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Rafael Finger

Pietro Foletto, de São Vicente do Sul, tenta uma vaga para o curso de medicina. Fotos: Denzel Valiente./ LABFEM

O Vestibular de Verão 2019 da Universidade Franciscana foi realizado nesta segunda-feira, 18.  A prova objetiva e a redação foram aplicadas no Conjunto III. Dos cursos ofertados, Medicina é o mais concorrido. Os candidatos que realizaram a prova e a redação para concorrer uma vaga para o curso de Medicina foram liberados às 17h. Os dois primeiros a saírem da prova foram Pietro Foletto e Murilo Sobreira.

Pietro Foletto, candidato que veio da cidade de São Vicente, diz que “a prova estava bem acessível. Não tinha nada de surpresa, tudo o que foi dado pelos professores caiu”, comenta o candidato.

Murilo Sobreira veio de Santiago para o vestibular da UFN.

Já  Murilo Sobreira, que veio de Santiago, explica que o tema da prova estava acessível. “Neste ano, a prova não estava difícil e estava voltada ao tema da depressão. Sendo um tema bastante atual, achei bem mais fácil”, explica o Murilo.

O restante dos alunos que optaram por fazer o vestibular para Medicina deixarão o local após às 17, sendo que os candidatos têm mais 30 minutos para terminar a prova.

 

 

 

 

 

 

Professor Itamar Barcellos, professor de Química.

O Vestibular de Verão 2020 da Universidade Franciscana conta com candidatos que se prepararam em vários cursinhos da cidade. Força, dedicação e muito estudo foram as características que o professor de Química do Curso Doctor, Itamar Barcellos, viu em seus alunos. “Eles precisam administrar o emocional e controlar os seus sistemas nervosos para a realização da prova”, salienta o professor. Além disso, ele acredita que há grande probabilidade de cair cálculos simétricos na prova de química.

Professora de redação, Vanessa Pagnussat. Fotos: Patrício de Freitas/LABFEM

Para a professora de Redação do Curso Riachuelo, Vanessa Pagnussat, a UFN trabalha com temas bem atuais. “Geralmente a prova tem um tema gerador que passa por todas as disciplinas. Temas pontuais não arriscamos muito, para não prejudicar os alunos. Mas imaginamos que possa ter a ver com campanhas da fraternidade, políticas públicas e sobre golpes no Brasil”, explica a professora. Ela ainda explica que o cursinho investe muito na questão estrutural. O título da redação deve estar relacionado com o posicionamento apresentado do texto, partindo da introdução e identificando a estratégia da escrita. É importante também trazer conteúdos de história, geografia e literatura para o texto.

Já o professor de Matemática do Curso Totem-Vestibular, Mateus Beltrame, explica que o vestibular da UFN costuma trazer questões sobre geometria espacial, questões de probabilidade e funções. “Há uma expectativa dos alunos, eles se prepararam e estudaram muito para esse dia”, comenta o professor.  As provas do Vestibular de Verão 2020 estão sendo realizada no Conjunto III da UFN.

Imagem de Pramit Marattha/Pixabay

A preocupação com o envelhecimento da população está ganhando importância nos países em desenvolvimento. No Brasil, o crescimento da população idosa é relevante, com aproximadamente 20 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2025, esse índice poderá chegar a 32 milhões, quando o país passará a ocupar o 6º lugar no mundo em número de idosos. E, em 2050, estima-se que o número de idosos será maior ou igual ao de crianças e jovens de 0 a 15 anos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira aumentou nos primeiros 40 anos do Século XX,  alcançando, nas décadas de 1950 e 1960, uma taxa de crescimento em torno de 3%. Até o final dos anos 1970, a estrutura etária da população brasileira era, sobretudo, jovem. A partir do ano 2000, constatou-se a diminuição do número de nascimentos e a redução número de crianças e adolescentes. A população começara a envelhecer.

A vida do idoso em Santa Maria

Segundo dados do IBGE 2010, a população idosa do município de Santa Maria corresponde a 13,8% da população. Isso mostra que a cidade está passando por uma grande mudança de faixa etária, com o crescimento relevante da população idosa.

