Edifício Cauduro, o Hotel Jantzen
Um prédio que faz parte da paisagem do centro de Santa Maria há 76 anos. O Edifício Cauduro, localizado na esquina da avenida Rio Branco com a rua Venâncio Aires, já abrigou o
Um prédio que faz parte da paisagem do centro de Santa Maria há 76 anos. O Edifício Cauduro, localizado na esquina da avenida Rio Branco com a rua Venâncio Aires, já abrigou o
Abrindo as comemorações pelo mês de aniversário da fotografia, o Laboratório de Fotografia e Memória (LABFEM) do Centro Universitário Franciscano, em conjunto com o Curso de Jornalismo, apresenta a exposição ‘Fragmentos Fotográficos’. A mostra ocorre na
A Agência CentralSul de Notícias faz parte do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) em Santa Maria/RS (Brasil).
Um prédio que faz parte da paisagem do centro de Santa Maria há 76 anos. O Edifício Cauduro, localizado na esquina da avenida Rio Branco com a rua Venâncio Aires, já abrigou o Hotel Jantzen, uma referência em hotelaria na cidade. O início das atividades, na década de 1940, foi um marco histórico para o Município. Após o Hotel fechar as portas, em 1994, os andares em que ele funcionou permaneceram fechados. Nos últimos anos, uma série de melhorias vêm sendo feitas. A troca das janelas foi a mais recente e tem chamado a atenção de quem transita pelo centro da cidade. Aos poucos, os andares superiores do Edifício Cauduro parecem ganhar vida.
Os repórteres Gabriel Haesbaert e Robson Brilhante buscaram as histórias e percorreram os corredores da edificação. Veja a seguir a trajetória do prédio acinzentado em frente à Praça Saldanha Marinho.
Abrindo as comemorações pelo mês de aniversário da fotografia, o Laboratório de Fotografia e Memória (LABFEM) do Centro Universitário Franciscano, em conjunto com o Curso de Jornalismo, apresenta a exposição ‘Fragmentos Fotográficos’. A mostra ocorre na Sala Angelita Stefani, prédio 14 do Conjunto III, a partir desta segunda-feira, 31 de julho, e segue até 8 de agosto.
A exposição é composta pelos trabalhos ‘Hotel Jantzen, 1954’, da aluna Juliana Brittes, e ‘Retratos do Outro’, do aluno Juliano Dutra, e curadoria da professora Laura Fabrício, coordenadora do LABFEM. As imagens expostas mostram em comum uma das essências da fotografia: o tempo fragmentado.
Em ‘Hotel Jantzen, 1954’, esse tempo partido se mostra a partir da perspectiva estética e sensível do estilo Fine Art, que explora, com um olhar único e artístico da fotógrafa, a relação entre ele e o abandono, representando a força que um e outro têm ao deixarem suas marcas no espaço. Já ‘Retratos do Outro’, traz a reprodução do tempo fotográfico fragmentado em um dos estilos e técnicas mais antigos da fotografia: o retrato em preto e branco. Com um olhar lançado sob a necessidade de se colocar no lugar do outro, o fotógrafo explora as particularidades de sujeitos comuns.
De acordo com os acadêmicos, o propósito da exposição é mostrar trabalhos paralelos realizados além do Laboratório de Fotografia, o qual os dois alunos fazem parte. E assim, enaltecer a paixão que eles têm pela fotografia em si e suas diversas áreas, não somente o fotojornalismo.
Juliano explica que o retrato é uma forma bem antiga de fotografia, e o Fine Art é uma maneira mais contemporânea, e que a própria exposição aborda essa ideia de fotografia em tempos diferentes.
Juliana ressalta que o Hotel Jantzen é um lugar muito importante para a história de Santa Maria e que aos poucos está sendo restaurado, mas infelizmente ainda está abandonado. “Através das fotos, sob a representação de um hóspede, tento resgatar a lembrança de quando o hotel ainda estava funcionando. ”
Ela conta que já estava com a ideia de expor as fotos que havia feito no Hotel. Conversou com a professora Laura sobre o assunto, e juntamente com o Juliano decidiram expor as fotos em conjunto. O processo de organização, ampliação e revelação das fotos levou em torno de um mês.
“É bom para o reconhecimento e para expor nossos projetos. Não teria graça fotografar e guardar tudo para mim, sem compartilhar isso com as outras pessoas. No meu caso, como é retrato de pessoas, o legal é que o público possa observar a imagem e buscar aprofundar a realidade por trás dela”, relata o acadêmico.
“Com certeza um marco muito importante para nós, fotógrafos de início de carreira. O reconhecimento é muito valioso, ainda mais por ser nossa primeira exposição. É uma lembrança que fica para o resto da vida”, finaliza Juliana.