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Enem 2024: o futuro em uma avaliação

A primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 será aplicada no próximo domingo, dia 3 de novembro. Ela será constituída por 90 questões de múltipla escolha mais a redação.A avaliação irá contar com

Expectativas para o início do vestibular de inverno 2022 da UFN

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Estudantes e professores vão às ruas em defesa da educação pública

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Venha para a 7° mostra das profissões da UFN

No próximo sábado, a partir das 9 horas da manhã, no campus III, da Universidade Franciscana, acontece mais uma edição da Mostra das Profissões, evento realizado anualmente pela Pró-Reitoria de Graduação da UFN (Prograd). Na ocasião serão apresentados

O que querem os estudantes do ensino médio?

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Alunos ocupam escola em São Sepé

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Impressões sobre a Mostra das Profissões

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Uma janela e muitas surpresas

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Avaliação demanda um nível alto de concentração e persistência dos estudantes Imagem: Nelson Bofill/LABFEM

A primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 será aplicada no próximo domingo, dia 3 de novembro. Ela será constituída por 90 questões de múltipla escolha mais a redação.
A avaliação irá contar com 45 questões relacionadas à área de Linguagens, códigos e suas Tecnologias e 45 sobre a área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. Os conteúdos serão referentes aos componentes de Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Tecnologias da Informação e Comunicação, Artes, Educação Física, História, Geografia, Filosofia e Sociologia.

No dia da prova, o candidato deverá portar RG ou outra documentação oficial com foto (documentos digitais também são válidos) e caneta esferográfica transparente com tinta na cor preta. Por precaução, a sugestão é de que o candidato leve ao menos duas para o caso de uma falhar.

Já em relação aos lanches levados para consumo, é aconselhável que o estudante leve alimentos que deem energia, como chocolates, castanhas e barras de cereal, e água em garrafa transparente (a embalagem não deve ter rótulo). O lanche poderá ser vistoriado pelo fiscal de sala.

A prova do ENEM desafia os estudantes de todo Brasil a aplicarem os conhecimentos adquiridos ao longo de toda uma etapa estudantil, possibilitando o tão sonhado ingresso no ensino superior e, consequentemente, a oportunidade de dar o ponto de partida na construção de suas carreiras profissionais.

O professor de física do Colégio Marista Santa Maria, Airton Coelho, opina sobre como o professor de modo geral, deve moldar o seu processo de atuação sob o ponto de vista prático da prova, “Acredito que no preparo para o Enem, o professor deve conhecer a prova quanto as competências e habilidades de sua área. Com isso, o aluno deve ser instruído para que comece uma prova, buscando as questões mais fáceis, depois as médias e por último as difíceis”.

Trata-se de um momento que mexe com os ânimos de muitos jovens. Como é de praxe, o processo de preparação dos estudantes para o exame envolve múltiplos fatores, por isso é preciso haver sintonia entre a boa preparação, no que tange ao repertório de conhecimentos teóricos e técnicas de resolução de questões, e o foco e a tranquilidade, essenciais para impedir que ansiedade tome conta e aflija o estado emocional dos candidatos.

Cerca de 1200 candidatos  concorrem ao Vestibular de Inverno da Universidade Franciscana. Para os estudantes inscritos no curso de Medicina, a prova é presencial e muitos deles  já aguardavam a abertura dos portões previsto para às 12h30.

Portão de acesso ao vestibular. Imagem: Patricio Fontoura.

Alexia Teixeira Streb, 18 anos, está no seu primeiro ano de cursinho para realizar o exame para medicina: “A expectativa é grande, pois sempre sonhei em estudar nesta Universidade, já que minha irmã também estudou aqui”. Segundo a estudante, ela conhece a UFN desde que acompanhava a irmã,  quando até brincava de estudar na UFN, quando era criança.

Vestibulandas de medicina. Imagem: Caroline Freitas

Yasmin dos Santos, 18 anos, é de Passo Fundo, está pela primeira vez fazendo o vestibular da UFN  e espera ir bem no vestibular: “ É minha primeira prova, também espero passar”. Ela escolheu a UFN porque tem família em Santa Maria, alguns amigos,  e considera a universidade muito boa.