Ainda de acordo com o IBGE, a cada ano aumenta o número de pessoas com mais de 60 anos de idade e uma das características da faixa etária de envelhecimento é o crescimento do sexo feminino na população idosa da cidade.

Confira na tabela abaixo a distribuição de homens e mulheres idosos por idade em Santa Maria.

Fonte: IBGE

E, devido ao crescimento da população idosa, a Câmara Municipal aprovou a Lei Orgânica que está destinada a proporcionar suporte financeiro na implantação, manutenção e desenvolvimento de programas e ações dirigidas aos idosos. Estão entre ela os seguintes direitos:

  • Obrigatoriedade da reserva de 5% das vagas dos estacionamentos privados no Município de Santa Maria para idosos.

Essa lei ela favorece o idoso, e  os condutores ficam isentos do pagamento do estacionamento em ruas regulamentadas por meio do sistema de parquímetro. Para os efeitos desta lei, a pessoa deve ter idade igual ou superior a 60 anos, deve estar como condutor ou passageiro do veículo e deve apresentar a Carteira de Identidade ou outro documento expedido por órgão público, com foto.

A senhora Suzete Maria Sangoi, de  68 anos que utiliza o carro como transporte para passeio, acredita que a lei ela funciona, só que  na cidade não existem muitas vagas para realizar  o estacionamento e, com isso, a utilização da lei só faz sentido quando se consegue colocar o carro próximo de onde se pretende ir. “ A lei ela funciona sim, o parquímetro não é cobrado. O problema é que as pessoas não tem educação e acabam utilizando a vaga para os idosos, e isso acaba nos prejudicando. A prefeitura e os órgãos responsáveis deveriam cuidar mais sobre esses atos”, comentou Suzete.

  • Os pacientes idosos podem agendar por telefone as suas consultas nas unidades de saúde.

Segundo a lei, o agendamento somente será possível nas unidades de saúde onde o paciente já estiver cadastrado e, para receber o atendimento, o paciente deve apresentar a sua carteira de identidade na ocasião da consulta. Em caso de internação ou em observação, os hospitais da rede privada são obrigados a informar aos idosos sobre o direito de manterem acompanhante.

De acordo com a Prefeitura Municipal de Santa Maria, o atendimento relativo à saúde da população idosa ocorre na Rede de Atenção à Saúde (RAS) nos três níveis de atenção. Os três níveis de atenção classificam como: nível primário,  secundário e terciário. é classificado como nível primário as Unidades Básicas de Saúde e os Postos de Saúde. O secundário estão as Clínicas e Unidades de Pronto Atendimento. O terceiro e último nível estão os Hospitais de grande porte. E, conforme Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) a população, inclusive os idosos, estão em território adstrito atendidos por uma estratégia de saúde da família (ESF), que no município possui cobertura de 28% da população e atendido por Unidade Básica de Saúde (UBS) 20%.

O município também conta com Rede de Urgência e Emergência com Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Pronto Atendimento (PA), Hospital Casa de Saúde. Além de serviços ambulatoriais como Policlínicas, Centro de Especialidades Odontológicas, Centro de Diagnóstico Rosário e Casa Treze de Maio, entre outros serviços decorrentes de parcerias com instituições de ensino. E, além disso, o estabelecimento de mecanismos que favorece a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais. Nesse sentido, está em fase de elaboração um material educativo sobre envelhecimento para ser distribuído nos próximos meses, tendo como foco os idosos do município.Também é ofertada Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa para os idosos residentes em território adstrito das Estratégias de Saúde da Família.

No entanto, na saúde, a lei não parece ser um conto de fadas como está escrito nos parágrafos. A senhora Maria de França Almeida, 61 anos, reclamou da falta de atenção que o idoso recebe no atendimento médico nos postos de saúde de Santa Maria, principalmente, no bairro onde mora. Ela relatou que os médicos não buscam um atendimento adequado e as recepções não trazem segurança e conforto nos atendimentos para as pessoas de maior idade.  “ No postinho do meu bairro (Itararé) os médicos não atendem como antigamente. Hoje eles só nos “passam receita”, não dão a devida atenção ao paciente”, afirmou Maria.

