorrência do isolamento. As medidas se tornaram mais rigorosas, e mesmo um pouco insuportáveis, mas necessárias. Ao incômodo do uso de máscaras, pois dificulta a respiração e a fala, a utilização de alcool em gel, mostrar o comprovante de vacinação, cumprir distancionamento social, a limpeza e ventilação dos ambientes, evitar aglomerações e a não venda e compartilhamento de objetos ou produtos.
Viajar tem sido bem difícil para a maioria das pessoas em meio às milhares de mortes, além do que outra parte da população teve que ficar afastado dos seus entes queridos para se proteger e protegê-los. Entretanto, com avanço da vacina na maioria dos países, a possibilidade das pessoas colocarem o pé na estrada novamente se tornou cada vez mais viável, apesar de ainda ter que seguir normas de saúde. Mesmo estando ainda em uma bolha e com uma questão de insegurança de que coisas ruins, como doenças, sempre estarão presentes, é possível sim sair e ir atrás de aventuras com todos os cuidados possíveis.
A verdade é que as pessoas cansaram de esperar oportunidades para viajar nesta pandemia. Com a volta, aos poucos, da normalização das coisas, querem mais que tudo sair da rotina monótona e curtir novamente suas vidas.
Por fim, quero dizer que há muitas incertezas para o futuro, principalmente para as viagens tanto nacionais quanto internacionais.
Acredito que algumas coisas não voltarão mais a serem as mesmas, entretanto, de uma coisa eu tenho convicção: as pessoas querem mais que tudo poder viajar para voltar a criar lembranças, para poder contar as suas experências às futuras gerações.
* Bárbara Brum é aluna do curso de jornalismo da UFN.
Na noite de ontem, 8 de setembro, às 20h, uma live realizada pela disciplina de Comunicação Comunitária no Instagram do curso de Jornalismo, teve como convidado o educador social, Paulo Tavares, da TV OVO de Santa Maria. Paulo também coordena, produz e ministra oficinas e cursos de formação na área do audiovisual, e é responsável pela produção e apresentação do podcast Programa Ponto de Cultura.
Num bate papo mediado pela professora Rosana Zucolo, Tavares falou sobre a gênese da TV, em 199O, durante sua atuação como diretor de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e região, e de como o movimento cineclubista contribuiu para a formação da TV OVO.
A TV OVO, também conhecida como Oficina de Vídeo Oeste, nasceu dentro da realidade dos anos 90 com uma forte influências dos movimentos da Igreja e sindicais.
Tavares fez parte do movimento da juventude da Igreja Católica, lembrou das discussões sobre as rádios comunitárias e da preocupação dos grupos de jovens que, naquele momento, debatiam sobre o quê as comunidades proporcionavam aos adolescentes da periferia, que não tinham acesso aos bens culturais. Começou então com as oficinas. Em 1º de maio de 1996, houve o primeiro encontro de oficinas, onde se ofereceu uma de teatro, que durou 2 anos, e outra de audiovisual. Os participantes trabalhavam com a operação de câmera e a linguagem visual, e as oficinas ocorriam no salão da Igreja ou na garagem da casa de Tavares. Começavam com a testagem, gravavam imagens e com entrevistas, depois de dois meses de realização, houve a apresentação para a comunidade que acolheu com muito orgulho a produção dos adolescentes.
O educador social falou também da transformação da TV OVO em Ponto de Cultura, das parcerias com a TV Educativa do RS e, posteriormente, com o Canal Futura, ressaltando o impulso profissionalizante que isto significou para o grupo.
Relatou também os projetos desenvolvidos junto à comunidade e empresariado local como o TV OVO no ônibus e da produção de documentários vinculados ao projeto Por onde passa a memória da cidade. Além de ter participado da produção, dirigiu dois deles: o documentário sobre os Distritos de Arroio Grande e o de Santa Flora. Foram 9 documentários, que formaram a série que demorou 5 anos para ser finalizada.
Ao ser questionado sobre quem é a TV OVO nos dias atuais, Tavares destacou a importância da TV para a cidade, uma vez que é uma instituição cultural que atua em três eixos: o da formação audiovisual, o da preservação da memória e o da circulação das produções audiovisuais por meio do cineclubismo.
Segundo ele, atualmente acontece a formação voltada às escolas municipais e também estaduais, onde se trabalha o NEI e os Olhares da Comunidade (web série) que são desenvolvidas em escolas públicas.
Para o ano que vem, 2022, querem voltar a desenvolver os Olhares da Comunidade nas escolas municipais, pois devido a pandemia não puderam continuar. Ele ressalta que não se trata de uma formação formal, mas sim colaborativa. Logo, não é recomendada para aqueles que querem trabalhar em uma grande emissora, mas para aqueles dispostos a seguir esse caminho do investimento no resgate da memória e da cultura. A TV OVO é uma oportunidade se abre no horizonte.