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Não há vagas

As dificuldades para encontrar vagas para estacionar no centro de Santa Maria tornam-se um problema sem expectativas de solução. É comum que o motorista tenha que dar várias voltas nos quarteirões e muitas vezes, desista de

É cada vez mais frequente carros estacionados em lugares proibidos. Foto: Guilherme Benaduce

As dificuldades para encontrar vagas para estacionar no centro de Santa Maria tornam-se um problema sem expectativas de solução. É comum que o motorista tenha que dar várias voltas nos quarteirões e muitas vezes, desista de encontrar o espaço perto do seu destino.

São inúmeros os veículos que estacionam em lugares proibidos, exclusivos para escolas, bancos ou consultórios e, nas faixas de segurança. As placas que sinalizam tempo máximo permitido são ignoradas, o que prejudica o fluxo, principalmente em frente às farmácias.

Para o militar Lusardo Neves a melhor opção é estacionar longe das ruas onde ficam os principais comércios da cidade. Segundo Lusardo, muitas vezes é melhor ir de ônibus até o centro e deixar o carro na garagem.

A telefonista Vanessa Nunes, 37 anos, relata que se obriga a pagar estacionamento privado, pois não é seguro deixar o carro na rua. “Acho injusto pagar a Zona Azul, pois a mesma não assegura contra dano e roubos. Temos que pagar apenas para ocupar um espaço na rua, que é pública” – desabafa.

O Fiscal Municipal II Régis Moreira, 49 anos, destaca que para melhorar o trânsito na cidade é necessário mais recurso humano, ou seja, mais fiscais. “Existe o código de trânsito, mas sem fiscalização adequada, não surge o efeito desejado. Os condutores não respeitam as sinalizações. Cada um pensa somente em si. Não pensam no deficiente, no idoso, nas entradas de garagem, no fluxo, na mobilidade. Só querem estacionar” – argumenta o agente de trânsito.

Segundo Régis, para melhorar o trânsito em Santa Maria é necessário que os recursos das multas não entrem em um cofre único da prefeitura, mas que fossem destinados à busca por soluções.

“Do valor arrecadado no estacionamento rotativo pago na Zona Azul, em torno de R$20 mil mensais, não retorna um centavo para a secretaria de trânsito. Hoje, o setor de fiscalização de trânsito não tem nenhuma viatura para fiscalização, nem uniformes, nem rádios. Seriam necessários esses recursos para fazermos uma conscientização nas escolas, a partir das sereis iniciais” – afirma.