  • Transporte coletivo gratuito para pessoas com idade igual ou superior a 65 anos nos limites do Município de Santa Maria.

No primeiro ano desta lei, em 2012, foram disponibilizados quatro passagens interdistritais ao mês; no segundo ano (2013), foram disponibilizados oito passagens e, em 2014, o transporte coletivo interdistrital foi liberado gratuitamente para os idosos cadastrados ao sistema municipal de transporte coletivo.

  • Para os idosos o pagamento de meia-entrada referente ao valor efetivamente cobrado para ingresso em casas de diversão, de espetáculos teatrais, musicais circenses, em casas de exibição cinematográfica, estádios e similares na área do esporte, cultura e lazer do Município de Santa Maria.

Tais direitos são abordados na Atenção Básica, através das Conferências Municipais da Pessoa Idosa e através de realização de eventos voltados para a população, como por exemplo o Dia Mundial e Municipal do Idoso que aconteceu em 1º de outubro de 2019.

Fonte: DPPI

Crime contra o idoso

Apesar da existência de leis favoráveis que garantam a proteção para a população idosa, as  dificuldades em assegurar os seus direitos persistem. Diante deste cenário de violência, os idosos sofrem maus tratos sendo o principal agressor, muitas vezes, um membro familiar e, não raro, indivíduos que dependem deles financeiramente ou aqueles que são remunerados para prestarem serviços assistenciais.

Segundo o comissário de polícia José Henrique Hartmann, o combate aos maus tratos ou para outros crimes é feito pela Polícia Civil através da instauração do inquérito policial específico que apura o crime. Conforme o comissário, outro crime que vem crescendo é o estelionato caracterizado pelo abuso da confiança do idoso, principalmente por pessoas próximas, como os próprios filhos. Segundo ele, tais pessoas acabam explorando a ingenuidade do idoso, induzindo-o a acreditar que o ente querido jamais agirá de má intenção. Em geral, a prática desses crimes acaba sendo através de transferência de aposentadorias, realização de empréstimos e a realizações de compras sem o consentimento ou de uma forma enganosa com o idoso.

Portanto, em um país como o Brasil onde ser idoso é frequentemente perigoso, os dados mostram que a sociedade não está apta para lidar com o crescimento e as demandas da população idosa, mesmo existindo leis que asseguram a prevenção da violência.

A proteção ao idoso

A proteção à vida e à saúde do idoso está previsto em lei.  Tais direitos estão determinados na legislação do Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, e entrou em vigor somente no ano seguinte, no dia 1º de janeiro de 2004.  A partir disso, o estatuto do idoso garante os direitos para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, abordando questões familiares, de saúde, de discriminação e violência contra o idoso.

A legislação prevê o dever da família, da comunidade, da sociedade e do poder público em assegurar tais direitos ao idoso. Dessa maneira, torna-se uma prioridade social, conforme o art. 3º da Lei 10.741/2003, a efetivação do: direito à vida, direito à saúde, direito à alimentação, direito à educação, direito à cultura, direito ao esporte, direito ao lazer, direito ao trabalho, direito à cidadania, direito à liberdade, direito à dignidade, direito ao respeito, direito à convivência familiar e comunitária, direito à transporte e direito à habitação.  Estão entre outros,  os seguintes direitos:

  1.  o atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população;
  2. a preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas;
  3. a destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso;
  4. a viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações;
  5. a priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência;
  6. a capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos.
  7. o estabelecimento de mecanismos que favorece a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento.
  8. a garantia de acesso à rede de serviços de saúde, como o SUS, por exemplo e de assistência social locais.
  9. a prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda.

