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jornalismo científico

Reportagens no Medium.com abordam o uso medicinal do canabidiol

A página da Agência Central Sul e do blog Noticiência na plataforma Medium.com traz uma série de reportagens sobre a utilização do canabidiol como medicamento em doenças graves como a epilepsia e a esclerose múltipla. As reportagens

Homeopatia: desvendando o efeito placebo

As pessoas buscam tratamentos alternativos de saúde que fogem do modelo da medicina tradicional. Algumas preferem buscar seu tratamento em lugares que não possuem relação com a indústria farmacêutica – aquela que abastece as prateleiras com

A importância de Manuel Calvo Hernando para o jornalismo científico

Manuel Calvo Hernando foi um dos maiores jornalistas divulgadores da Ciência. Foto:arquivo A divulgação científica perdeu um dos seus pioneiros no último dia 16. O jornalista espanhol Manuel Calvo Hernando  faleceu aos 88 anos, em Madri.

Divulgação

A Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) promove nessa sexta-feira, 22/5, às 16h, a terceira edição do ciclo de debates online “A pesquisa em Jornalismo em tempos de COVID-19”.

As pesquisadoras convidadas Kátia Lerner (Fiocruz), Cilene Victor (Umesp/Fapcom) e Luciane Agnez (IESB-DF) abordam o tema “Jornalismo científico, cobertura em saúde e popularização da ciência em tempos de pandemia”.

A discussão será ao vivo, com mediação para receber perguntas simultâneas.

Kátia Lerner é pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vice-líder do Grupo de Pesquisa do CNPq Comunicação e Saúde, coordenadora do GP Comunicação, Divulgação Científica, Saúde e Meio Ambiente da Intercom e Editora Associada da Revista Interface.

Cilene Victor é professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), uma das líderes do grupo de pesquisa “Jornalismo Humanitário e Media Interventions” e também professora da Faculdade Paulus de Comunicação (Fapcom).

Luciane Agnez é professora do Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB) e coordenadora da pós-graduação em Jornalismo Digital e Produção Multimídia na instituição.

O objetivo da SBPJor com o ciclo de debates online “A pesquisa em Jornalismo em tempos de COVID-19” é destacar diversas perspectivas sobre a contribuição da área para a compreensão da complexidade do fenômeno social que envolve a expansão mundial da COVID-19.

O debate pode ser acessado no perfil institucional da SBPJor no Youtube e Facebook.

Fonte: SBPJor

A incessante busca pelo fim da pandemia causada pelo novo Coronavírus (COVID-19) assemelha-se a uma corrida pelo mundo. O vírus foi descoberto em dezembro de 2019, após ter seus primeiro registros na China, e faz parte de uma família de vírus que causa infecções respiratórias e que possui alta taxa de transmissão. Cientistas de todos os cantos se empenham para chegar ao mesmo propósito: conseguir uma vacina para a doença que assombra populações de todos os países.

O Sistema de Saúde do Brasil e de vários países do mundo possui uma capacidade limitada para gerenciar essa onda de pneumonia grave,  além de possuir baixa disponibilidade de pessoal treinado. Além disso, há fatores como a falta de respiradores e leitos para os pacientes, o que fará com que o sistema de saúde entre em colapso caso grande parte da população fique doente, e isso obriga os médicos (as) e enfermeiros (as) a revezar os aparelhos, ou até mesmo ter que escolher quem vai poder utilizar.  A falta de equipamentos de proteção individual (EPI) para os profissionais de saúde que atuam na linha de frente e que encontram-se afetados pela COVID-19 também é um grande problema enfrentado na pandemia.

Descobrir meios de atacar o vírus é o novo foco dos estudos científicos nos laboratórios, pois cada dia que passa os números de mortos e infectados aumentam, reforçando a idéia de que só a ciência pode fazer com que as rotinas de todos possam voltar ao normal. Até o momento não existe vacina nem medicamento específico para o Coronavírus, apenas o tratamento dos sintomas causados por ele. Em contrapartida, são vários os medicamentos analisados em estudos científicos e mais de 100 vacinas em teste.

