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Elizabeth Lima

Elizabeth Lima

Debate do cineclube discutiu temas atuais. Foto: Eduardo Camponogara / LABFEM.

No final da manhã, o CineClube Consciência exibiu o curta de animação, de 2006, “Vida Maria”, do animador brasileiro Márcio Ramos. Abordando os temas ‘trabalho infantil e evasão escolar’, a proposta, segundo a professora do curso de Engenharia Biomédica, Maria Isabel Veras Orselli, era trazer um tema que gerasse ampla discussão, podendo ser levado para sala de aula por professores e alunos, sendo uma atividade interdisciplinar que traz abordagens em vários aspectos.

Após a exibição, os visitantes puderam debater, além do tema evasão escolar, o comportamento repetitivo baseado em experiências de familiares, o trabalho doméstico das mulheres, falta de perspectivas de futuro, principalmente em locais do interior do Brasil.

Mesmo já tendo mais de dez anos, ficou evidente que o curta segue com temas cada vez mais atuais, perante o engajamento do público presente que dividiu experiências, visões e preocupação com tudo o que foi debatido.

 

 

A prova de vestibular da Universidade Franciscana é constituída de prova objetiva com 50 questões e redação para os cursos de Medicina e Odontologia, e somente prova de redação para os demais cursos, um total de 28.  A proposta de redação para a maioria dos cursos trouxe o seguinte questionamento: “O que as pessoas estão deixando de ver quando passam muito tempo olhando para uma telinha?”

Victor acredita que concorrentes podem tangenciar o tema. Foto: Lucas Linck LABFEM

O vestibulando de Psicologia Victor Brum, afirmou não ter se surpreendido com o tema, o considerou fácil escrever sobre o tema, mas, ao mesmo tempo, bastante propenso ao tangenciamento. Se sentindo preparado, ele fez um paralelo do tema com sua própria experiência com o uso do celular.

Vestibulanda disse não ter sentido dificuldades em desenvolver o tema.  Foto: Lucas Linck LABFEM

Isadora Souza, que prestou vestibular para o curso de Direito, gostou da temática por ser um assunto muito discutido atualmente. Ela afirma ter tido bastante facilidade em escrever, uma vez que já havia realizado uma dissertação sobre o uso de tecnologias durante o ensino médio. Isadora procurou permanecer focada no tema, abordando principalmente os prejuízos causados pelo uso excessivo do celular.

Já o tema da redação dos vestibulandos de Medicina e Odontologia, abordou os motivos da sensação de falta de tempo, apressa constante e a necessidade de priorizar aquilo que realmente importa na vida. Apesar de diferentes, os temas das duas redações estavam diretamente interligados, pois a questão do tempo permeava ambas as provas.

Isadora se surpreendeu com o tema. Foto: Lucas Linck LABFEM

Para a estudante Isadora Brum, que prestou vestibular para Medicina, o tema fugiu completamente de suas expectativas. “Eu não sabia se falava em relação a mim, ao que achava sobre o tema, ou se abordava o parâmetro geral”, declarou.

Em contrapartida, Maria Eduarda, que também pretende cursar Medicina, considerou o tema de extrema importância, já que ele engloba todas as questões da modernidade, destacando o risco de vários vestibulandos tangenciarem.

Maria Eduarda comenta que o tempo também permeou a prova objetiva. Foto: Lucas Linck LABFEM

“Eu acho que muitas pessoas vão tangenciar porque todos os anos a UFN desenvolve provas com palavras-chave que precisam aparecer no texto e desta vez isso não aconteceu”.

Maria Eduarda, natural de Alegrete, que prestou vestibular para Odontologia, ficou muito feliz com o tema pois acredita ser atual e que facilita a argumentação. “Foi bem melhor do que o ano passado. É uma questão atual que me deixou muito confiante. Usei vários argumentos de livros do ensino médio”, comenta ela.