Lazer na terceira idade contribui para melhorar a rotina dos idosos

Presidente da Associação Cabelos de Prata Plínio Urbanetto. Foto: Giulimar Machado

Localizado embaixo do viaduto da rua Silva Jardim que suporta as movimentações e os barulhos de carros e motos, a Associação Recreativa Cabelos de Prata tem a sua sede instalada. O nome “Cabelos de Prata” ganha mais sentido quando se descobre que essa associação recebe homens e mulheres com os tradicionais cabelos brancos, em busca de amizade, diversão e de uma nova forma de viver, num momento da existência em que as pessoas começam a enxergar o idoso como uma pessoa de movimentos lentos.

Logo na entrada da Associação, uma grande surpresa: a primeira imagem que chama a atenção é uma máquina de escrever. Logo ela, nos dias de hoje. Sim, Plínio Urbanetto, presidente dos Cabelos de Prata,  utiliza a máquina que foi criada em 1843 para realização dos cadastros dos associados e para a utilização da carteirinha que  assegura ao idoso ganhar 40% de desconto para passagens de ônibus para viagem.

Além disso, a Associação proporciona um motivo a mais para se divertir – em todos os domingos é realizado baile da terceira idade. Nesse evento, os integrantes da Associação se reúnem para realizar a festa que começa à tarde e termina antes de anoitecer. A cada ano é escolhida a rainha do baile e esse privilégio dá a ela a um lugar no hall da fama da Associação, com uma bela fotografia pendurada na parede.

Com muitas histórias, a sede consegue reunir diversas pessoas que querem fazer algo diferente, como atividades de canto, dança, teatro e muito outras ações que fazem o corpo ganhar um novo ânimo, uma nova forma de viver sem aborrecimento e preocupações.

Nesse pensamento de ter uma vida diferente e com muito mais glamour está ” a mulher mais doce da sede”, como é apresentada a senhora Diotildes da Rosa Alves, com seus incríveis 91 anos de muita história.

Dona Diotildes, ou  “senhora Doçura”, como os amigos da Associação a chamam, vive uma rotina de muita alegria e paz quando se reúne com os pares para conversar, realizar atividades e fazer a tradicional oficina de tricô. Com as mãos atentas e com bastante agilidade, o movimentar das agulhas e das linhas vão ganhando forma. Mas a autonomia dela vai além. Para chegar até a Associação,  Dona Diotildes percorre, sozinha, um trajeto bem longo, que pode durar até uma hora, a depender do trânsito. Não importa se faz sol, chuva ou frio. Todas as terças feiras, ela sai da sua residência localizada na Tancredo Neves, pega um ônibus até o centro e, com passos lentos mas atentos, vai caminhando até a Associação Cabelos de Prata.

Os 91 anos não parecem fazer muito diferença para ela. Caminhar em uma cidade que apresenta muitos obstáculos, pessoas com pressa para fazer suas atividades diárias não incomodam Dona Diotildes que, sempre a passos lentos e atentos, realiza o que mais gosta: encontrar os amigos, bater aquele papo e, principalmente, mostrar para o mundo que ainda vive.  Como de costume, o telefone sempre toca para saber onde ela está, se está bem e o que anda fazendo. São os cuidados  que a filha tem com ela e, em nenhum momento, deixa a mãe “sozinha”, sem saber aonde ela anda e, principalmente, com quem anda. “Ás vezes até reclamo. Ela não me deixa quieta, quer saber sempre aonde vou, com quem estou. Esses dias ela me ligou, e eu falei que não ia atender mais porque estava namorando”, comentou com um sorrisão no rosto.

Uma associação pró-ativa

A Associação Assistencial Recreativa Cabelos de Prata tem o objetivo de tirar o idoso de dentro de casa por meio de atividades que estimulem a sua participação na sociedade e na convivência com novas pessoas. A diretoria desenvolve ações com a intenção de ocupar a mente e fazer com que o cérebro não fique cansado. Para tanto, realizam reuniões, atividades físicas, artesanato, almoços e os tradicionais bailes da terceira idade.

O presidente da Associação Plínio Urbanetto comentou que o grupo recebe ajuda gratuita duas vezes na semana de um advogado para retirada de dúvidas e questões sobre aposentadorias dos idosos cadastrados na entidade. Além disso, o grupo proporciona, nas quartas-feiras, atividades de artesanato e, principalmente, o tradicional baile da terceira idade que é realizado nos domingos.

