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Sarah Rodrigues Vianna

Ei, você aí, preste atenção no que eu vou lhe dizer agora,
confie em mim, você não irá se arrepender.
Eu lhe entendo, sei que a dor que você está sentindo é massacrante,
sei que os dias parecem estar cada vez mais longos,
sei que sua mente é confusa e transtornada.
Sei que o mundo tem se mostrado injusto e cruel,
sei que você acha que ninguém se importa com
você, sei que todos os dias você chora antes de dormir e torce para que ninguém escute.
Acredite, eu sei que tem sido difícil levantar da cama e continuar lutando,
sei que os problemas parecem só aumentar,
sei que há algum tempo que você tenta parecer mais feliz do
que é, sei que você acha que a dor será eterna e sei que você pensa em desistir.
Sei que você se auto critica muito, que você se esforça ao máximo para ser o
“suficiente” para as outras pessoas, mas sempre parece que mesmo o seu máximo nunca é o bastante.
Sei que você se machuca com pensamentos duros sobre si mesmo, e sei também que você se gosta de se destruir aos poucos.
Sei que você acredita ser uma bomba relógio, que vai explodir a qualquer momento, e quer salvar o maior número de pessoas possíveis,
mas acredite em mim, isso tudo é bobagem,
você não é uma bomba relógio, nem um vulcão, nem um furacão,
nem nada destrutivo.
Sei que você se acha feio e acha que ninguém seria capaz de se interessar por você, mas confia em mim, em algum lugar,
existe alguém tão especial quanto você, só esperando
o momento certo pra te encontrar.
Mas olha só, olha pra mim, eu sobrevivi a tudo isso
e você é tão forte quanto eu.
Pode parecer clichê, mas tudo passa e essa é a verdade.
Vai demorar um tempo ainda, você
vai sofrer mais um pouco, vai chorar, vai querer sumir,
mas você não vai desistir, pois no
fundo ainda acredita que pode e vai ser feliz um dia.
O tempo vai passar, a dor vai passar, e ao se olhar no espelho, enxergará apenas as marcas do que passou,
do que um dia roubou seu sorriso.

Sarah Vianna

O estudo sobre quem são os proprietários da mídia no Brasil  e denominado Monitoramento da Propriedade da Mídia no Brasil foi publicada pelo Intervozes e pela Repórteres Sem Fronteiras. A pesquisa revela que muitos dos veículos de maior audiência no país são também parte de grupos econômicos. Realizada em 2017 e publicada como série no Le Monde Diplomatique Brasil, o objetivo do MOM-Brasil é deixar visível quem controla a mídia brasileira. Foram analisados 50 veículos de maior audiência da comunicação brasileira, investigando os grupos e pessoas por trás desses meios.

O Media Ownership Monitor (MOM) é um projeto global que, através de uma metodologia padronizada, desenvolveu uma ferramenta de mapeamento que gera um banco de dados disponível publicamente, com informações sobre os proprietários dos maiores veículos e os grupos de mídia detentores desses meios, além de suas relações políticas e interesses econômicos. A informação é publicada em um site, em inglês e na língua local, e constantemente atualizada. O projeto também fornece uma contextualização de cada país, assim como uma análise de seu mercado de mídia e do marco regulatório do setor.

No Brasil, os pesquisadores são Olívia Bandeira, jornalista, doutora em Antropologia e integrante do Intervozes, e André Pasti, mestre em Geografia, professor do Cotuca/Unicamp, também integrante do Conselho Diretor do Intervozes e coordenador da pesquisa MOM-Brasil.

Como dito antes, foram 50 veículos pesquisados que, ao longo do estudo,  verificou-se serem controlados por 26 grupos e empresas. Desses 26 grupos, 21 deles, ou seus principais acionistas, possuem atividades em outros setores econômicos, como educacional, financeiro, imobiliário, agropecuário, energético, de transportes, infraestrutura e saúde.

No primeiro artigo analisado, foi colocado como o exemplo a disputa entre o empresário da mídia Silvio Santos e o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa, foi observado com isso que são dois modos distintos de ver as cidades: seus terrenos devem estar disponíveis a interesses privados, dando ênfase a seu valor de troca, ou o planejamento urbano deve levar em consideração o valor de uso.

Os pesquisadores relataram que as relações entre os grandes grupos de mídia brasileiros e o agronegócio são antigas, como conta a história do Grupo Folha. Essa ligação pode ser observada hoje em outros grupos, como Globo, Objetivo, RBS, Bandeirantes e Conglomerado Alfa. Como exemplo dessa questão agrícola, estão os membros da família Marinho, que são donos de diversas fazendas e empresas de produção agrícola, algo que ajuda a compreender as motivações dos bilionários donos do Grupo Globo quando sua rede de TV lança a campanha “Agro é Pop, Agro é Tech, Agro é Tudo” – informes publicitários que buscam criar uma imagem positiva do agronegócio.

Se pensarmos na questão religiosa, na mídia religiosa, hoje ela não é composta apenas por veículos de nicho. Os conteúdos religiosos circulam cada vez mais nos grandes meios de comunicação, seja naqueles que se definem como religiosos, seja nos veículos de interesse geral. Esses conteúdos muitas vezes são explícitos, outras, nem tanto, é preciso atenção.

Entre os cinquenta veículos de maior audiência no país, considerando os meios impressos, online, rádio e TV, nove deles são de propriedade de lideranças religiosas, todas cristãs, dominantes no Brasil. Entre as onze redes de TV de maior audiência, três são de propriedade de lideranças evangélicas (Record TV, Record News e Gospel TV) e uma de liderança católica (Rede Vida). Entre as doze redes de rádio, duas são evangélicas (Aleluia e Novo Tempo) e uma católica (Rede Católica de Rádio). Isso é chocante, mas para mim, não é surpreendente.