Colaborou Evelin Bitencourt

A escolha de um curso carrega muitos sonhos. Foto: Beatriz Bessow LABFEM

A escolha da profissão é um dos momentos mais difíceis e importantes na vida de uma pessoa, é necessário que o vestibulando reflita sobre suas aptidões, gostos e expectativas antes de finalmente tomar uma decisão. Em dia de vestibular, os estudantes chegam entusiasmados e, muitas vezes, totalmente apaixonados pela opção de curso que escolheram.

Vestibulanda do curso de Medicina, o mais concorrido da instituição, Clara de Freitas Trindade, natural de Santa Maria, afirma que desde criança sente a necessidade de cuidar e ajudar as pessoas. Ela conta ainda que a ideia de se sentir responsável pelo bem estar de outras pessoas a fez se apaixonar pela profissão.

Juliane de Andrades, natural de Santa Maria, tenta pela segunda vez ingressar no curso de Odontologia da Universidade Franciscana. Ela explica que seu interesse pela profissão vem da noção de que ela proporciona uma das coisas mais importantes do ser humano que é o sorriso. Juliane garante saber o quanto o curso pode ser desafiador e que isso a motiva ainda mais.

Sofia presta seu primeiro vestibular. Foto: Patrício Freitas LABFEM

Sofia Alana Lee Pippi nasceu nos Estados Unidos. De família paterna brasileira, ela hoje reside em Santa Maria e escolheu a Universidade Franciscana para prestar seu primeiro vestibular. Filha de arquiteto, Sofia pretende seguir os passos do pai e afirma se identificar muito com a Arquitetura por gostar de desenho e matemática e, principalmente, por sempre ter acompanhado os projetos desenvolvidos pelo pai. Neste processo seletivo, ela escolheu o curso de Psicologia, já que as vagas para o curso de Arquitetura e Urbanismo são ofertadas somente no vestibular de verão.

Prestando seu primeiro vestibular, a santa-mariense Luana Faria Magalhães conta ter escolhido o curso de Biomedicina por sonhar em ajudar a descobrir novos medicamentos e auxiliar na cura de muitas doenças. Ela explica também que sua identificação pela Biologia foi determinante para essa decisão.

Vinda de São Pedro do Sul, Amanda Fernandes presta seu primeiro vestibular para Direito. Ela confessa ter tido muitas dúvidas de qual profissão escolher, mas que, durante um trabalho vocacional no final do ensino médio, percebeu a importância de saber e exercer seus direitos civis. A existência de matérias como Sociologia e História na grande curricular do curso de Direito também contribuíram para sua escolha.

 

O racismo ainda permanece em nossa sociedade e faz com que os negros tenham difícil acesso aos direitos que deveriam ser proporcionados a todos. A luta enfrentada por grupos de militantes da causa se torna mais forte e abrangente para apresentar as dificuldades e a falta de representatividade dessa classe em meio à grande massa.

Novembro é o mês da Consciência Negra. E, para dar destaque a esta data, foi realizado nos dias 10 e 11 deste mês, na auditório da Antiga Reitoria da Universidade Federal de Santa Maria, a 6ª edição do debate “Novembro Negro”. Na atividade, alunos de graduação e pós-graduação puderam expor seus trabalhos. Foram debatidos quatro temas, divididos nos seguintes eixos de apresentações: Violência, criminalidade e encarceramento; Migrações e refúgios; Racismo e subjetividade; Religiosidades Afro-Brasileiras: Intolerância Religiosa.

Uma das organizadoras da mesa-redonda, a professora Maria Rita Py Dutra, doutoranda em Educação e mestre em Ciências Sociais, docente há 30 anos, escritora e militante do movimento negro, concedeu à Agência CentralSul entrevista sobre o tema. Confira a seguir os principais momentos da conversa.

Maria Rita Py Dutra foi uma das organizadoras do Novembro Negro (Foto: GT Negros/Divulgação)

Agência CentralSul – Como a senhora avalia  o movimento negro dentro das escolas?