REMDESIVIR

 Conforme publicado pela Agência Brasil, os Estados Unidos divulgaram estudos científicos relacionados ao uso do medicamento Remdesivir contra o COVID-19, mostrando que pacientes que fizeram o uso do fármaco se recuperaram mais rápido da infecção. A pesquisa foi conduzida pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas e estudou mais de mil pessoas em estado grave da doença em todo o mundo, concluindo que 31% deles se recuperou mais rapidamente do que aqueles que receberam apenas um placebo, que é quando é feito o uso de alguma substância que não produz interação com o organismo, mas apresenta uma melhora fisiológica, aliviando os sintomas.

Um exemplo básico de placebo no nosso dia a dia é ingerir água com açúcar quando estamos nervosos, não há estudos confirmando que a mistura causa efeito, no entanto a sabedoria popular nos leva ao uso na busca por resultado positivo. O Remdesivir também é o primeiro medicamento autorizado pelo Japão para o tratamento de pacientes com a COVID-19.

Segundo o estudo feito com o fármaco, 8% dos pacientes morreram, o que corresponde a 3% a menos do que quem recebeu apenas um placebo. Mesmo assim, nada está comprovado em relação ao medicamento. A revista The Lancet por exemplo, publicou que o tratamento com o Remdesivir não reduz a mortalidade nem mesmo acelera a recuperação, quando comparado ao placebo.

O Professor de Química da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Luiz Carlos Dias, explicou em um vídeo publicado no dia 30 de abril na página da Divisão de Química Orgânica que o medicamento Tamiflu (OSELTAMIVIR) é um dos fármacos deixados para trás nas pesquisas contra o coronavírus, e que ele foi desenhado especialmente para combater H1N1. O uso de alguns corticóides para tentar evitar processos inflamatórios mais nocivos causados por COVID-19 também falharam em pesquisas.

CLOROQUINA E HIDROXICLOROQUINA

O Ministério da Saúde explica que o uso da Cloroquina e Hidroxicloroquina no tratamento contra a COVID-19 é uma prática realizada em casos muito graves e chama-se uso off label, ou seja, é algo que não consta na bula do medicamento, fora das causas para as quais é prescrito.

Nesses casos, o governo do Brasil autorizou o uso desses medicamentos, mas a decisão de aplicação fica a cargo do médico que devem avaliar cada paciente específico. O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou em seu Parecer nº 04/2020 que essa decisão quando tomada deve seguir os critérios e condições estabelecidas pelo CFM, que inclui a autonomia do médico e a valorização da relação médico-paciente.

Especialistas e cientistas explicam que a população não deve usar a cloroquina ou hidroxicloroquina na tentativa de tratar ou prevenir a COVID-19 sem que isso seja feito e acompanhado por um profissional da saúde, pois os medicamentos possuem efeitos colaterais como danos ao coração, além de poderem levar a morte.

A Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) publicou um parecer no último dia 18, que explica sobre o uso da Cloroquina e Hidroxicloroquina contra COVID-19. Segundo o parecer, ainda é precoce a recomendação de uso deste medicamento, visto que diferentes estudos mostram não haver benefícios para os pacientes que utilizaram hidroxicloroquina. Além disto, trata-se de um medicamento com efeitos adversos graves que devem ser levados em consideração. A SBI recomendou que fossem aguardados os resultados dos estudos em andamento, para obter uma melhor conclusão quanto à real eficácia da hidroxicloroquina e suas associações para o tratamento da doença, já que até o momento não há evidências científicas suficientes que garantam a redução da mortalidade por COVID-19.

A revista científica “Jama” publicou recentemente uma das principais pesquisas  sobre a hidroxicloroquina, feita por pesquisadores da Universidade de Albany, no estado de Nova York. O estudo  analisou 1.438 pacientes com a doença e não encontrou relação entre o uso do medicamento e a redução da mortalidade por Coronavírus, além disso, os pacientes tratados com hidroxicloroquina tiveram muito mais chance de sofrer parada cardíaca e apresentaram taxa de mortalidade muito parecida com a dos que não usaram o fármaco.

