Doe fios de amor
Ações simples do nosso dia a dia como prender, soltar e pentear o cabelo, nem sempre estão presentes na vida de centenas de pessoas portadores de câncer. Nestas horas, as perucas são grandes aliadas para melhorar a
Ações simples do nosso dia a dia como prender, soltar e pentear o cabelo, nem sempre estão presentes na vida de centenas de pessoas portadores de câncer. Nestas horas, as perucas são grandes aliadas para melhorar a
Aconteceu no último domingo, 21, a 2ª edição do Entre Amigos e Food Trucks, realizado na Praça dos Bombeiros, das 10h às 19h. Segundo os organizadores, o sucesso dessa segunda edição – que reuniu milhares de
Em Santa Maria há algumas casas e organizações não-governamentais (ONGs) que se mantêm apenas por doações da comunidades e de empresas. Estas ONGs têm finalidade imprescindível e necessária para a cidade: apoio e hospedagem para pacientes
Iniciou nesta semana o brechó para a arrecadação de recursos para a Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan), que fica no Bairro Fátima, rua Borges de Medeiros, nº 1897. O Brechó começou nesta tarde e se
A Agência CentralSul de Notícias faz parte do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) em Santa Maria/RS (Brasil).
Ações simples do nosso dia a dia como prender, soltar e pentear o cabelo, nem sempre estão presentes na vida de centenas de pessoas portadores de câncer. Nestas horas, as perucas são grandes aliadas para melhorar a autoestima. No Centro de Apoio a Crianças com Câncer (CACC), um grupo de voluntários é responsável por devolver o sorriso de centenas de pessoas.
O CACC possui sua própria oficina de perucas e recebe diariamente doações de cabelos, além de campanhas como Cabelos de aços promovida pela corporação feminina da Brigada Militar de Santa Maria. Para a Assistente Social, Marta Lopes, a alta demanda na procura por perucas fez com que o CACC, através de uma oficina, buscasse pessoas voluntárias para trabalhar na confecção dos produtos. Atualmente são seis voluntárias e a oficina acontece todas as segundas de tarde na sede da instituição. No total, o Centro de Apoio atende 140 famílias de diversos municípios do Rio Grande do Sul que vêm até Santa Maria em busca de auxílio médico no tratamento contra o câncer infanto-juvenil. “A doação das perucas é feita para qualquer pessoa que esteja em tratamento contra o câncer no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM)”, conclui Marta. O Hospital Universitário de Santa Maria, HUSM é referência no estado para o tratamento hemato-oncológico.
O CACC
O Centro de Apoio a Crianças com Câncer (CACC) é uma ONG com o objetivo principal de receber crianças e adolescentes de zero até 24 anos portadoras de câncer, com um acompanhante.
Durante a realização do tratamento, os pacientes e acompanhantes recebem gratuitamente alimentação, hospedagem, atividades de recreação e apoio psicológico. A casa possui capacidade para receber em torno de 40 pessoas, com ala separada para os transplantados, que devem ficar em isolamento até completar o tratamento. A sede também possui um refeitório, cozinha, sala para recreação e espaço externo com pracinha para as crianças. Além disso, há um brechó que auxilia na renda. Por ser uma instituição sem fins lucrativos, o CACC depende de doações tanto de alimentos quanto financeira e que podem ser realizadas na sede da instituição, rua Erly de Almeida Lima, n°365, no bairro Camobi, em Santa Maria. Doações em dinheiro também podem ser realizadas no site do CACC.
Como ser um doador de cabelo:
Para ser doador e colaborar é simples. E o melhor, não importa o tipo de cabelo. Pode ser encaracolado, liso, crespo, loiro, preto, ruivo, grisalho, com ou sem química. E os homens também podem participar. Antes de fazer a doação é necessário seguir algumas recomendações. A primeira delas é que o cabelo precisa estar lavado e totalmente seco. Outra dica é prender os fios com um elástico antes do corte para ajudar a demarcar o tamanho. Só serão aceitas mechas com comprimento mínimo de 15 cm.
Texto produzido na disciplina de Jornalismo III, no 2º semestre de 2019, e supervisionado pela professora Glaíse Palma.
Aconteceu no último domingo, 21, a 2ª edição do Entre Amigos e Food Trucks, realizado na Praça dos Bombeiros, das 10h às 19h. Segundo os organizadores, o sucesso dessa segunda edição – que reuniu milhares de pessoas – foi tão grande que já está sendo pensada a terceira.
Entre as atrações musicais que animaram a festa, estavam: Anelise Varela, Dé e Thiago, Bruninho, Sonia Bis, Tom, da banda Rosa Madalena, Pedrinho, da Vibe Tri, Pagode do Bola, Arturzinho, do grupo Fato Consumado, Edinho, do Conversa Fora, Move Beat Live, Matheus Dorber, DJ Dodo, DJ Piccini e DJ Fabiano Oliveira. Além de o entretenimento musical estavam presentes oito food trucks, que venderam variados tipos de comidas. No mesmo espaço, havia um bar que vendia chopp.