Maria Rita Py Dutra – Uma lei criou a semana nas escolas, porque a lei diz que é obrigado o ensino da história da cultura africana e que é para ter uma Semana da Consciência Negra. Isso foi um problema, porque a escola não faz nada durante todo o ano e quando chega em novembro começa a nos chamar para palestras. Eu acho que semana da consciência negra não deveria ter nas escolas, pois os professores devem trabalhar as questões étnico-raciais durante o ensino. Acho bem problemático, deveríamos ter um currículo antirracista em todas as áreas.

Agência CentralSul – Como a senhora avalia o preconceito das religiões de matriz afro na mídia, existe uma visibilidade ou eles acabam mascarando as coisas?

Maria Rita Py Dutra -Nosso maior problema é a questão da religiosidade, porque essas (igrejas) neopentecostais estão aí e elas possuem o poder. E é aquela coisa do Hitler, uma mentira dita muitas vezes se torna uma verdade. É eles principalmente através da igreja Universal possuem um plano político. Então é claro que muitas coisas não surgem na mídia, existe um desinteresse em mostrar os problemas enfrentados por nossas religiões.

Agência CentralSul – Existe uma preocupação do movimento negro com uma possível volta do Regime Militar?

Maria Rita Py Dutra – Eu não posso te falar em nome do movimento negro em si, porque eu por conta da faculdade estou um pouco afastada das militâncias. Mas nós do GT Negro temos essa preocupação. Meu medo maior é dessa radicalização que já está havendo. Meu medo é de que a bancada evangélica, por exemplo, assume o poder, porque isso está mais próximo e é preocupante demais. Temo até mesmo, daqui uns anos, ver gays, lésbicas e negros na fogueira.

Agência CentralSul – Toda essa desigualdade social é reflexo do racismo e da escravatura?

Maria Rita Py Dutra – Sim. Porque tudo passa pelos bancos escolares. E, por muito tempo depois do fim da escravidão, as crianças negras não ganhavam oportunidade de estudar, não podiam frequentar uma escola. E obviamente o racismo que ainda existe, por exemplo, em uma entrevista de emprego entre um branco e um negro a tendência é que seja escolhido um branco. O racismo influencia diretamente na questão da desigualdade social.  Nós precisamos de justiça social.

Agência CentralSul – Quais medidas a senhora crê que devam ser tomadas para expandir as informações sobre a cultura negra que possam diminuir o preconceito?

Maria Rita Py Dutra – A primeira medida a ser tomada é garantir o acesso e a permanência do estudante negro nas universidades. Depois disso, ele deve conseguir fazer o mestrado e o doutorado. As coisas só vão mudar quando nós tivermos professores negros em todas as universidades públicas e privadas do país. Existem muitos poucos professores negros nas universidades.

Agência CentralSul – Recentemente presenciamos ataques racistas dentro da UFSM. Como essa questão repercutiu na instituição?

Maria Rita Py Dutra– Os professores da universidade ficaram impactados. Não se esperava isso dentro de uma academia do curso de Direito (e de Ciências Sociais). Por isso que a gente entende esse Supremo Tribunal e esse Judiciário todo. As formações são muito retrógradas e conservadoras. O número de negros que frequentam faculdades é extremamente baixo e o ensino superior não foi pensado para a classe popular. Existe invisibilidade dos sujeitos negros, não só como estudantes mas também como professores. Temos relatos de colegas negros que o ônibus estava lotado e ninguém sentava do lado dele. O racismo está nas raízes do capitalismo e está atingindo toda a sociedade. Quem é diferente sofre em todas as localidades.

Caroline Freitas e Elizabeth Lima

Disciplina: Jornalismo Digital 1

Professor: Maurício Dias

Sempre entusiasmados e procurando motivar e tranquilizar os alunos, os professores e funcionários dos cursinhos pré-vestibulares mostram-se otimistas e buscam comentar os detalhes mais relevantes a respeito das provas.