A candidata Giovana Puntel, de 24 anos, natural de Novo Cabrais, está na segunda tentativa. Suas expectativas são boas, ouviu falar muito bem da instituição e tem amigos que frequentam a UFN.

Candidata Giovana Puntel. Imagem: Patricio Fontoura

Os professores dos cursinhos estão acompanhando seus alunos durante a espera da abertura do portão. Mateus Klesener é professor do Riachuelo e considera importante  acompanhar os vestibulando, pois “ neste momento eles precisam do nosso abraço, do nosso apoio. É válido para dar aquela ênfase no emocional deles”.

Colaborou Luiza Silveira.

A greve geral está prevista para o dai 14 de junho. Fotos: Mariana Olhaberriet/LABFEM

Apresentações culturais, intervenções artísticas e muitos cartazes coloridos encheram de vida a Praça Saldanha Marinho na tarde da última quarta-feira, dia 15. Segundo levantamento da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Santa Maria (Sedufsm), cerca de 10 mil pessoas, entre elas estudantes e professores, protestaram contra as contingências feitas no orçamento das universidades públicas e contra a reforma da previdência propostas pelo governo. O ato saiu da Praça Saldanha Marinho e percorreu a Avenida Rio Branco, seguindo em direção à Rua do Acampamento. Enquanto o início da caminhada passava a Rua Pinheiro Machado, o final ainda cruzava a Venâncio Aires.

O coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Rodrigo Poletto, afirma que os cortes de orçamento e a reforma da previdência não representam o que os estudante precisam nesse momento: “Precisamos do aumento dos nossos direitos e não da retirada deles”, defende Rodrigo.

Estefane Dias, acadêmica de Dança na UFSM.

No Brasil, o orçamento da educação é dividido, basicamente, em dois: uma parcela para gastos obrigatórios e outra para os discricionários, sendo que 88% desse orçamento vai para os obrigatórios, que incluem salários, aposentadorias, entre outros. Já os 12% restantes são para gastos discricionários, que é direcionado conforme critérios de cada universidade. Os 30% cortados do orçamento da educação, são dentro dos 12% de gastos discricionários, ou seja, restando cerca de 3,5% para estes gastos das universidades públicas. Sabrina Somacal, pós-doutoranda do Programa de Alimentos da UFSM, conta que esses cortes afetam manutenções básicas da universidade e que “vai chegar um momento que vão ser inviáveis os trabalhos e a gente vai ter que parar”. Ela também traz à tona que “a comunidade santa-mariense esquece que o Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) está ligado à UFSM, e que se a universidade fechar vai afetar diretamente o atendimento”.

“A programação é que a verba da universidade acabe até setembro e a gente não sabe como vai continuar o nosso curso”, conta Laura Marques, estudante de História na UFSM. Já Estéfane Dias, que cursa Licenciatura em Dança, afirma marcar presença na manifestação “para manter o nosso curso e nossos benefícios, lutando por aquilo que a gente acredita”.

A coordenadora de comunicação do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (SINPROSM) e professora de português, Celma Pietczak, explica que os cortes feitos no orçamento da educação, independente do nível, afeta todo mundo. “A maioria dos professores municipais se formaram na UFSM, fizeram pós-graduação lá e recebem projetos em suas escolas que são desenvolvidos pela universidade”, conta Celma.

Celma Pietczak, coordenadora de comunicação do SINPROSM.

A professora também expõe sobre a luta contra a reforma da previdência, em que as mulheres professoras serão as mais prejudicadas se o texto for aprovado como está hoje. As mudanças na previdência preveem um aumento na idade mínima para se aposentar e também no tempo de contribuição.

Atualmente, a idade mínima para se aposentar é de 60 anos para mulheres e 65 para homens (anteriormente era de 55 e 60, respectivamente). A proposta do governo propõe que a das mulheres aumente para 62. Já por tempo de contribuição, atualmente o mínimo é de 15 anos para quem se aposenta por idade; já para quem se aposenta por tempo de contribuição são 35 anos para homens e 30 para mulheres. Após a reforma, serão 20 anos de contribuição para todos, e para receber 100% da aposentadoria será preciso contribuir por 40 anos.