Por isso, na ausência da comprovação de efeitos benéficos para a saúde com segurança e eficácia, e sem ensaios clínicos conclusivos e validados, que comprovem do ponto de vista médico e científico sua segurança e eficácia, não há liberação de vacina, nem medicamento.

VITAMINA D

Circularam nos últimos dias várias notícias e comentários populares de que a vitamina D protege contra o coronavírus. Embora a vitamina fortaleça o sistema imunológico, não existe nenhuma evidência científica confirmada de que a mesma reduza o risco de infecção por coronavírus, mas existem estudos feitos por pesquisadores da Universidade de Turim, na Itália, que indicam a ação preventiva que a vitamina D pode ter em relação ao COVID- 19.

Em reportagem, a Universidade publicou que pretende levar a reflexão para a comunidade científica, pois o estudo realizado se baseou apenas em literatura já existente, aliado ao fato de que a vitamina D pode ter efeito preventivo, protetor e terapêutico em infecções respiratórias virais em geral. No entanto, para melhorar a imunidade contra o novo Coronavírus é também muito importante a prática de exercícios físicos em conjunto com uma alimentação saudável, além de ser muito importante que a pessoa não fume, não use drogas e não ingira bebidas alcoólicas.

Ainda não há vacina, nem mesmo medicamento antiviral específico para prevenir ou tratar a COVID-19. Conforme a Folha Informativa publicada pela Associação Pan-Americana da Saúde (OPAS) do Brasil,  as pessoas infectadas devem receber cuidados de saúde para aliviar os sintomas, já quem possui doenças graves deve ser hospitalizado. A maioria dos pacientes se recupera graças aos cuidados de suporte que incluem medicamentos contra os sintomas, e em casos graves o uso de ventilação mecânica e oxigênio suplementar.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) está coordenando esforços para desenvolver vacinas e medicamentos para prevenir e tratar a COVID-19 o mais breve possível, mas por enquanto as recomendações mais eficazes e importantes devem ser mantidas para se proteger contra a COVID-19, que é  lavar frequentemente as mãos com água e sabão, usar máscaras corretamente e manter uma distância de pelo menos 1 metro das pessoas, além do distanciamento social, já que só deve sair de casa quem realmente precisa.

É também muito importante que a população tenha consciência de que a automedicação traz riscos à saúde, podendo haver interação medicamentosa, que é quando os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro, caso a pessoa tome regularmente outros remédios, podendo agravar sua situação de saúde. Sempre consulte um médico antes de ingerir medicamentos, pois qualquer fármaco deve ser utilizado com prescrição e orientação.

A PANDEMIA NO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DO SUL

 São Pedro do Sul é uma das cidades que ainda não registraram casos confirmados de Coronavírus no Estado, apesar de estar próximo de Santa Maria, que até esta quarta-feira, 20, já contabilizava 125 casos confirmados da doença e 1.895 suspeitos. Segundo Priscila Martini, Assessora de Comunicação da Prefeitura de São Pedro do Sul, o município estava atento sobre o vírus antes mesmo dele chegar ao Brasil. No dia 9 de fevereiro a Secretaria de Saúde e o Hospital Municipal promoveram uma palestra com um médico infectologista no Lions Clube, mas apesar de ter sido divulgada, não obteve muita participação do público. Além disso, também em fevereiro a Prefeita Ziania Bolzan esteve reunida com os secretários de saúde, educação e administração a fim de discutir estratégias no combate ao coronavírus no município, visto que o cenário da época anunciava a aproximação da doença. Nesta reunião ficou acertado que a higienização seria intensificada em todos os setores, bem como seriam levadas mais informações à população na busca de conscientização. Até o momento a Prefeitura já emitiu decretos que informam a situação de calamidade pública, a intensificação do distanciamento social, suspensão das aulas, fechamento do comércio e a obrigatoriedade do uso de máscara.

