Greice Scremin

Notícias chegaram, pessoas adoeceram,
escolas e universidades fecharam,
pessoas se apavoraram.
Foi necessário ficar em casa, tentar se proteger contra um inimigo invisível.
Professores se reinventaram,
as crianças detestaram
e os animais de estimação aproveitaram.
A sala virou escritório e sala de aula, o pijama roupa de trabalho e o computador se tornou o melhor amigo.
Famílias cozinharam,
consertaram,
crianças brincaram,
avós cuidaram.
O carro ficou parado, o celular assoberbado, fones foram comprados.
A vida foi ressignificada, os laços foram valorizados, a saúde esteve priorizada.
Agora, a vacina é um desejo tão grande quanto à possibilidade de ter a vida de volta como ela era. Porém, a imunização é possibilidade, mas a vida tal e qual como era jamais será uma alternativa. O futuro é incerto!
A certeza é uma só: a humanidade precisava se humanizar. Se não aprendermos nada com tudo isso, quando iremos?

Por Greice Scremin, pedagoga, Doutora em Educação pelo PPGE/UFSM; professora da Universidade Franciscana – UFN e da Rede Municipal de Ensino do Município de Santa Maria – RS.