A professora do curso de Educação Física da UFSM, Márcia Morschbacher, avalia  que o cenário que a reforma da previdência coloca é extremamente complexo, se aprovado. “Agora é um dia para aglutinarmos todos os trabalhadores para lutar contra a retirada de direitos que o governo atual vem tentando realizar, rumo à greve geral de 14 de julho”, afirma a professora. Ela complementa que os impactos da inviabilização das atividades da universidade afetam para além dos muros da universidade, considerando que ela representa para o município e toda a região, não só em termo de formação profissional, mas também em termos de atendimento de saúde e educação.

Os indígenas também aderiram à manifestação, segundo Rodrigo Mariano, estudante de Direito que pertence ao povo Guarani. “A gente está há muito tempo nessa cobrança do poder público pelos nossos direitos, e agora não é diferente”, explica Mariano. Os cortes na educação afetam as comunidades indígenas desde sempre, e a reforma da previdência vai atingi-los diretamente. “Acho que estamos cumprindo mais do que um dever, uma luta que é de costume já dos povos indígenas. E […] com o pessoal se mobilizando junto, a gente sabe que tem força; é um inicial para mostrar do que somos capazes”, enfatiza Mariano.

No turno da manhã, os estudantes da UFSM fizeram um ato dentro da universidade. A coordenadora geral do DCE, Franciéle Barcellos, diz que foi muito proveitoso ver tanta gente apoiando a luta e ainda conta que a marcha deve ser não só contra os cortes de orçamento, mas também pela reforma da previdência. “Não dá para escolher só uma pauta, as duas são direitos e esses direitos devem ser garantidos”, afirma Franciéle.

Com colaboração de Emanuely Guterres.

Estudantes, professores e trabalhadores contra os cortes de orçamentos na educação e contra a reforma da previdência.

7° Mostra das Profissões UFN

No próximo sábado, a partir das 9 horas da manhã, no campus III, da Universidade Franciscana, acontece mais uma edição da Mostra das Profissões, evento realizado anualmente pela Pró-Reitoria de Graduação da UFN (Prograd).

Na ocasião serão apresentados todos os cursos de graduação ofertados pela UFN. Os estudantes pré-universitários que comparecerem à Feira das Profissões podem dialogar e tirar dúvidas com alunos que já fazem parte da Universidade.

Serão abordadas diversas questões importantes, como mercado de trabalho, forma de ingresso e matriz curricular. A organização da Mostra acredita que as informações levam a uma escolha mais consciente do curso superior. Apesar de focada na rede pública e particular do ensino médio, a Feira das Profissões é aberta ao público em geral, com acesso gratuito.

Visite os laboratórios da UFN!

É só fazer sua inscrição. Alunos do ensino médio podem se inscrever para as visitas guiadas aos laboratórios e espaços educacionais dos cursos de graduação no dia do evento, basta preencher este formulário. 

Venha para a Sala do Professor!

Compartilhe boas práticas pedagógicas e novas possibilidades à qualificação do trabalho docente, se inscrevendo neste formulário.

Programação do evento:

9h Início do credenciamento para visitação nos espaços dos cursos
9h30 Atração musical com os acadêmicos Pablo Cardoso (Ciências Econômicas) e Marcelo Massário (Publicidade e Propaganda)
10h Sala do professor – Conversa entre professores: formandos, formados e formadores. Apresentação das práticas pedagógicas: professores da educação básica; acadêmicos em formação de professores; produções da pós-graduação e produtos da UFN Virtual.
10h Início das visitações aos espaços dos cursos
10h15 Apresentação de dança de rua com os alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Cilon Rosa

10h30 Atração musical com a acadêmica Karine Cortes (Direito)

11h Visitações aos espaços dos cursos
11h15 Apresentação do Grupo Psicoarte – Poesia performática: 24 horas sem estupro com o curso de Psicologia
11h30 Apresentação da Banda Marcial do Colégio Estadual Manoel Ribas
13h30 Atração musical com o acadêmico Guilherme Tascheto Tavares (Odontologia)
14h15 Intervenção cultural com o Mestrado em Saúde Materno Infantil
14h30 Atração musical com o acadêmico Rodrigo Souza (Publicidade e Propaganda)