Professor Rodolfo Alexander, do Fleming. Fotos: Jéssica Marian/LABFEM

Rodolfo Alexander professor de inglês dos cursinhos Fleming-Santa Maria tem um parecer positivo sobre as provas do vestibular do Centro Universitário Franciscano, afirmando que elas são bem elaboradas e que suas questões estão dentro dos conteúdos que eles buscam passar para os alunos durante o ano. Ele também revela que o Fleming tem focado especialmente no vestibular da Unifra, que também procura conversar com os professores dos cursinhos,  o que deixa o vestibular mais tranquilo para todos os lados. Ele vê uma evolução enorme dos vestibulares de medicina ao longo dos anos, com questões mais elaboradas e com um nível de dificuldade cada vez maior.

Professor de Química do Challenger

Conhecido como “Coca”,  o professor de Química do Challenger Desafia de Santa Maria se mostrava bastante confiante quanto ao desempenho de seus alunos que estavam em um número de aproximadamente 250 pessoas. Ele acompanha o vestibular do Centro Universitário Franciscano há alguns anos, e classifica as provas como organizadas e muito bem distribuídas em todas as disciplinas.

Professor de literatura e redação, Felipe Freitag

O professor de literatura e redação do Fóton, Felipe Freitag, elogia a abordagem do vestibular na área de literatura. Ele afirma ter gostado muito da leitura obrigatória do livro “Quarto de Despejo” por ser uma obra que precisa ser lida pelos alunos. Outro ponto importante na opinião de Rodrigo é o fato de a prova exigir conhecimento do enredo das obras, o que faz com que os vestibulandos realmente tenham que ler os livros. Quanto à redação, o que ele considera mais interessante é o fato de serem cobrados textos em primeira pessoas do plural e do singular, exigindo assim uma marca de avaliação e de autoria, e também por sempre preferir temas bastante atuais. Suas apostas para tema desse ano foram Fake News, por ser algo que vem sendo bastante discutida, ou Neo Nazismo, devido ao que ocorreu recentemente nos Estados Unidos.

Magali Pagnoccelli, assessora de imprensa do grupo Fleming.

A assessora de imprensa do grupo Fleming pré-vestibulares, Magali Pagnoccelli, explica que o curso veio para o vestibular em três grupos – de Caxias, Passo Fundo e Porto Alegre, além dos estudantes do cursinho de Santa Maria. Suas expectativas são as melhores possíveis, pois no ano anterior um dos alunos do grupo de Passo fundo entrou no primeiro lugar em Medicina e também 60% das vagas no curso foram conquistadas por alunos do Fleming. Ela afirma que, entre as três caravanas, vieram aproximadamente 200 alunos. Sobre as provas, sua avaliação é positiva; ela ressalta que o nível de dificuldade é alto, o que seleciona bem os alunos, e que o tema da redação é sempre bastante satisfatório.

Adilção Beust- Coordenador do Vestibular. Foto: Jéssica Marian

O vestibular do Centro Universitário Franciscano 2018 está transcorrendo de maneira tranquila e o professor Adilção Beust, um dos coordenadores do vestibular, avalia com satisfação a movimentação até agora.

ACS- Como o vestibular está ocorrendo? Houve algum tipo de problema?
Adilção Beust-De forma geral, não houve nenhum problema. Tenho informação de que dois colegas tiveram problema de pressão arterial e foram atendidos. Exceto isso, tudo está excelente. O fato da prova estar sendo realizada no turno da tarde tem facilitado as coisas, pois os alunos almoçam e conseguem vir mais descansados. Na questão da estrutura de logística dos prédios sempre tem aqueles vestibulandos que acabam não lendo todas as informações corretamente, mesmo recebendo emails de nossa equipe com todos os dados. Houve três candidatos que vieram para o Conjunto III por engano e deveriam ter ido para o conjunto II. Eles foram encaminhados para o conjunto correto. Mais tarde, já próximo ao horário de início das provas, mais dois candidatos também apresentaram-se no conjunto errado e foram conduzidos até o local certo por um carro da instituição.
Com relação à prova, felizmente não tivemos problema nenhum. Os alunos entraram tranquilamente e estão realizando as provas. Claro que  a partir das 17:30, quando todos tiverem saído das provas e fizerem contato com os professores dos cursinhos, alguns questionamentos podem surgir. O que é natural e nós somos bem democráticos com esse tipo de questionamento.