Para Vanderson Silva, 35 anos, do Churrasquinho dos Pampas, as vendas deste ano superaram as do ano passado. ‘’Estamos vendendo mais. Acho incrível esse evento, pois reúne mais família, amigos. É um ambiente diferente’’, afirma.
O Entre Amigos não trouxe apenas entretenimento, mas também solidariedade. O objetivo mais importante da festa foi arrecadar brinquedos e alimentos não-perecíveis em prol de entidades beneficentes. Quem colaborou com as doações ganhou uma senha para concorrer a brindes, o que contribuiu para as pessoas doarem ainda mais. Todas as doações serão entregues no Lar das Vovozinhas e no Centro de Apoio à Criança com Câncer (CACC).
A faxineira Liziane Martinezi, 31 anos, levou alguns brinquedos para doação. ‘’Eu vim na festa pensando justamente em ajudar. É muito importante essa conscientização de que as outras pessoas também precisam de nós. O mundo será muito melhor se todos ajudarem”, comenta.
A inspiração inicial do projeto foi de Raquel Tombesi, conhecida por cantar pop e sertanejo universitário pelos bares e boates de Santa Maria e região. A ideia de criar a festa surgiu após ela realizar um show beneficente, em Faxinal do Soturno, no ano passado. ‘’Ela queria atingir outros públicos. Que públicos são esses? Mais famílias, amigos, que muitas vezes não estão no bar, na vida noturna, em lugares que ela geralmente faz os shows”, conta Júlia Abelin, uma das organizadoras. “A gente quis proporcionar esse espaço bem estruturado, uma logística incansável, em termos de detalhe, para justamente, ter os jovens, ter a família, ter os bebês no colo, ter os idosos circulando, enfim. Então a gente pensou em proporcionar diversas experiências para as outras pessoas’’, completa.
Produzido para as disciplinas de Jornalismo I e Jornalismo Digital I sob a orientação dos professores Sione Gomes e Maurício Dias
Em Santa Maria há algumas casas e organizações não-governamentais (ONGs) que se mantêm apenas por doações da comunidades e de empresas. Estas ONGs têm finalidade imprescindível e necessária para a cidade: apoio e hospedagem para pacientes com câncer.
O Centro de Apoio a Crianças com Câncer (CACC) atende somente crianças e jovens até 21 anos. Segundo Maicon, a Casa é somente para acolhimento de pessoas que vêm para o Hospital Universitário de Santa Maria. Há 19 anos, o CACC oferece pouso e comida nos dias de semana e nos fins de semanas. “É muito importante a ajuda da comunidade, já que não temos ajuda do governo. Precisamos sempre de doações de alimentos, pois a alimentação é gratuita para os hóspedes e família, também necessitamos de produto de limpeza. Quem puder ajudar, como voluntários, para auxiliar na Casa”, explica o coordenador.
A disposição dos quartos vêm a partir da demanda que a assistente social Deise Graziela Teixeira da Luz recebe do HUSM. Há seis quartos com cinco leitos cada. Os quartos dos pacientes transplantados ficam no segundo andar, devido à baixa imunidade, eles não podem ficar em contato com outros pacientes e as pessoas que circulam pelo CACC.
Eles não fazem reservar, as famílias podem chegar quando necessário, é feito um cadastro. Hoje eles têm em torno de 90 crianças cadastradas, e é recomendado que se venha apenas com um acompanhante, devido ao espaço.
“Temos uma psicóloga voluntária, ela faz estágio com a gente aqui, e trabalha uma vez por semana aqui. Mas as terapias não são contínuas, visto que há uma rotatividade muito grande, em relação aos pacientes que fazem quimioterapia, param o tratamento, ou conseguem voltar para casa no mesmo dia”, comenta o coordenador.
As doações são mensais ou semanais, e também têm as diárias. Os vizinhos da Casa vão até lá para doar alimentos, brinquedos, e também buscam informações sobre a doação de cabelos para perucas – podem ser doados os cabelos de comprimento a partir de 15 cm. O site do CACC é um meio para doações online e para divulgar as ações da ONG.
“Temos o telemarketing e o mensageiro que vão até Santa Maria para buscar as ajudas que as pessoas oferecem por telefone”, comenta. Segundo Claiton, a Casa vive muito mais de doações do que o gasto próprio dos funcionários, há instituições como a Vara Criminal de Justiça e o McDonalds, que têm parcerias para arrecadas fundos ou fazem a doação para a Casa.
Eles pedem para que os familiares colaborem na conservação, quando a cozinheira não está os pais que fazem o almoço e janta. Os pacientes são levados até o HUSM pelo transporte da Casa.