AÇÕES MUNICIPAIS

Uma das ações realizadas pelo município nos últimos dias foi a distribuição de máscaras para a população. Segundo a Secretária da Secretaria de Desenvolvimento Social, Cristiane Parnov, a administração ganhou da Associação Comercial e Industrial (ACI) uma grande quantidade de tecido, linha e elásticos, e a Secretaria de Desenvolvimento Social disponibilizou recursos para que uma costureira realizasse a confecção das máscaras. “O pedido total foi para a confecção de 3.375 unidades,  grande quantidade já foi costurada e repassada à Secretaria de Saúde para que as agentes comunitárias façam a distribuição. A Secretaria de Desenvolvimento e Setor do Bolsa Família estão confeccionando mais máscaras. Essas últimas serão distribuídas para usuários da assistência.”, relata a secretária Cristiane.

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura informou que a entrega das máscaras produzidas pelas costureiras foi realizada através das Agentes Comunitárias de Saúde na praça, nas filas de bancos e lotérica do município, onde também prestaram orientações sobre o uso correto da máscara e para que sejam evitadas aglomerações.

Além disso, a Secretaria de Desenvolvimento Social distribuiu mais de 500 cestas básicas desde março, com itens comprados pela própria secretaria e também com a colaboração das entidades como Rotary Club, Lions Clube, Lojas Maçônicas e doações da população que doou alimentos nos supermercados da cidade por meio de uma campanha da Secretaria de Desenvolvimento Social. “Aproximadamente 500 famílias receberam esta ajuda, famílias que estavam passando por alguma vulnerabilidade. As 500 cestas resultaram em aproximadamente 5.000 kg de alimentos”, ressalta Cristiane. A Defesa Civil do Estado doou 30 cestas básicas para São Pedro do Sul, embora o município tivesse solicitado um número maior.

A secretaria continua trabalhando nesta ação, pois algumas famílias ainda estão solicitando ajuda. No entanto, a demanda está menor, já que as famílias estão em sua grande maioria recebendo o auxílio dos 600 reais que ajudou muitas pessoas em situação de vulnerabilidade.

 O Boletim é atualizado todos os dias automaticamente pelo sistema da Secretaria de Saúde com informações alimentadas pela equipe epidemiológica do município, e é divulgado na página do Facebook da Prefeitura de São Pedro do Sul aproximadamente três vezes na semana.

 

Esta  reportagem integra o Projeto Experimental em Jornalismo que busca aproximar a informação científica da comunidade de São Pedro do Sul, a fim de combater a desinformação e as Fake News por meio da produção de conteúdo com base científica, produzido pela acadêmica Lilian Streb sob orientação da professora Carla Torres.

Imagem de Olga Lionart /Pixabay 

https://medium.com/series/f7c28f749ab0

A página da Agência Central Sul e do blog Noticiência na plataforma Medium.com traz uma série de reportagens sobre a utilização do canabidiol como medicamento em doenças graves como a epilepsia e a esclerose múltipla. As reportagens revelam dificuldade, preconceito, esperança e busca de conhecimento sobre o uso medicinal da cannabis. Marcada pela ilegalidade, para muitos, é o único tratamento possível e depende de autorização judicial para a importação e o uso do medicamento.  Sob orientação da professora Rosana C. Zucolo, a produção é dos acadêmicos da disciplina de Jornalismo Científico, curso de Jornalismo da UFN, e está disponibilizada no Medium para ser acessada tanto pelo computador quanto pelo celular.

 A plataforma Medium

O Medium foi criado em agosto de 2012 pelo co-fundador do Twitter, Evan Williams, como plataforma de publicação de blogs. Hoje ele é considerado um modelo de jornalismo social por funcionar como um híbrido que reúne contribuições de não-profissionais e profissionais pagas. Sem filtros editoriais e outros tipos de intervenções, o usuário publica diretamente seu conteúdo a uma rede diversificada de leitores. A plataforma reúne histórias pessoais, ideias inovadoras e singulares, opiniões sobre temas distintos, todos produzidos por uma diversidade de autores entre os quais estão pessoas influentes, notórias e formadoras de opinião. Diariamente a plataforma entrega e compartilha conteúdos, permitindo também a interação direta com cada autor.