ACS- E o que os vestibulandos devem fazer nesses casos?
A.B –  Nós temos um formulário eletrônico no site da instituição, chamado Formulário de Recurso, onde o candidato pode preencher e assim ter o direito de questionar a questão, desde que ele faça o embasamento fundamentado e seja efetivamente inscrito no nosso processo.

ACS- O número de abstenções foi próximo do que vocês esperavam?
A.B- A nossa média de abstenção tem sido sempre em torno de 12%. Esperávamos esse número novamente, mas nesta edição tivemos um número de 9.95%. Eu achei essa queda bastante significativa. Exatamente 384 candidatos não vieram fazer a prova, o que eu achei bem razoável.

ACS- Os professores de cursinhos poderão fazer a prova mais tarde. Como isso vai funcionar?
A. B- Nós temos no Salão de Atos do prédio 13 do conjunto III um espaço reservado para que os professores dos cursinhos possam realizar a prova. Eles entram nas mesmas condições dos candidatos e fazem a prova das 16h30 às 17h30. Quando tocar o sinal de término de provas, eles poderão se retirar levando o exame que fizeram. A participação desses professores para nós é muito importante,  pois eles colaboram com  a nossa prova e a crítica deles também é muito importante. Em todos esses anos nós abrimos esse espaço e sempre foi positivo.

ACS- Sobre o tema da redação, o que você pode comentar?
A.B- O tema da redação”O problema não é o que vira notícia, mas o que deixa de ser”. A grande questão por trás é a nossa sociedade, o que realmente deve ser notícia, o que é importante pra sociedade de maneira geral. Eu, como matemático, posso fazer uma relação da seguinte maneira: eu observo, principalmente, em nossos governantes, que se trabalha muito em cima de número e estatísticas. Na verdade não é isso que nós estamos visualizando em nossa sociedade, então, o tema está bem dentro dessa linha.

 

Estudantes de outros municípios e até mesmo de outros estados são presença garantida a cada edição do vestibular do Centro Universitário Franciscano. Seja acompanhados pelos pais, ou em caravanas de cursinhos, eles vêm com grandes expectativas e entusiasmados com a estrutura da Unifra. Ouvindo esses alunos e até mesmo alguns pais, podemos entender um pouco melhor como são e o que esperam esses vestibulandos.

Gabriel Corrêa veio de Caxias do Sul . Fotos: Jéssica Marian

Gabriel Correa, aluno do Cursinho MedSul de Caxias do Sul está tentando pela primeira vez uma vaga no Curso de Medicina no Centro Universitário Franciscano. Suas expectativas eram de uma prova tranquila, na qual pudesse testar seus conhecimentos ao longo de um ano de Cursinho.

As gêmeas Júlia e Gabriele vieram de Pelotas prestar exame para o curso de Engenharia Biomédica.

As gêmeas Júlia e Gabriela, 18 anos, que vieram de Pelotas acompanhadas dos pais, estão prestando vestibular na Unifra pela primeira vez e buscam aprovação no curso de Engenharia Biomédica. Suas expectativas são altas, baseadas no fato de que não há tantos candidatos por vagas. Elas contam ter escolhido o curso a partir de suas predileções por matérias como biologia e química, não fizeram cursinho e estão visitando a Unifra pela primeira vez.

 

Maria Eduarda Siqueira veio de Marau para prestar vestibular.

Maria Eduarda Siqueira, aluna do Cursinho MedSul, veio da cidade de Marau e busca de uma vaga no curso de Engenharia Biomédica no Centro Universitário Franciscano. A estudante afirma ter escolhido a Instituição por causa de sua estrutura e por ser uma das únicas que ofertam o curso no estado. Ela teve acesso às provas dos anos anteriores e sente-se bem preparada para realizar o vestibular.

A senhora Sandra Aquino de Santiago estava bastante ansiosa ao trazer pela primeira vez a filha Carine para prestar vestibular para o curso de Engenharia Biomédica. Ela conta estar bastante ansiosa pelo desempenho da filha, mas contente com a organização daUnifra e com alta expectativa pela aprovação da filha.

