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Ainda dá tempo de apoiar a Feicoop

Há 26 anos ocorre em Santa Maria a Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop), considerada uma feira mundial, organizada pelo Projeto Esperança/Cooesperança da Arquidiocese de Santa Maria. Este ano, tem data marcada para ocorrer de 11 a 14

Foto: Divulgação

A disciplina extensionista de Comunicação Integrada do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana, desenvolvida pela professora Camila Klein Severo, está executando um projeto junto à Feira Internacional do Cooperativismo, a Feicoop.

Este ano, o evento, que a princípio ocorreria em julho, foi adiado para outubro. A coletiva de imprensa organizada pelo grupo de alunos será realizada dia 12 de julho, sábado, e abordará, entre outros temas, o adiamento da Feicoop . O projeto de extensão da disciplina de Comunicação Integrada é um exemplo de como a Universidade Franciscana pode colaborar com a comunidade, gerando conhecimento e impactando positivamente a comunidade de Santa Maria e região.

A Feira, que está em sua 31ª edição, é resultado de um projeto idealizado pelo Dom Ivo Lorscheiter e pela irmã Lourdes Dill, que atualmente trabalha na África. Ambos eram profundamente envolvidos com a economia colaborativa em que as pessoas se ajudam mutuamente.

No início, o projeto realizava um feirão colonial, onde esses grupos podiam expor e vender seus produtos. Esse evento, que ocorre todos os sábados, se transformou em uma feira de cooperativismo, reunindo centenas de produtores e empreendedores. Hoje, o projeto conta com a presença de representantes de 10 países, promovendo uma troca de experiências e práticas de economia solidária.

Na disciplina de Comunicação Integrada os acadêmicos estão trabalhando para desenvolver um plano de comunicação, que inclui ações de assessoria de imprensa. Esse trabalho de comunicação não só auxilia na divulgação da Feira, mas também contribui para reforçar a importância da economia solidária e o impacto positivo que a Feicoop tem na comunidade de Santa Maria e no cenário internacional.

Segundo a professora Camila Klein, “A feira é importante porque reúne pessoas de toda a comunidade e região, e o projeto é uma das principais iniciativas para aproximar a comunidade acadêmica da sociedade, unindo teoria e prática”.

Para o acadêmico de Jornalismo Nicolas Morales, que participa do projeto “A Feicoop é muito especial. É a segunda vez que participamos como turma, e com a coletiva de imprensa conseguimos unir a teoria da comunicação integrada à prática” . Além disso, o universitário frisa que a coletiva auxilia na construção da marca e cria identidade para a Feira.

Ilustração da Campanha ‘Juntos pela Feicoop’.                        Foto: Projeto Esperança/Cooesperança

Há 26 anos ocorre em Santa Maria a Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop), considerada uma feira mundial, organizada pelo Projeto Esperança/Cooesperança da Arquidiocese de Santa Maria. Este ano, tem data marcada para ocorrer de 11 a 14 de julho, no Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter. 

A Feira, que é realizada todos os anos, pela primeira vez precisou ir em busca de maneiras para fazer com o evento ocorresse. Por conta da falta de recursos – algo que nunca aconteceu – foi criada uma campanha nacional juntamente com a Cáritas para arrecadar fundos. “A Feicoop não pode morrer por falta de recursos!”, declarou Irmã Lourdes Dill, coordenadora do projeto Esperança/Cooesperança e vice-presidente da Cáritas Brasileira.

A irmã Lourdes, que sempre esteve presente nesse projeto, explica o quanto é necessária a arrecadação desse fundo pois, segundo ela, a Feicoop não é apenas um feira, é muito mais do que se vê e se compra. A coordenadora relata que, no início, como era um projeto ainda pequeno não exigia de muitos recursos para que fosse organizada mas, com o tempo, houve um grande crescimento e também uma exigência maior. 

É preciso investimento para a organização no ambiente, com lonas e espaços para atividades  culturais, debates, oficinas, intercâmbios e a praça de alimentação, para também dar um certo conforto ao público. A Feira proporciona para a cidade um grande número de visitantes todos os anos. Em 2018 recebeu participantes de 28 países e um total de 10 mil produtos vendidos. 

Segundo Rosieli Cristiane Ludtke, que é mestre em agroecologia, produtora e participante do projeto da Feicoop,  a importância em manter a Feira não é só por conta dos empreendimentos que estão participando, mas também dos projetos sociais que estão por trás de toda essa ação, movimentando a cidade.  Rosieli trabalha na produção de produtos desde jovem e afirma que “o nosso papel é não deixar o feirão morrer, precisamos ajudar em todos os sentidos, buscando projetos e parcerias para que possamos levar esse projeto adiante”.

A produtora de queijos Jusane Turri Carvalho participa do projeto há 9 anos comercializando produtos que ela mesma produz. “A Feicoop tem um papel muito importante para nós, principalmente na questão econômica, pois é uma Feira onde circula muita gente da cidade e de fora”, relata Jussani. A produtora ainda ressalta o poder que o projeto tem socialmente, pois é uma ação que abre espaço para várias outras iniciativas.

A campanha vai até o dia 31 de julho e conta com a colaboração de toda a comunidade, com doações de qualquer valor, por meio de depósito no Banco do Brasil (Agência 0010-8, Conta 26.292-7) ou pelo site da Cáritas.