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Jornalista santa-mariense visita aldeias na África

A ONG Fraternidade Sem Fronteiras (FSF) atua na implantação de centros de acolhimento nas regiões mais pobres do mundo, onde a fome, a miséria e o desamparo fazem vítimas inocentes todos os dias. Fundada em 2009

Mostra “Orixás: Totem de Poder” inaugura amanhã no Monet

A Sala Monet Plaza Arte inaugura, nesta quinta-feira,08, a mostra “Orixás: Totem de Poder”. Com curadoria e expografia de Márcio Flores, a exposição busca divulgar e promover a cultura afro-brasileira através do batuque no Rio Grande

A diversidade do continente africano é debatida na Unifra

Na noite de ontem, 16, professores e alunos dos cursos de Jornalismo, História e do Mestrado em Ensino de Humanidade e Linguagens do Centro Universitário Franciscano participaram da aula inaugural do semestre letivo que teve como tema “África:

Recomendação Cultural: ‘Redenção’

Miséria. Guerra. Humanidade. São as aspectos que circundam o enredo de ‘Redenção’. O filme protagonizado por Gerard Butler conta a história do ex-traficante de drogas Childers, que vai para o Sudão ajudar crianças africanas e acaba

O jornalista Lucas Amorim em um dos centros de acolhimento da FSF. Fotos: arquivo pessoal

A ONG Fraternidade Sem Fronteiras (FSF) atua na implantação de centros de acolhimento nas regiões mais pobres do mundo, onde a fome, a miséria e o desamparo fazem vítimas inocentes todos os dias.

Fundada em 2009 e com sede localizada em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, a FSF começou seu trabalho na África e, atualmente, conta com 26 centros de acolhimento localizados na região entre Moçambique e Madagascar. Tais locais recebem aproximadamente 12 mil crianças, sendo que 9 mil são órfãs.

O santa-mariense Lucas Leivas Amorim, graduado pelo curso de jornalismo da Universidade Franciscana, está hoje(10) voltando de seus 10 dias na África. Amorim confessa que sempre teve o sonho de viajar para fora do Brasil para doar um pouco de si. Quando descobriu que com a FSF tinha essa possibilidade, soube na hora ser isso o que queria fazer.

Amorim participando de atividades recreativas com as crianças.

Junto com mais 15 brasileiros, Lucas ficou hospedado em alojamentos dos centros de acolhimento das aldeias de Moçambique. A caravana da educação da qual faziam parte tem o objetivo de levar materiais escolares, treinamento para os monitores da aldeia e atividades recreativas para as crianças.

O jornalista relata que as dificuldade são muitas. As aldeias que visitou são miseráveis, em situação que nunca presenciou no Brasil. “O melhor é ver que a instituição está fazendo sua parte e ajudando de alguma forma, mesmo que não mude o mundo, vai modificar a vida de muitos”, afirma Amorim.

Moradores da aldeia retirando água do poço.

Nos centros de acolhimentos as crianças, jovens e idosos da aldeia recebem comida, água potável, atendimento de saúde e higiene, atividades recreativas e culturais, aulas diárias e material escolar. Esse amparo se dá por meio do apadrinhamento feito por voluntários no Brasil e em várias partes do mundo. Os padrinhos escolhem os projetos no site e contribuem mensalmente. Cada vez que uma nova pessoa apadrinha, uma nova criança pode entrar no centro de acolhimento.

Amorim ressalta que o que mais chamou sua atenção nessa experiência. Observou que embora o povo seja sofrido demais, eles nunca deixam de sorrir. “Estão sempre alegres celebrando a vida e agradecendo por ela com orações, canções e muita dança”, relembra.

Por conta do trabalho significativo durante todos esse anos, a FSF recebeu o Prêmio Você e a Paz, em 2016, na categoria “Instituição que Realiza”.

Legenda: Doze artistas visuais participam da mostra (Imagem: Divulgação)

A Sala Monet Plaza Arte inaugura, nesta quinta-feira,08, a mostra “Orixás: Totem de Poder”. Com curadoria e expografia de Márcio Flores, a exposição busca divulgar e promover a cultura afro-brasileira através do batuque no Rio Grande do Sul, com seus orixás e toda a simbologia que carregam, mostrando seus signos, significados, elementos, cores e formas. A exposição segue até 30 de junho.

São 12 peças assinadas por 12 artistas visuais que utilizam sua própria linguagem, percepções, elementos da cultura africana com diferentes materiais.

ARTISTAS E DIVINDADES REPRESENTADAS

Rogério Lima (Bará) / Helena Macedo (Ogum) / Cristiane Ziegler (Xangô) / Círia Moro (Obá) / Jane Z (Oiá) / Marcia Tomasi Vendrusculo (Ossâe) / Cirlene Ereno (Xapanã) / Debora Irion (Odé) / Deniyàmi (Otim) / Elzi Mezzomo (Oxum) / Ive Flores (Iemanjá) / Luciano Santos (Oxalá).

 

A mostra “Orixás: Totem de Poder” é realizada pelo Sesc Santa Maria, com apoio do Museu de Arte de Santa Maria (MASM), Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer e Prefeitura Municipal e integra a programação da 7ª Aldeia Sesc Imembuy. 

 

Fonte: Superintendência de Comunicação da Prefeitura Municipal de Santa Maria.