Dia de festa Junina na Associação Cabelos de Prata. Foto: Arquivo Associação

O idoso que faz parte da Associação Cabelos de Prata pode adquirir a “Carteira de Viagem para Aposentados”,  documento que garante ao aposentado desconto de 40% para compra de passagem. Para poder adquirir o documento o idoso precisa ter idade igual ou superior a 65 anos, ter renda de até 3 salários mínimos, além dos documentos tradicionais como identidade e CPF.

“A associação é um lugar para o idoso realizar atividade, poder fazer amizades, se movimentar e, principalmente, poder ocupar a mente com coisas boas”, comentou o presidente Plínio.

A Associação Recreativa Cabelos de Prata não recebe nenhum recurso financeiro da Prefeitura de Santa Maria. O município só cede o espaço, mas os recursos financeiros e atividades são financiadas pelos próprios associados para as manutenções que precisam ser realizadas na sede.

O idoso que tem interesse em participar das atividades cedidas pela Associação pode comparecer na Rua Silva Jardim, 2307, no período da tarde nas terças, quartas e quintas feiras, no horário das 14 horas às 16 horas.

Loja especializada

 Uma das reclamações entre as senhoras de mais idade é a dificuldade em encontrar roupas adequadas à sua faixa etária como, por exemplo, peças íntimas.  Além de não encontrarem modelos do seu agrado, também tem dificuldades de encontrar preços acessíveis. Uma das opções são lojas populares, onde existe pouca variedade e qualidade. 

Gerente da loja, Mara Machado. Foto: Juliana Faria

Em Santa Maria há poucas lojas especializadas em atender um público diferenciado como o idoso ou, ainda, aquele que usa um tamanho superior a 50.  Entre elas está a Sibrama, tradicional loja especializada em roupas para senhores e senhoras. Com 63 anos de atuação no ramo, a loja oferece uma variedade de peças, mas se volta para um público de maior poder aquisitivo. A gerente Mara Machado diz que “o estabelecimento vende desde cuecão, anágua, combinação, calças de cintura alta, pijamas. Nosso perfil de clientes são senhoras aposentadas acima de 50 até 100 anos. Tenho clientes de 101 e 102 anos que ainda vem aqui”, afirma.

Segundo ela, “a maior parte delas vem sozinhas, de táxi ou de ônibus. Às vezes os filhos as deixam aqui. O poder aquisitivo é classe média alta, mas a loja costuma fazer duas liquidações fortes por ano, uma no inverno, outra no verão. No aniversário da loja recebemos todos com chá, café e bolo o dia todo”, diz.

 Diz ainda que fora as datas de dia das mães, dia da mulher também comemorado, a loja ainda mantém o tradicional crediário por conta dessas clientes, cujos celulares são só para ligações e  mexer em aplicativos é algo impensável. “Além disso, a loja investe em novas clientes, quarentonas, que já tem o aplicativo. Então, a gente mantém essas clientes e atende aquelas novas que têm grupos de amigos que viajam para o Europa. Elas vêm comprar maiôs, roupas para ir às termas e curtir as águas. Já fizemos muitos desfiles com elas, desfilando inclusive”, conta a gerente.

A loja possui uma vendedora de 76 anos, ainda na ativa, Vilma Rossi. “Ela manda aqui na loja e é uma figura que não podemos ficar sem. Ela conhece toda a história da loja e sabe o gosto das clientes. A nossa clientela da terceira idade só cresce nos dias de hoje”, explica Mara.

A alternativa para quem não tem acesso às lojas especializadas é recorrer às tradicionais costureiras. Muitas senhoras ainda recorrem à elas para os modelos preferenciais, ou ainda, fazem as próprias roupas marcando o seu estilo. A vestimenta tem a ver com a identidade. Não importa a idade. Cada um se manifesta em sua singularidade.

Por Giulimar Lourenço Machado, Rafael Finger e Juliana Farias. Matéria produzida na disciplina de Jornalismo Humanitário.