15h Visitações aos espaços dos cursos
15h30 Apresentação de cenas do espetáculo O Desapego de Francisco com o grupo de teatro Todos ao Palco
15h30 Sala do professor – Conversa entre professores: formandos, formados e formadores // Apresentação das práticas pedagógicas: professores da educação básica; acadêmicos em formação de professores; produções da pós graduação e; produtos UFN Virtual
16h Visitações aos espaços dos cursos
16h30 Show de Encerramento com Germano Fogaça

Durante todo o dia: Os interessados poderão circular pelas áreas do conhecimento, conversando com alunos e professores da graduação, interagindo e tirando dúvidas sobre os cursos. Ainda, teremos o espaço da Central de Atendimento com informações sobre bolsas e financiamentos.A Coordenadoria de Seleção e Ingresso também estará no espaço prestando informações sobre processos seletivos.

A UFN apresentará também, seus cursos de Pós-graduação e Residências médicas e multiprofissionais, além de um espaço exclusivo para a UFN Virtual apresentando suas ofertas na modalidade EaD.

O público ainda pode visitar a exposição “Peciar: um mestre da arte” que está exposta na sala Angelita Stefani – IMAS localizada no prédio 14, Conjunto III, da Universidade Franciscana.

Serviço: 

Data: 1º de Setembro de 2018, das 9h às 18h

Endereço: Rua Silva Jardim,  1175 – Conjunto III

Estudantes aguardam a hora da visitação, durante show na Mostra das Profissões. Foto: Juliano Dutra/Lab. Fotografia e Memória
Estudantes aguardam a hora da visitação, durante show na Mostra das Profissões. Foto: Juliano Dutra/Lab. Fotografia e Memória

Nessa quinta feira, 29, no Centro Universitário Franciscano acontece o segundo dia da Mostra das Profissões, que tem por objetivo oferecer aos alunos do ensino médio informações sobre os cursos da instituição e, até mesmo, esclarecimentos sobre o curso pretendido, através de estandes e professores especializados na área.

Estudantes circulam entre os estandes do Conjunto III da Unifra, buscando informações. A ACS foi conversar com eles.

Yuri é estudante da Escola Manuel Ribas.
Yuri é estudante do Colégio Manuel Ribas.

Yuri Alves, 18, aluno do terceiro ano da escola Manuel Ribas visa o curso de Ciência da Computação. Ele alega que sempre achou interessante, e tem o objetivo de trabalhar com instalações de programas.

Jackson
Jackson Machado, estuda no Maria Rocha.

Jackson Machado, estudante do Colégio Maria Rocha, 17,  se interessa pelo curso de Engenharia Biomédica.  Ele visitou os estandes e isso supriu as suas expectativas. O estudante  quer entrar no curso para ajudar e desenvolver coisas novas.

Letícia
Letícia é estudante no Manoel Ribas

Letícia Menezes, 17 anos, aluna da escola Manuel Ribas se interessa pelo curso de Publicidade e Propaganda. Ela diz ter habilidades criativas e quer trabalhar criando coisas. Letícia foi influenciada por uma prima estudante de Publicidade e Propaganda.

Guilherme
Guilherme Cabral mora e estuda em Cacequi.

Guilherme Cabral  tem apenas 14 anos e ainda está decidindo entre os cursos de Direito e Jornalismo. O aluno falou que sempre gostou de ler e escrever, e que a leitura o incentivou a procurar uma vocação logo cedo.  É atraído por jornalismo investigativo e pensa acerca de trabalhar na área.

Laura
Laura quer cursar faculdade na área da saúde. Fotos: Bruna Oliveira/Lab. Fotografia e Memória.

Laura Farias, 17 anos, estuda na escola Naura Texeira Pinheiro e quer cursar a área da saúde. Ainda indecisa sobre a profissão, a aluna diz que quer ”ajudar o próximo” e ter contato direto com as pessoas.

