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Inscrições abertas para cursos de mestrado e doutorado na Unifra

Iniciou nesta segunda-feira, 08, as inscrições para cursos de mestrado e doutorado do Centro Universitário Franciscano. Estão sendo ofertadas mais de 40 vagas em cursos de pós-graduação e as inscrições podem ser feitas pelo site da Unifra

Um pé em Portugal e outro no Brasil

  A  professora Maria Cristina Tonetto, doutoranda em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior, localizada na cidade portuguesa de Covilhã, pesquisa o cinema universitário luso-brasileiro nas redes sociais digitais, com foco nas estratégias de circulação

Janice Rachelli defendeu sua tese no programa de Pós-Graduação no Ensino da Ciências e da Matemática da Unifra

A primeira tese de doutorado em Ciências e Matemática do Centro Universitário Franciscano foi defendida e aprovada, na tarde da última terça feira, 03 de outubro. A doutoranda Janice Rachelli  buscou investigar como ocorre a compreensão do conceito de derivada clássica e derivada fraca, que são utilizados por estudantes dos cursos de graduação e mestrado. Para nortear a investigação, Janice utilizou como referência o modelo cognitivo APOS – teoria aplicada para facilitar o entendimento de conceitos.

Buscando descobrir como os estudantes se apropriam dos conceitos de derivada clássica e fraca, na resolução de problemas na área do cálculo, a pesquisadora desenvolveu ações em sala de aula para analisar como eles compreendem a necessidade de obtenção de um novo conceito de derivada.
O resultado da pesquisa apontou evidências de que o estudo conduzido em classe com os alunos, através do modelo APOS, permitiu a eles a construção de conhecimentos próprios a respeito de derivada clássica e fraca, evidenciando a possibilidade de utilizar este modelo para melhoria da aprendizagem na área da matemática.
A  coordenadora do Programa de Pós Graduação em Ciências e Matemática da Unifra, a professora Thaís Darowl, afirma que ‘’ o trabalho foi muito elogiado pela banca e servirá para introduzir uma nova pesquisa no ensino da matemática, já que a proposta desta tese é inédita para o campo’’. Thaís destacou, ainda, que a tese é motivo de orgulho por ser a primeira de doutoramento do programa coordenado por ela.
A banca avaliadora da tese foi composta pelos docentes Salvador Llinares Ciscar(Universidad de Alicante), Marcio Violante Ferreira (Universidade Federal de Santa Maria), Marilaine de Fraga Sant’Ana (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Helena Noronha Cury (Centro Universitário Franciscano) e Marcos Alexandre Alves (Centro Universitário Franciscano).

Professora Maria Cristina Tonetto de volta à Unifra após doutoramento em Portugal. Foto: Juliano Dutra. LABFEM

A partir deste segundo semestre letivo, a professora Maria Cristina Tonetto volta a integrar o time de professores do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano. Ela ficou afastada durante o período de quatro anos para realização de seu doutorado na Universidade  da Beira do Interior, em Covilhã, Portugal.

Sua pesquisa de doutoramento, inédita tanto no Brasil quanto em Portugal, voltou-se para  a circulação das produções cinematográficas universitárias portuguesas e brasileiras nas redes sociais digitais, revelando a dinâmica que os egressos desenvolveram para partilhar a produção e ampliar a visibilidade do material cinematográfico.

A professora investigou o cinema produzido pelos alunos que se formaram em universidades públicas entre 2010 a 2013 em Portugal, e entre 2011 e 2013 no Brasil, analisando o modo como circulou nas redes sociais – facebook e  youtube -, o material cinematográfico produzido pelos acadêmicos. A investigação sinaliza o período em que começa o processo de circulação, verificando se os acadêmicos divulgam as peças cinematográficas na fase de pré-produção dos filmes ou se é na pós-produção, e como é feita essa divulgação. Segundo a pesquisadora, é através do mapeamento do material divulgado nas redes sociais digitais que é possível perceber as falhas  na distribuição/circulação por parte dos estudantes e, também, evidenciar as fragilidades no ensino superior de cinema no tocante a esse mesmo processo.

Outro aspecto relevante resultado da pesquisa desenvolvida é a constatação de que o cinema, na atualidade, através das redes sociais, atinge um público maior que, muitas vezes, não tem acesso às salas de exibição. A pesquisadora ressalta que no Brasil a maioria das salas de cinema estão concentradas no eixo Rio-São Paulo-Brasília e, hoje, a internet não está apenas democratizando o acesso à sétima arte, mas  permitindo uma maior visibilidade à produção acadêmica. Já em Portugal, as salas de cinema estão espalhadas por todas as cidades do país  e os cineclubes cumprem um papel importante nas localidades onde elas não existem. Considerando as diferenças dimensionais entre os dois países, a pesquisa revela que os brasileiros assistem mais filmes nacionais do que os portugueses. No entanto, os egressos dos cursos de cinema portugueses divulgam mais as suas produções cinematográficas do que os brasileiros.

O trabalho de pesquisa de Maria Cristina Tonetto abre inúmeras frentes de investigação, seja pelo ineditismo, seja pela urgência de que os cursos de cinema oferecidos pelas instituições de ensino superior deem mais atenção aos processos de circulação da produção universitária, pela emergência de um novo público espectador e, ainda, pela ausência de políticas públicas voltadas para a circulação/distribuição dos filmes independentes.