 

 

Parte da aprendizagem dos alunos do curso de Jornalismo da UFN está na prática. Ao longo do curso eles passam por vários laboratórios e, no vestibular, aproveitam a oportunidade de fazer uma cobertura em tempo real.

Francis é monitor do Multijor. Foto: Beatriz Bessow LABFEM

O acadêmico do curso de Jornalismo, Francis Barrozo, está atuando no Laboratório de Jornalismo Multimídia Multijor, que tem como principal função neste vestibular produzir notícias para mídias sociais como o Instagram e o Facebook. “Além disso, estamos compartilhando as produções dos outros laboratórios do curso”, ressalta Barrozo. Sobre a experiência o acadêmico conta que: “Estou em um processo de aprendizagem e é uma área muito promissora. Tem que gostar bastante de trabalhar com mídias porque é uma área dinâmica, você tem que estar sempre atualizado”.

Giulimar está na cobertura jornalística do vestibular pela terceira vez.  Foto: Beatriz Bessow LABFEM

O estagiário da Assessoria de Comunicação da UFN, Giulimar Machado, ressalta que é um grande passo trabalhar na cobertura do vestibular: “A experiência é importante pois estamos trabalhando em tempo real, com pessoas e com professores  que orientam neste caminho de aprendizagem”.

A acadêmica Thayane Rodrigues explica que faz parte da cobertura do vestibular  promover as atividades e elaborar notícias para dar visibilidade ao que acontece na UFN neste dia. Além disso, a acadêmica conta que faz a cobertura para o vestibular desde 2016, ano em que começou na Agência Central Sul com fotos e textos. Já Joedison Dornelles está participando da Rádio Web UFN e diz que está sendo uma experiência muita desafiadora.

Professores, acadêmicos e técnicos participam da cobertura do vestibular. Foto: Patrício de Freitas LABFEM

Para o professor do curso de Jornalismo da UFN, Carlos Alberto Badke, os acadêmicos estão tendo a experiência da prática jornalística real. “Todo trabalho que está sendo feito sai do âmbito acadêmico. E, mesmo assim, os alunos têm a possibilidade de errar porque os professores estão em volta para orientá-los. Dificilmente vão chegar em um veículo e ter esta possibilidade de alguém ao lado para corrigir”.

O Processo Seletivo de Inverno 2019 da Universidade Franciscana conta com muitos vestibulandos que vêm de outras cidades. Força, dedicação e muito estudo, foram essas características que Luciane Rolim viu crescer em suas filhas, Ketlin Tironi e Natália Tironi. Segundo Luciane, a sua filha mais velha, Natália, teve uma caminhada bem curta: no ano de cursinho ela se dedicou e estudou muito e passou em Medicina. Hoje, Ketlin está fazendo a prova objetiva do vestibular da UFN para treinar. “É um momento de dedicação e empenho deles, e nós, os pais, também ficamos envolvidos como eles em todo o processo”, afirma ela.

Luciane veio acompanhar a filha. Foto: Lucas Linck LabFEM

João Berton, natural da cidade de Ciriaco, explica que a sua filha, Gabriele Berton, está neste momento fazendo a prova do vestibular para concorrer a uma vaga para o curso de Medicina. “Desde pequena ela tinha a intenção de fazer o curso. Já faz um ano e meio que estamos lutando no vestibular de Passo Fundo e agora estamos fazendo em Santa Maria.

Já Adilson Berret, de Cruz Alta, veio acompanhar seu filho, Ruan Michel Berret, que está cursando o terceiro ano do Ensino Médio e quer ter a experiência de fazer a prova.

Visita ao Museu Histórico das Irmãs Franciscanas. Fotos: Paula Siqueira/ LABFEM

No dia 26 de novembro, um grupo de pais de candidatos do Processo Seletivo de Verão 2019 visitaram a exposição do Museu Histórico e Cultural das Irmãs franciscanas. O museu abarca e apresenta ao público, o cotidiano das religiosas franciscanas.