A luta por educação está em pauta em todo o Brasil. Em abril e maio deste ano, os estudantes paulistas e cariocas ocuparam escolas pedindo melhorias na educação e na estrutura dos colégios. Os movimentos estudantis tiveram repercussão na mídia e chegaram ao Rio Grande do Sul. Segundo a Secretaria de Educação, mais de 100 escolas estão ocupadas no Estado. Conforme informações da 8ª Coordenadoria de Ensino do Rio Grande do Sul, a 8ª CRE, em Santa Maria, há seis escolas ocupadas.

O repórter Pedro Corrêa foi a São Sepé conversar com estudantes que ocupam o Colégio Estadual São Sepé.

Produção e direção: Pedro Corrêa
Edição: Pedro Henrique Lucca, Pedro Corrêa e Tamires Rosa

Foto: Fabian Lisboa
Lígia Zorzi quer fazer Publicidade (Foto: Fabian Lisboa)

“Achei a Mostra das Profissões muito interessante e muito interativa, pois aqui eu tive a oportunidade de ver muitas coisas que em outras mostras não vi. Outra coisa legal é que a Mostra deixa o vestibulando cheio de expectativas e com vontade de aprender, principalmente, com destaque para o curso de Publicidade e Propaganda”, diz Lígia Zorzi, 17 anos, moradora de Silveira Martins e estudante da Escola Bom Conselho.

Por Caroline Costa

Foto: Fabian Lisboa
Alessandra Bianchine optou por Terapia Ocupacional (Foto: Fabian Lisboa)

“Estou achando a Mostra bem criativa e, quem está comandando os cursos interage bastante com nós e isso nos auxilia na escolha do curso. Vou fazer Terapia Ocupacional porque acho lindo o trabalho com pessoas assim”, diz Alessandra Bianchine, 17 anos, moradora de Silveira Martins e estudante da Escola Bom Conselho.

Por Karen Borba

Foto: Fabian Lisboa
(Foto: Fabian Lisboa)

“A Mostra das Profissões proporciona para os estudantes um maior conhecimento dos cursos, pois podemos falar diretamente com os acadêmicos e ter um melhor conhecimento do curso desejado”, diz Ciro Porto Martins, 17 anos, morador de Santa Maria e aluno do Colégio Sant’Anna.

Por Fabian Lisboa

Victória Bastos tem 18 anos e veio para a 4ª Mostra das Profissões do Centro Universitário Franciscano descobrir mais sobre o curso de Design de Moda. Ela prestará vestibular para esse curso por ter interesse na história da moda e gostar de desenhar desde pequena. A estudante passa a maior parte do seu tempo desenhando, e com isso espera aprender bastante com o curso.

Luiza Rangel, 17 anos, veio para a Mostra em busca de informações sobre o curso de Arquitetura e Urbanismo. Luiza pretende prestar vestibular para esse curso, pois trabalha com a criatividade e por acreditar que a graduação transforma os pensamentos e sentimentos da arquiteta em obras que ele cria.

Por Amanda Souza

Átila Batista de Almeida, 19 anos, pretende cursar Engenharia Civil. O estudante veio para a 4ª Mostra das Profissões do Centro Universitário Franciscano apenas para conhecer outros cursos, pois não pretende fazer outra graduação. Batista achou interessante a forma como pôde conhecer mais sobre os diferentes cursos durante a Mostra.

Com 17 anos, Alana Porto de Souza pretende prestar vestibular para Arquitetura e Urbanismo, pelo seu interesse desde criança na arquitetura dos prédios que via. Alana achou a Mostra bem interessante apesar de ter visto poucos cursos.

Por Alex Silveira

Pietro Carvalho, 15 anos, estuda no Colégio CEPALA, em Cacequi, e veio para a mostra para conhecer mais sobre o curso de Direito. Segundo Carvalho, a mostra é interessante por ter sanado suas dúvidas quanto ao funcionamento do curso e de como é a profissão após se formar, além de descobrir mais sobre cursos diferentes.

Arthur Villanova, 17 anos, concluiu o Ensino Médio no Colégio Riachuelo no ano passado e pretende cursar Direito. Mesmo não tendo visitado muitos estandes, gostou da forma como a instituição disponibilizou para diversos estudantes a possibilidade de descobrir como é o funcionamento das graduações que pretendem cursar.