Já entre os dez sites de maior audiência e os dezessete veículos impressos pagos de maior tiragem, aparecem dois de propriedade de lideranças religiosas: o portal R7 e o jornal diário Correio do Povo, ambos do bispo evangélico Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd).

Em um dos artigos, li o seguinte: “Ao assumir a presidência da Câmara dos Deputados, em 2015, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-membro da igreja Sara Nossa Terra e atual integrante da Assembleia de Deus Ministério Madureira, afirmou que “aborto e regulação da mídia só serão votados passando por cima do meu cadáver”.

A frase diz muito sobre a forma como igrejas cristãs têm atuado no Brasil nas últimas décadas”, esse argumento é a mais pura realidade, as igrejas cristãs, desde sempre manipulam as ideias da sociedade, e hoje em dia, isso não é diferente.

A continuação daquele argumento é de que as lideranças evangélicas e católicas atuam na esfera pública em defesa de valores considerados por elas como cristãos, sob a justificativa de que estariam agindo “em nome de Deus” e do direito de terem seus interesses representados, em uma visão de democracia que a define mais como um governo da maioria do que como um governo de todos.

A programação dessa mídia religiosa é voltada para a defesa de valores considerados como cristãos, e coincidem com grande parte da atuação de igrejas evangélicas e católicas no sistema político brasileiro. A defesa de questões morais, da chamada “família tradicional”, a condenação da homossexualidade e do aborto são algumas pautas que reúnem grande número de evangélicos e católicos de diferentes correntes doutrinárias em sua atuação no Congresso Nacional.

O mais importante de observar nesses artigos é que nada é feito na ingenuidade, na inocência. Tudo que vemos e lemos na mídia tem um grande controle por trás. É um negócio, é movido por interesses financeiros, empresariais, políticos e religiosos. Temos que desconfiar de tudo aquilo que a grande mídia nos impõe diariamente. Como futuros jornalistas e leitores temos que buscar novas fontes, nova informações, diferentes pontos de vista.

Sarah Vianna,acadêmica do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana.

A partir desse semestre, alunas do Curso de Medicina do Centro Universitário Franciscano, colocarão em prática o projeto Acadêmicos do Riso. O projeto possui como objetivo levar alegria, sorrisos, amor e diversão à pacientes internados no Hospital São Franciscano de Assis, Casa de Saúde, e também levar conforto aos idosos do Asilo Vila Itagiba e crianças do Centro de Apoio a Criança com Câncer.

Segundo as alunas Jefani Souza e Mariana Uriarte, a ideia do projeto surgiu em uma reunião da liga acadêmica de medicina. O assunto veio à tona entre quatro estudantes que começaram a conversar e ver que era um sonho em comum. A partir disso, montaram o projeto e resolveram atuar em prol de pessoas carentes, institucionalizadas e hospitalizadas. “Eu adorei a ideia e abraçamos ela juntas, agora tá aí o resultado começando a sair”, acrescentou Jefani.

A proposta é reunir alunos dos cursos de graduação do Centro Universitário Franciscano, os quais se vestirão de palhaço para realizar atividades lúdicas, promovendo assim o amor e carinho por meio de expressões culturais como música, dança e teatro.

Como requisitos, é preciso que o aluno seja dos cursos de Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Jornalismo, Medicina, Psicologia, Publicidade e Propaganda, Nutrição, Odontologia ou Terapia ocupacional.

No início do projeto, as acadêmicas haviam pensado em selecionar 23 voluntários, mais cinco, contando com a equipe técnica e a professora responsável. Devido a grande procura e a vontade de oportunizar mais acadêmicos, aumentaram para 40 voluntários, mais a equipe técnica e professora responsável. Os voluntários serão divididos em quatro grupos.

[dropshadowbox align=”none” effect=”lifted-both” width=”auto” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]Para fazer parte desse projeto, é necessário enviar o nome, curso, semestre, matrícula, telefone e comprovante de matrícula, e também responder a pergunta “Porque quer participar do Acadêmicos do Riso?”, para o e-mail academicosdoriso@gmail.com. As inscrições vão até o dia 20 de março.[/dropshadowbox]

Após a seleção inicial, os pré selecionados com dados de acordo, passarão para a fase presencial, na qual ocorrerá uma entrevista informal e cada aluno pontuará de acordo com uma lista preparada e será exposta aos voluntários no dia. Nessa lista consta criatividade na entrevista, boa comunicação e disponibilidade aos fins de semana. Os outros critérios não tiram pontuação, mas dão um extra para o candidato que tiver, como por exemplo, disponibilidade de tocar instrumento musical e usar fantasia e jaleco.

[dropshadowbox align=”none” effect=”lifted-both” width=”auto” height=”” background_color=”#ffffff” border_width=”1″ border_color=”#dddddd” ]”Espero que seja proveitoso tanto aos que serão visitados quanto aos voluntários. Que possa trazer crescimento profissional mas principalmente pessoal. Que todos possam vivenciar e aprender com a população em situações vulneráveis e também com o convívio com acadêmicos de outros cursos. Temos todas o desejo que o projeto sempre se expanda e que com o passar dos semestres mais cursos possam ser adicionados nele”, afirmou Mariana.[/dropshadowbox]

Mais informações também pelo e-mail acadêmicosdoriso@gmail.com.