Cineclubes sem plateia
Uma das premissas dos cineclubes é priorizar pela exibição de filmes que estão fora do eixo comercial. Muitos deles são clássicos do cinema e de difícil acesso nos dias de hoje. Além de a iniciativa ser
Uma das premissas dos cineclubes é priorizar pela exibição de filmes que estão fora do eixo comercial. Muitos deles são clássicos do cinema e de difícil acesso nos dias de hoje. Além de a iniciativa ser
A Agência CentralSul de Notícias faz parte do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) em Santa Maria/RS (Brasil).
Uma das premissas dos cineclubes é priorizar pela exibição de filmes que estão fora do eixo comercial. Muitos deles são clássicos do cinema e de difícil acesso nos dias de hoje. Além de a iniciativa ser aberta ao público e gratuita, outra diferença dos cineclubes em relação às salas de cinema tradicional é o incentivo ao debate e reflexão. Em Santa Maria, quem se interesse por cinema tem pelo menos três opções para frequentar: Cineclube Lanterninha Aurélio, o Cineclube UNIFRA e o Catatau Cineclube. No entanto, somente a oferta de acesso a esse tipo de espaço cultura não têm atraído tantos interessados.
O coordenador do Cineclube UNIFRA, Bebeto Badke, sente na pele as dificuldades em tocar um projeto como esse na cidade. A média de público das sessões tem sido abaixo do esperado: “A nossa ideia é fazer com que o público seja afetado, só que eles estão sendo afetados de uma maneira que a gente não gostaria e isso é desesperador. O grande problema é que cada vez mais as pessoas estão emburrecendo e depois reclamam que não têm opções”, lamenta o jornalista.
De acordo com o professor, os cineclubes perdem público para internet. Muitas pessoas preferem baixar o filme e olhar em casa ao invés de frequentar um cineclube ou até mesmo os cinemas. Badke afirma que o cineclube UNIFRA busca rodar filmes diferenciados e trabalhar com temáticas distintas, para atrair todos os gostos. “A gente procura diversificar, mas mesmo assim, muitas pessoas preferem ficar em casa. A gente não tem como determinar o que faz com que as pessoas percam o interesse cada vez mais. O nosso objetivo é propor, agora se as pessoas não vão, aí é outro problema”.
Mesmo assim, não podemos afirmar que o Cineclube está em vias de se extinguir em Santa Maria. Pelo contrário, a cidade possui três iniciativas que vão continuar oferecendo as sessões, porque o ideal dos grupos persiste. Leia mais aqui.
“O cineclubismo ainda vive em Santa Maria“
Por Karine Kinzel, Michelle Teixeira, Silvana Righi
Produção da Turma de Jornalismo Online, 3º semestre de Jornalismo.