Por Tiago Ferreira

 

  Quando pensamos na busca do desconhecido, superar nossos medos, angústias, imaginamos algo grandioso como as diversas, descobertas feitas pelo o Homem, a conquista do espaço, a exploração das profundezas do oceano, a evolução da genética, o uso de novos aparelhos tecnológicos. Mas, às vezes, esses desafios estão nas coisas mais simples e tão mais próximas do que imaginamos, como o relato surpreendente de Franciel Schimidt, 18 anos, conhecido como Alemão, meu vizinho de janela.

Aos poucos, no passar dos meses, o prédio que era abandonado ao lado do meu começou a receber cores novas e reformas. Logo despertou certa curiosidade naquelas melhoras que ali estavam sendo feitas. Quem começaria ocupar aquele novo espaço? Quem seriam os vizinhos novos? Sempre que passava pela frente, eu observava com um olhar inquieto e distinto. Percebia apenas alguns movimentos, um entra e sai de pessoas.

As horas que eu tinha em casa eram silenciosas, pois o apartamento costumava estar vazio. Isto não impedia que eu ouvisse vozes com uma entonação diferente do meu cotidiano corriqueiro. Aquele tom e som da letra R  eram carregados, fez com que eu sentisse certa irritação e uma tremenda vontade de descobrir de onde seria essa pessoa. O que ela faz aqui? Santa Maria está ganhando mais um morador ou mais um universitário? Enfim, vários questões foram sendo construídas durante dias diante das conversas que ecoavam na janela do meu quarto.  Outros dias passaram e eu ainda insistia na descoberta  daquele R chiado, do dialeto que eu achava que fosse alemão e nos acordes do violão que  escutava. Confesso que até me sentia um pouco entediada. Todos os dias aquele mesmo ruído, aquele discurso em uma língua que eu não compreendia. Foi então que comecei analisar as possíveis razões  dessa pessoa que parece ser de uma cidade distante estar aqui.

Por que não aqui? Afinal, eu moro numa cidade em que a população é flutuante por receber gente de todos os cantos do mundo. Uma cidade universitária, talvez seja isso, um vizinho, universitário e só. E eu que me acostume com os novos hábitos desse novo morador que eu mais escuto e pouco enxergo da minha janela. Às vezes, ao sair cedo ou na minha chegada corriqueira no final do dia, acabava esbarrando com o dono da voz.

Descubro que do outro lado da minha janela, na janela de onde vinham  aqueles ruídos, o som de uma viola, ali existia um menino que se intitula como um “colono” por ter vindo de uma cidade chamada São Paulo das Missões, região noroeste do estado.  Lá foi onde passou seus dezoito anos de vida junto de seus pais e sua irmã mais nova.  O menino que sempre ralou pesado na roça na meia colônia de terra que a família possui, desde pequeno era acostumado com o trabalho braçal, com a vida no campo.  Nas lembranças de sua pré-escola, dizia encontrar dificuldades, pois não falava o português da cidade. Foi um processo que teve que aprender com os colegas.

Quando adolescente foi levado para concluir o ensino médio na cidade de Cerro Largo, no Seminário Diocesano São José. Ficou um ano estudando para ser padre, mas logo o seminário foi vendido e  ele voltou para casa.  “No seminário, tinha vida, poder deixar o interior e ir morar na cidade, foi onde adquiri novas experiências”.  E hoje pode dizer que já fez coisas que pessoas de 20 anos, nunca fizeram ou sabem fazer.

A mudança,para cidade grande, Santa Maria, é como se os dezoito anos vividos em sua cidade natal, tivessem sido apenas férias, com eternas lembranças e memórias.  Aqui sabe que pode projetar o futuro melhor do que os pais  tiveram, pois não tinha quem os incentivassem a sair de lá. Embora encontre algumas dificuldades nessa nova empreitada que é de estudos acadêmicos, desistir seria o mesmo que voltar para roça. Estudando sabe que vai realizar os  objetivos. Formar-se em Ciências Sociais e obter êxito com a profissão.

Por  Tiéle Abreu, estudante no curso de Jornalismo da Unifra.