As doações de alimentos ficam na dispensa, e então é questionado aos pais o que eles vão usar para cozinhas, e então aos funcionários e voluntários levam os alimentos para a cozinha. Os familiares também cuidam do jardim.
“Não há muitas crianças que fiquem permanentemente aqui, elas ficam no máximo uma semana, com exceção dos transplantados que necessitam de algum tempo a mais as vezes. Mas não há pacientes que fiquem aqui um tempo muito longo”, ressalta.
Associação de Apoio a Pessoas com Câncer
Também a ONG Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan) tem a assistência voltada para adultos e idosos. Recentemente, segundo a psicóloga Maria Luiza Schreiner, há uma grande demanda de idosos com a doença que estão freqüentando a Associação.
A casa de apoio oferece 18 leitos e atende 135 municípios atualmente. O assistente social Thiago Donadel conta que a organização veio para Santa Maria em 2006. Os pacientes após se cadastrarem, e trazerem as documentações necessárias, como o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), atestado médico, RG e CPF. São avaliadas as condições socioeconômicas do paciente, a casa atende pessoas com renda de até três salários mínimos.
“Hoje temos 418 cadastros ativos, recebendo um tipo de benefício, como medicamentos, fraldas e hospedagem. O atendimento é totalmente gratuito. Somos vinculados ao Sistema Único de Assistência Social, então o atendimento integral para tudo que o paciente necessitar será sem curso algum para ele”, ressalta Thiago.
A Aapecan vive de doações. Eles recebem ajuda também de empresas e escolas da cidade. As doações podem ser feitas de forma direta, na casa de apoio, com os voluntários que vão até as casas de quem quer ajudar, e pelo site online. “Temos algumas pessoas que estão a bastante tempo aqui, devido à doença poder retornar, infelizmente. E cada paciente pode ter um acompanhante”, comenta o assistente social.
O atendimento psicológico é dividido para o acolhimento do paciente que chega na casa, o atendimento à domicílio, quando o paciente não pode ir até a casa, por estarem debilitados. Também há o atendimento em grupo, uma vez por semana. O atendimento psicológico pode ser feito nos hospitais, quando a pessoa precisa ficar internada. É estendido esse trabalho para os familiares, inclusive, conta a única psicóloga da associação.
Segundo Maria Luiza, os pacientes, em geral, não ficam muito tempo na casa, pois quando eles melhoram não necessitam mais do recurso, há uma rotatividade. Então ele procura a psicóloga quando há algum problema na família, para uma terapia. Os únicos atendimentos psicológicos fixos são o domiciliar, hospitalar e de grupo.
“A casa de apoio tem uma cuidadora noturna, qualquer coisa que é preciso nós encaminhamos para os hospitais. Os pacientes transplantados vêm para a atividade de lazer, buscar medicações, benefícios, mas não posam na casa”, destaca a psicóloga. O deslocamento é feito pelos funcionários da Aapecan, que levam os hóspedes para o HUSM ou para o Hospital de Caridade, que também têm uma demanda na associação.
“ Temos várias atividades de lazer, em cada data comemorativa procuramos fazer algo para os pacientes não ficarem tão ociosos e se animarem. Seja uma atividade educativa ou passeios. O que ocorre na região e podemos levá-los ou trazer para a casa nós trazemos, como na área de artesanato, aqui mesmo, onde eles costuram, fazem objetos. No dia das crianças também fizemos uma atividade”, conta Maria Luiza.
“A maioria das notícias são divulgadas pelas rádios que somos parceiros ou na página do Facebook. Temos um jornal trimestral, todas as unidades têm matérias com ações que acontecem na Aapecan de SM, como a festa de Natal, por exemplo. Também para nossos colaboradores saberem como funcionamos”, explica a assessora de comunicação Elana Weber. “Somos bastantes procurados nos meses de campanha, como o outubro rosa, novembro azul e o dezembro amarelo. Damos palestras sobre as informações, os cuidados, materiais que utilizamos, os suplementos, para a comunidade ter contato com esses recursos”, nota a psicóloga.
Iniciou nesta semana o brechó para a arrecadação de recursos para a Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan), que fica no Bairro Fátima, rua Borges de Medeiros, nº 1897. O Brechó começou nesta tarde e se estende até as 16h.
Nesta quarta-feira (21), também ocorreu atividade para as mães das crianças com câncer que são recebidas pelo Centro de Apoio à Criança com Câncer (CACC), com tratamentos no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). A atividade é um “salão de beleza para as mães”, onde elas se maquiaram, se enfeitaram, para criar um clima alegre na ONG, localizada n rua Erli de Almeida Lima, 365 – Camobi. Essa atividade ocorre todos os meses no CACC, e, especialmente no mês de outubro, devido à campanha mundial de combate ao câncer de mama.