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Enzo Martins

A última Feira do Livro de Santa Maria contou com a venda de discos de vinil usados. As bolachas que eram famosas nos anos setenta e oitenta, estiveram presentes em bancas na Praça Saldanha Marinho. Além dos vinilófilos, jovens também procuram adquirir esse antigo formato de ouvir música que tem encontrado novo fôlego no mercado fonográfico.

Clientes garimpam discos raros na Feira do Livro. Imagem: Enzo Martins

            Lp´s originais dos anos 80, de artistas como Chico Buarque, João Bosco e Sandra de Sá, estavam disponíveis junto com discos de artistas Pop da atualidade, como Marina Sena e Duda Beat. Essa renovação no mercado e no público pode ser vista no relatório da Pró-Música, associação que representa os produtores fonográficos do Brasil, lançado ano passado. Apesar de a receita de vendas de música no formato físico representarem apenas 0,6% da receita total da indústria fonográfica brasileira, ela atingiu o maior patamar desde 2018 puxada pela venda dos discos de vinil, que foi o formato físico mais comercializado.

            Atualmente, as plataformas de streaming como o Deezer e o Spotify dominam a indústria musical, mas para os compradores de discos, a experiência de ouvir uma música pelo celular ou pelo computador não é a mesma coisa que colocar o vinil no toca discos e olhar a arte da capa de um álbum. Márcio Grings, criador do selo Memorabília, e que reuniu discos seus e de amigos para vender na Feira, diz que não só o material gráfico do disco atrai as pessoas, mas a qualidade do som também é melhor.

            Os donos das bancas percebem uma diferença entre os entusiastas de longa data do formato do vinil e os compradores jovens. Normalmente, os jovens que compram os discos dificilmente têm um tocador em casa e colecionam esses objetos como um ícone pop. Mesmo assim, os vendedores comemoram que a nova geração está voltando ao formato do vinil.

Texto produzido por Enzo Martins na disciplina de Produção da Notícia, sob supervisão da professora Neli Mombelli, durante o segundo semestre de 2024.

Apesar dos bons números do cinema nacional para o primeiro semestre do ano, o público geral é menor do que o ano passado.

Imagem: Freepik

O mercado cinematográfico brasileiro cresceu e parece estar retomando os números pré-pandemia. O Painel de Indicadores da Ancine (Agência Nacional do Cinema) demonstra que, nesse ano, as produções nacionais já levaram cerca de 7 milhões de pessoas ao cinema, gerando uma renda de 132 milhões de reais. Com esses números, 2024 já ultrapassou 2023 que teve um público de 4 milhões de pessoas aproximadamente, o que gerou uma renda de 67 milhões de reais. Em comparação ao ano de 2019 (ano anterior à paralisação), nesta mesma época do ano, os números de renda estão próximos, mesmo o público sendo inferior. 

Apesar disso, os números totais (filmes nacionais somados aos internacionais) não são animadores.  

Números referentes 23° semana cinematográfica de cada ano. Gráfico: Reprodução/Painel Indicadores do Mercado de Exibição/Ancine 

No ano passado, os números gerais do cinema tinham dado um salto em comparação a 2022, mas os filmes nacionais tiveram um dos seus piores anos. Agora a situação parece ter se invertido. Enquanto o público de filmes internacionais teve uma variação de -34,7% de 2023 para 2024, os filmes nacionais tiveram uma variação de 1095,8%. Três filmes brasileiros estão entre os 10 filmes mais vistos de 2024. Os filmes “Os Farofeiros 2”, “Minha Irmã e Eu” e “Nosso Lar 2 – Os Mensageiros”.  

Dos três filmes, dois têm produções da Globo Filmes

Imagens: Paris Filmes/ Downtown Filmes/ Star Distribution/Divulgação 

As produções cinematográficas brasileiras ainda têm poucas salas disponíveis para exibição. Durante o ano de 2024 as produções ocuparam 17,5% de todas as sessões dos cinemas. Apesar de não chegar a um quinto do total de sessões, os números são maiores que os do ano passado. 

Gráfico: Reprodução/Informe Mercado Cinematográfico Ancine

No dia 19 de junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o Decreto n°12.067/2024 que reinstitui a cota de exibição de telas para filmes brasileiros, que havia finalizado em 2021, conforme estabelecido na Lei n° 14.814/2024. Ela estabelece anualmente um número mínimo de exibição e títulos nacionais que devem ser exibidos nos cinemas. Os exibidores que não cumprirem a cota ficam sujeitos a multa. Atualmente, a indústria cinematográfica brasileira conta com leis de incentivo à produção como a Lei do Audiovisual e a Lei Rouanet. 

Produção própria. Dados: Portal Gov e Portal do Incentivo 

Neste ano, o mercado cinematográfico nacional foi responsável por 16,4% da renda total dos cinemas brasileiros. 

Matéria produzida na disciplina de Linguagem das Mídias do curso de Jornalismo, no primeiro semestre de 2024, sob supervisão da professora Glaíse Bohrer Palma.