Foto: Julliano Dutra
Aula inaugural trouxe o debate sobre o continente Africano. Fotos: Julliano Dutra

Na noite de ontem, 16, professores e alunos dos cursos de Jornalismo, História e do Mestrado em Ensino de Humanidade e Linguagens do Centro Universitário Franciscano participaram da aula inaugural do semestre letivo que teve como tema “África: mitos e historicidade”.  O evento aconteceu no Salão 715 do Prédio 16 da Unifra.
O palestrante convidado foi Igor Castellano da Silva, Doutor em Estudos Estratégicos Internacionais pela UFRGS e professor na Universidade Federal de Santa Maria, que abordou temas como mitos e historicidade Africana e mitos e historicidade da Guerra na África.
De acordo com Castellano, a importância de realizar um debate sobre esse tema no meio acadêmico, é a tentativa de romper com as visões preconceituosas que algumas pessoas têm sobre a África. Ele afirmou que a maior motivação que teve para estudar a África foram os incentivos dos professores que lhe passaram o encantamento sobre esse estudo, aliado ao interesse pessoal que já possuía.

Castellano
Igor Castellano da Silva, professor da UFSM.

O professor descreve como encantadora a experiência de ter morado na África. Segundo ele, “é um ambiente com pessoas e culturas distintas e, por outro lado, houve um choque de diferenças culturais que, às vezes, dificultaram a ambientalização.”

O professor também abordou os contrastes raciais, que foram muito impactantes. “Lá a questão racial é muito explícita. Então é difícil ter relações muito próximas com um negro africano, se você é branco. O racismo lá é muito forte e ativo nos dias atuais. Apesar de tudo, essas diferenças culturais são desafiadoras no convívio social”, diz.
Entre os muitos aspectos abordados, destaca-se o fato de que  “as guerras na África não envolvem exatamente questões políticas. Vai muito além, dizem respeito ao ódio histórico, preconceitos que já estão estabelecidos”, afirma o palestrante ao falar sobre os conflitos bélicos no Continente Africano. “O estado africano pode ser um estado caótico, mas o governante tem uma cadeira na ONU. Essa é a carga negativa do estado. Não importa se ele oferece segurança e saúde à população, ele vai ter a seguridade da ordem internacional”, conclui.
Igor Catellano da Silva destacou a diversidade do continente africano, afirmando ser ela desconhecida pelos pesquisadores brasileiros que bebem em fontes europeias, e priorizam os estudos sobre  países do primeiro mundo.
Segundo Roselâine Casanova Corrêa, coordenadora do curso de história da Unifra e integrante da comissão organizadora do evento, o principal objetivo da aula inaugural é tratar com maior intensidade assuntos importantes que normalmente não são abordados em nosso contexto. Roselâine explica que a escolha do palestrante foi feita a partir da grande qualificação que ele possui, principalmente por já ter estudado na Universidade de Johanesburgo, na África. “É importante valorizar a pesquisa dele, e as experiências que teve, e principalmente, valorizar alguém que é da nossa cidade” conclui.
Para André Luís, acadêmico do curso de História, a palestra foi muito enriquecedora por falar sobre a África, que ele considera um tema pouco abordado nos conteúdos de ensino básico, principalmente a questão geográfica e geopolítica. O estudante afirma que a maneira como o assunto foi apresentado, instigou nele a vontade de procurar sobre livros e textos ligados as questões que foram discutidas.

Por Luísa Peixoto e Thais Moutinho, equipe da ACS

Miséria. Guerra. Humanidade. São as aspectos que circundam o enredo de ‘Redenção’. O filme protagonizado por Gerard Butler conta a história do ex-traficante de drogas Childers, que vai para o Sudão ajudar crianças africanas e acaba se envolvendo em diversos conflitos.

Luísa acha importante conhecermos a dura realidade das crianças no Sudão (foto por: Fernanda Gonçalves/Laboratório de Fotografia e Memória)
Luísa acha importante conhecermos a dura realidade das crianças no Sudão (Foto: Fernanda Gonçalves/Laboratório de Fotografia e Memória)

“Ele fala sobre um conflito que existe na África até hoje. Childers começa a ajudar pessoas, porque ele se converte para uma religião, depois de sair da cadeia. Ele começa a construir casas para os pobres, e então decide ir com um militar para a África. Ele vai para o Sudão, e vê crianças matando seus pais e aldeias sendo incendiadas. E quando eu vi esse filme eu comecei a dar valor para as coisas que eu tinha, porque que isso acontece: as pessoas passam fome lá. É baseado em uma história real. É bem tocante. Por isso eu recomendo”, conta Luísa Ferreira, estudante do curso de Arquitetura do Centro Universitário Franciscano.

Imagem: divulgação
Imagem: Reprodução

Sinopse: Baseado em uma história real, “Redenção” mostra a luta de um homem para trazer um pouco de paz e de esperança em uma zona marcada por conflitos. Depois de sair da prisão, Sam Childers (Gerard Butler) vira pastor e, em seguida, passa a fazer trabalhos voluntários na África. O que inicialmente seria uma curta temporada para reconstruir casas na devastada Uganda se torna em um envolvimento político no Sudão. Enquanto espera por apoio financeiro para ajudar crianças desabrigadas e levanta armas contra os rebeldes no poder, Sam terá de encarar novos dilemas: dar atenção à sua família, manter a sua fé e confrontar um passado violento que ele pensava ter deixado para trás.
Direção: Marc Foster e Jason Keller

Assista ao trailer do filme Redenção:
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