A professora relata que nessa nova fase de retorno às aulas na Unifra, reviu os seus planos de ensino, incluindo mudanças decorrentes de ter dedicado esses quatro anos para o estudo do cinema.  Ela declara também que pretende ampliar as suas pesquisas na interface com outras áreas que se cruzam com o cinema. “Quando você termina o doutorado percebe que na realidade terminou aquele ponto, mas tem várias outras frentes que podem ser trabalhadas na pesquisa, então penso em integrar essas outras frentes do cinema.”

Maria Cristina informa que pretende desenvolver projetos para que possa trabalhar não só com a sua pesquisa, mas também com produções. “Estou sentindo falta de trabalhar com a parte prática, pois nesse tempo fiquei voltada mais para a parte científica”, finaliza.

Iniciou nesta segunda-feira, 08, as inscrições para cursos de mestrado e doutorado do Centro Universitário Franciscano. Estão sendo ofertadas mais de 40 vagas em cursos de pós-graduação e as inscrições podem ser feitas pelo site da Unifra até o dia 26 de junho.

As oportunidades são para os Programas de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática e em Nanociências, Mestrado em Ensino de Humanidades e Linguagens e Mestrado em Ciências da Saúde e da Vida.

Clique aqui para conferir o Edital

 

Uma brasileira em terras lusitanas. Foto: arquivo pessoal.
Uma brasileira em terras lusitanas (Fotos: arquivo pessoal)

A  professora Maria Cristina Tonetto, doutoranda em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior, localizada na cidade portuguesa de Covilhã, pesquisa o cinema universitário luso-brasileiro nas redes sociais digitais, com foco nas estratégias de circulação das produções das Instituições Públicas de Ensino Superior. A professora do Centro Universitário Franciscano fez mestrado em Integração Latino-Americana pela Universidade Federal de Santa Maria, na linha de pesquisa Cinema e História. Com a graduação em Jornalismo pela Universidade Católica de Pelotas, tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Cinema, e atua, principalmente, com cinema, documentário e televisão. Também organizou o livro “O olhar feminino no cinema”, lançado em 2011, e prepara a segunda edição sobre o cinema ibero-americano.

Kitta, como é conhecida entre os amigos, iniciou o doutorado em setembro de 2013. A previsão de conclusão é em setembro de 2016, no entanto, o trabalho pode se prorrogar por mais um ano, dependendo da pesquisa de campo. Esta etapa começa em 7 de abril e inclui a coleta de dados  em seis universidades brasileiras. A etapa portuguesa já foi concluída.

Questionada se sofreu algum tipo de preconceito por ser brasileira ao chegar em Portugal, ela afirmou que não. A cidade onde reside é universitária, e recebe todos os anos vários estudantes de diversos países.  Para ela, a população de lá vê um certo carisma nos estrangeiros, mas é possível perceber que entre os colegas universitários não se constitui um convívio amigável, próximo, como uma troca de experiências entre pessoas de diferentes países.” Eles são mais frios, não se tem um entrosamento como o povo brasileiro, enfim acabamos nos relacionando com os próprios brasileiros que estão cursando por lá”.

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Vestes femininas nas praxes portuguesas.

Entre as muitas diferenças entre os universitários que estão de um lado e de outro do oceano, estão as roupas utilizadas durante a aplicação da praxe  (o trote universitário). Os veteranos vestem um terno e de uma capa (para os meninos) e blaser, saia e capa (para as meninas), vestimenta que inspirou a escritora J. K. Rowling de Harry Poter. Esta vestimenta é usada pelos veteranos, principalmente, nas praxes universitárias ( nossos trotes) para diferenciá-los dos calouros. O tipo de castigo aplicado para os novos universitários são semelhantes ao nossos, com desfile pelas ruas entoando frases características, entre outras práticas consideradas tradições. Geradas entre os acadêmicos, elas estão presentes nas universidades há mais de um século.

O traje masculino é constituído por uma batina preta sem ser de gala ou de grilo (com 3 botões em qualquer zona e lapelas acetinadas); calça clássica preta, com 2 ou 3 pregas, sem dobra na bainha;  gravata preta e lisa ou laço preto; colete preto masculino, acetinado e com fivela nas costas, tecido igual ao da batina, com dois bolsos e cinco botões (no caso de uso de laço não se usa colete); camisa branca lisa com um bolso do lado esquerdo, sem motivos, sem botões nos colarinhos e com botões brancos; sapatos pretos de atacadores (estilo clássico, sem apliques metálicos, não envernizados, com o número impar de buracos em cada lado); meias pretas; capa preta lisa e de estilo acadêmico; cinto preto; o uso do gorro é opcional; o uso do relógio só de bolso.

Já o traje feminino é constituído por uma camisa branca lisa, com ou sem bolso, sem botões no colarinho; casaca preta com dois bolsos com pala (não cintada, com 3 botões no punho e 3 botões à frente); saia preta (travada, e até 3 dedos acima do joelho, abertura na zona posterior); gravata preta lisa; collans pretas (tipo vidro ou lycra – não opacas, não podendo usar ligas); sapatos com salto até 3 cm, lisos sem fivelas ou apliques; capa preta lisa e de estilo acadêmico. Para saber mais acesse o Noticiência.