Patricia de 19 anos de Caxias do Sul, busca uma vaga em Medicina. Ela que veio para a cidade com os pais, conta que já tentou ingresso na Unifra pelo vestibular de inverno desse ano, conta que escolheu a Unifra por gostar da cidade de Santa Maria. Ela faz o cursinho MedSul . Suas expectativas são altas e ela já teve acesso a provas dos anos anteriores.

 

De uma excursão dos cursinhos pré-vestibular Gaia, veio Mariah de 19 anos, a estudante natural de Morro da Fumaça estava acompanhada de colegas de Criciúma, e tenta uma vaga no curso de Medicina pela segunda vez. A primeira foi no vestibular de inverno desse ano. A escolha da Unifra deve-se ao fato de ter gostado não só da Instituição, mas também da cidade de Santa Maria por toda a sua estrutura para universitários. Sentindo-se confiante, a vestibulanda afirma ter revisado as provas dos anos anteriores.

Folder do evento

Iniciou hoje, 24, na Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria- CESMA, o 4º  CINEST – Festival Internacional de Cinema Estudantil.
O evento que tem como objetivo a exibição e o reconhecimento das realizações audiovisuais produzidas por alunos de Escolas municipais, estaduais, federais e particulares – de Ensino Fundamental do 5º ao 9 º ano e ensino Médio e Universitários do Brasil e Exterior,foi aberto às 14:00 desta terça-feira e transcorrerá até o próximo dia 27 ás 20:00. A relação dos audiovisuais selecionados para exibição pode ser acessada no site do Cinest .
A entrada é gratuita e o festival destinado, principalmente, ao público infantil,  oferece também oficinas com vagas limitadas.

DIA 25-Manhã: 9:00hs -Oficina de Roteiro Cinematográfico;
DIA 26- Manhã: 9:00hs -Oficina de Maquiagem e efeitos especiais- 25 vagas; e
DIA 26- Manhã: 9:00hs- Oficina de Produção de vídeo com edição em MOVIE MAKER. 25 vagas- (Nesta oficina  se possível trazer notebook).

Confira a programação do 4º CINEST!

Acontecerá na próxima sexta-feira, dia 20, no salão azul do conjunto I do Centro Universitário Franciscano, a exibição do filme O Jovem Karl Marx (Le jeune Karl Marx), dirigido pelo haitiano Raoul Peck, também responsável pelo roteiro junto a Pascal Bonitzer. O filme foi lançado mundialmente em junho último o filme  e narra a juventude de Karl Marx, sua relação com a esposa Jenny, a amizade com Fredrich Engels cuja parceria culminou na liderança de uma dos mais importantes movimentos operários da história.

O diretor Peck, que já foi ministro da Cultura em seu país,  é famoso por sua militância na área através do cinema com diversos filmes, entre eles o premiado Eu não sou seu negro (2016), Abril Sangrento (2005) e Lumumba (2000), entre outros.

Logo apos a exibição do filme haverá um debate com os professores Diorge Alceno Konrad, e Vitor Otávio Fernandes Biasoli.

A entrada será gratuita.

Capa do livro A Cidade Ilhada

Uma das leituras obrigatórias para o vestibular de verão do Centro Universitário Franciscano é a obra literária “A Cidade Ilhada” escrita pelo escritor manauense Milton Hatoum. O livro que reúne 18 contos do consagrado escritor amazonense coloca em evidência a própria Manaus, ou seja, a cidade ilhada. Assim, Hatoum, já reconhecido pelos seus romances,  inovou com seus relatos curtos. A obra foi lançada em 2009, e é leitura obrigatória do vestibular da Unifra desde o concurso de verão de 2017.

As histórias, cada uma com sua especificidade, convergem para reconstruções de Manaus a partir de gatilhos do presente, isto é, um fato desencadeia uma lembrança impregnada de afeto, ou seja, uma recordação que jogará luz ao passado numa narrativa de leveza lírica e, em muitos contos, com um final surpreendente. A Manaus que aparece nos contos de Hatoum, é uma cidade cosmopolita e heterogênea, na qual muitas vozes podem se manifestar.