Galerias das Ministras Gerais e Provinciais

Fundado em 16 de novembro de 2007, o Museu Histórico e Cultural das Irmãs Franciscanas tem o objetivo de manter e divulgar o acervo de valores históricos, artísticos e da natureza cultural da Congregação das Irmãs Franciscana. Com isso, o Museu conta a história das seis irmãs lideradas pela a Madre Ana Moeller que saíram de Kapellen, na Alemanha, no mês de março de 187. Com destino à cidade de São Leopoldo, RS, as irmãs chegaram no dia dois de abril. Recebidas com alegrias pela população, a missão das irmãs era propagar a vida franciscana nas terras brasileiras.

Para administradora, Kenede Ramires, mãe de uma participante do processo seletivo que aproveitou e conheceu o Museu Histórico e Cultura das Irmãs Franciscana, diz que: “Achei maravilhoso. Todos que puderem a participar e tiverem a oportunidade de conhecer o museu, não só pela a parte da religiosidade, mas pela curiosidade”, explica a administradora. Para ela, todos os que tiverem  a oportunidade de conhecer o museu, devem fazê-lo.

O grupo foi levado pelas equipes da UFN.

 

 

 

 

Irmã Irani Rupolo, reitora da UFN. Foto: Mariana Olhaberriet

Em entrevista coletiva agora à tarde, a reitora da Universidade Franciscana, Irani Rupolo, explica a ampliação dos acessos ao ensino superior adotadas pela instituição. “Nós modificamos algumas formas de acesso, pois a realidade muda e não podemos ficar distantes dessas mudanças, explica a reitora. Segundo ela, o acesso do vestibular é ainda uma forma institucional de seleção, porém, modificado com menos questões. “Por ser de concurso, o vestibular tem que ser classificação. Então, é importante que siga a esses critérios de forma bem organizada”, esclarece a reitora.

Neste momento, a UFN está atendendo em três modalidades: o vestibular na sua forma tradicional, os cursos que tem menor concorrência, onde os participantes estão realizando a redação no conjunto I, e a última modalidade de entrada que é a pela redação do ENEM. Em vista disso, a Universidade Franciscana também reorganizou as correções da prova e alterou a data de divulgação dos resultados. O listão dos aprovados será divulgado na sexta-feira próxima, dia 30, a partir das 17h, no hall do prédio 15, no conjunto III.  Já a divulgação do gabarito das provas será hoje, às 18:30  no site da UFN, e o ponto de corte no dia 28, quara-feira, também no site.

Confira a íntegra da coletiva com a reitora na matéria realizada pelo Laproa.

[youtube_sc url=”https://youtu.be/SNDIDXQkRf4″ title=”Reitora%20Irmã%20Irani%20Rupolo”]

O Processo Seletivo de Verão 2019 da Universidade Franciscana é realizado nesta segunda-feira, 26.  A prova objetiva e a redação estão sendo aplicadas nos Conjuntos I e III. Dos cursos ofertados, Medicina é o mais concorrido, com 1765 inscritos que disputam 40 vagas.

Victória Weber  Fotos:  Lucas Linck

 

A estudante, Victoria Weber, de Passo Fundo, RS, está entre os candidatos  para o curso de Medicina. A escolha pela Universidade foi pela qualidade de ensino que a Instituição possui.

 

 

Jordana Rose

 

Já a candidata de Medicina, Jordana Rose, de Tapera, RS, viajou até Santa Maria para realizar o processo seletivo da Universidade Franciscana.

 

 

 

Daniel Martins

De Santo Ângelo, RS, José Daniel Martins, recebeu indicações dos amigos para realizar a prova do processo seletivo na UFN. O participante está confiante e acredita em uma vaga para o curso de Medicina.

 

Amanda Renites

 

 

As amigas, Amanda Renites e Marina da Silva Weber, de Alecrim, RS, entraram juntas para realizar a prova. Elas concorrem a uma vaga para os cursos de Medicina e Odontologia, respectivamente.

 

 

 

 

Professor do curso de Jogos Digitais  Cassio Lemos. Foto: João Pedro Foletto

Começou, nesta sexta-feira, 09, o 8ª Game Jam Santa Maria, na UFN. A meta dos participantes era desenvolver jogos em um curto período de tempo. Promover a interação entre alunos, professores e participantes do Curso de Jogos Digitais da Universidade Franciscana foi o objetivo do encontro que acontece até o dia 11, no campus I.

A maratona de jogos tem como finalidade desenvolver e criar jogos digitais e analógicos com 48 horas de duração. Para isso, os participantes da Game Jam  devem montar equipes (de três a seis integrantes), para troca de conhecimentos ,habilidades e  a entrega do trabalho concluído no prazo.

Para participar do evento os interessados devem seguir algumas regras: Doar 1 Kg de alimento não perecível para serem doados para uma instituição de caridade, preservar a limpeza do ambiente e o jogo deve relacionar-se com o tema, explicou o professor do curso  de Jogos Digitais da Universidade Franciscana, Cassio Lemos.

Ele ainda ressalta que os acadêmicos e os profissionais das diversas áreas relacionadas ao desenvolvimento de jogos, como game designers e programadores, podem participar da Game Jam Santa Maria. “Qualquer participante é prestativo para ajudar no desenvolvimento do jogo. Os participantes podem ser programadores e designers. O importante é auxiliar na criação do jogo e não necessariamente na sua programação”, comenta Cassio.

Para finalizar as regras gerais do evento, Cassio explica que a competição ajudará a transformar a Game Jam em um local de autoconfiança, de decisões tomadas e trabalho em equipe dos participantes.

Foto: João Pedro Foletto

Documentário discute o uso de drogas durante a gestação. Foto: Thaís Trindade

 

O documentário “Esperança, a mãe das ações” que aborda o uso de drogas lícitas e ilícitas na gestação  foi lançado nesta quarta-feira, 31, no Salão de Atos do Prédio 13, no Conjunto III da UFN. O documentário é iniciativa da farmacêutica Bianca Vendruscolo Bianchini junto aos cursos de Publicidade e Propaganda, foi desenvolvido no Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil.

Durante a apresentação do documentário estiveram presentes a pediatra Martinez de Oliveira, a psicóloga Natalia Ruviaro, o enfermeiro Jeferson Ventura, a enfermeira Amanda Marchinski e a psicanalista Fátima Militz que debateram sobre o uso de drogas durante a gestação.

Bianca iniciou a conversa com uma pergunta: “qual a importância do pré-natal?”. Para a pediatra, Martinez de Oliveira, o pré-natal funciona como uma medida eficaz para prevenir e identificar problemas de saúde ou complicações que coloquem a vida da mãe ou do bebê em risco. “O pré-natal é o acompanhamento médico que toda gestante deve ter, a fim de manter a integridade das condições de saúde da mãe e do bebê. Ao preparar a mãe para a gestação, são realizados exames para identificar e tratar de doenças que podem trazer prejuízos à saúde da mãe e da criança”, afirma a pediatra.

Em relação ao uso das drogas durante a gestação, o enfermeiro, Jeferson Ventura, destacou que é prejudicial para a saúde de quem as usa e para a formação do feto. “No pré-natal é aconselhado que os profissionais da áreas da saúde identifiquem que tipo de droga que a gestante  usou, seja álcool ou tabaco, para que possa ser tratada e ver os tipos de efeitos causados durante a gestação”, conclui o enfermeiro.

Segundo a enfermeira, Amanda Marchinski, no decorrer do tratamento, é fundamental o acolhimento das pacientes com históricos de drogas durante a gestação. “Com o acolhimento desde a chegada da gestante na unidade de saúde, ela expressará o que motivou a usar a droga”, explica a enfermeira. Ela também ressalta que é cada vez mais frequente e importante a participação do companheiro ou parente no pré-natal.

Também, ao longo do pré-natal, a psicóloga, Natalia Ruviaro, explica que a finalidade do trabalho de um psicólogo é auxiliar em forma de uma entrevista para que busque um vínculo para compreender o contexto da mulher do uso da droga.  Para finalizar, ela afirma que a entrada das mulheres para mundo das drogas é devido a influência dos companheiros ou na fase da adolescência.