Dicas sobre a obra de Hatoum

Professor Rodrigo Bentancurt. Arquivo pessoal

O professor Rodrigo Bentancurt deu sua opinião sobre o livro e também dicas para os vestibulandos. Rodrigo é graduado em Letras Português e também em Letras Espanhol, ambas pela UFSM, e é  especialista em Gestão da Educação. Atualmente é professor de Literatura e Artes no Totem Vestibulares. Segundo ele ” (…) o aluno que quiser fruir uma excelente leitura de contos da nossa narrativa contemporânea, devore o livro a partir das nossas dicas e arrebente na prova de literatura do vestibular da Unifra no dia 27 de novembro”.

Dicas do professor:

Alguns personagens se repetem ao longo da obra, como o Tio Ranulfo. Além do mais, muitas vezes o narrador, em primeira pessoa, parece ser o mesmo de outros contos, criando assim uma visão fragmentada e multifacetada da existência humana.

Provavelmente, a questão do vestibular será uma conferência de leitura, isto é, algo relativo ao enredo da obra, assim como ocorreu na prova do Verão de 2017, quando a pergunta era relacionada ao conto O adeus do comandante.

 Espaço: assim como ocorre na quase totalidade da obra do escritor, Manaus é espaço privilegiado em 17 dos 18 contos, seja pela sua ambientação, seja por memórias de personagens que estão fora do país, mas guardam relação com a cidade. O único conto em que não há referências à capital do Amazonas é Bárbara no inverno.

Tempo: na maior parte dos contos o tempo é psicológico. A partir de uma lembrança, os personagens trazem à tona acontecimentos do seu passado, construindo, assim, não só a sua identidade, mas a da cidade também.

Linguagem: a linguagem é a norma culta urbana do português, em estruturas clássicas de contos curtos, com finais inesperados. Hatoum conduz magistralmente o leitor nas teias de seus enredos, fazendo-nos andar pela cidade de suas memórias. A forma dialoga com contos de Machado de Assis, utilizando inclusive a leitura das obras do escritor realista do século XIX como tema de uma de seus contos, chamado Encontros na península, e sugerindo o conto A causa secreta, de Machado de Assis como base.

Questões existências: a reconstrução da memória, geralmente, partindo de uma lembrança, compondo, desta forma, a identidade dos sujeitos vinculados a Manaus.

Ação: nos dezoito contos encontramos os mais diversos enredos: a descoberta da sexualidade, a integração do sujeito com o rio, traições, desejos e vontades, sujeitos exilados, assassinatos para lavar a honra, centrados em uma Manaus cosmopolita, na maioria das vezes, habitada por sujeitos de origens diversas: japoneses, ingleses, indianos, suíços, enfim uma gama de pessoas que, junto com os libaneses e com os índios compõem o mosaico de etnias que é a cidade.

Observe, como dica, o enredo do conto Varandas de Eva: o título do conto é também nome de um prostíbulo ao qual tio Ranulfo leva o narrador e seus amigos ainda adolescentes. O grupo é formado por Minotauro, Gerinélson e Tarso, um rapaz pobre que precisou que lhe dessem roupas para ir ao local, e acaba encantando com suas vestes. À porta do Varandas de Eva, Tarso foge. O narrador tem uma noite de amor, na qual se apaixona pela prostituta, embora não a encontre mais. Com o passar do tempo a turma se separa, e anos depois o narrador encontra Minotauro que lhe conta ter entrado para aeronáutica, que Gerinélson foi para SP onde vai ser ginecologista e já conhecia o Varandas e que Tarso está cada vez mais pobre. Depois de mais um tempo, o narrador avista ao longe, trabalhando com uma canoa, Tarso, que deixa algumas coisas em casa, então o narrador reconhece que a mãe de Tarso é a prostituta com a qual ele esteve no Varandas.

Confira o vídeo produzido pelo LaProa sobre o livro  A Cidade Ilhada.