 

Em meio à polêmicas, a homeopatia tem mais de 200 anos. Fotos: Rafael Marques de Bem

As pessoas buscam tratamentos alternativos de saúde que fogem do modelo da medicina tradicional. Algumas preferem buscar seu tratamento em lugares que não possuem relação com a indústria farmacêutica – aquela que abastece as prateleiras com caixas de remédios, comprimidos, ampolas e seringas.

O comprimido ou a pílula são trocados pelo conta gotas de vidro do frasco. Ao invés de ter um sabor doce que serve para disfarçar o paladar do paciente, esse tem um gosto diferente, que lembra uma bebida alcoólica. A homeopatia é uma forma de tratamento médico alternativo que não possui características semelhantes aos tratamentos médicos tradicionais.

Surgida na Alemanha há mais de 200 anos, a homeopatia é uma especialidade médica que possui seu princípio de funcionamento a partir da Lei dos Semelhantes. De acordo com esta lei, uma substância que causa uma doença ou sintomas indesejáveis, quando utilizada sob a forma homeopática produz o efeito de cura numa pessoa que tenha sintomas semelhantes aos causados por estas substâncias. Por exemplo, o que causa mal a alguém “saudável” poderá curar uma pessoa doente. Se um composto sob a forma de veneno causa vômito a uma pessoa, esse mesmo composto quando ingerido em sua versão homeopática (diluído) poderá tratar pacientes com problemas de vômito.

A dose do medicamento homeopático é diluída em escala “infinitesimal”. Estas doses infinitesimais consistem na diluição vigorosa de um medicamento e na dinamização para “despertar” propriedades que estão escondidas na fórmula do composto. Através de triturações, diluições e agitações sucessivas, processos próprios da produção homeopática, os medicamentos tornam-se concentrados.

Medicamentos das farmácias homeopáticas tem grande procura em Santa Maria, RS.

A homeopatia é difundida no mundo todo. No Brasil esta especialidade médica é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina desde 1980 e pela Assembleia Geral de Saúde da OMS (Organização Mundial da Saúde), desde 1977.

A homeopatia em Santa Maria

Em Santa Maria, a homeopatia é produzida em duas tradicionais farmácias homeopáticas: a Souza Marques e a Cruz Vermelha. A Farmácia Homeopática Souza Marques atua neste ramo desde agosto de 1996, com o preparo de medicamentos homeopáticos e especialidades fitoterápicas.

O estabelecimento possui experiência familiar de mais de 80 anos no ramo da homeopatia clássica. Foi fundada pela farmacêutica Maria Magdalena Souza Marques.

A direção da Farmácia Homeopática Souza Marques é de responsabilidade de João Leonorino Souza Marques, 59 anos. O gerente do estabelecimento explica que o medicamento homeopático diferente do alopático, não possui componentes químicos em sua composição. “ O homeopático é preparado a partir dos três reinos naturais, que seriam o mineral, animal e vegetal. Desses reinos é extraído o medicamento homeopático que não agride o organismo em nada e que funciona se utilizado da maneira correta”, explica João Souza.

Já a Cruz Vermelha foi fundada em março de 1926 pelo farmacêutico João da Fontoura e Souza. Dedica-se na produção de medicamentos homeopáticos por mais de 80 anos.

O gerente da Farmácia Cruz Vermelha, Marcelo Beltrame e Souza, 29 anos, neto do fundador do estabelecimento, acredita que tanto o remédio homeopático quanto o alopático são medicamentos que agem da mesma forma no organismo do paciente. “ O que difere a homeopatia da alopatia é somente a composição. No medicamento homeopático você terá fontes naturais de extração do medicamento o que é diferente dos alopáticos que possuem elementos químicos em sua fórmula”, esclarece Marcelo Beltrame.

Pesquisas e polêmicas

Produção de medicamentos homeopáticos.

Algumas pesquisas realizadas apontaram que os efeitos do medicamento homeopático são placebo. Não seria a substância homeopática em si que ajudaria o paciente no tratamento, mas sim a parte psicológica do mesmo, sua fé. Uma das pesquisas mais recentes sobre o uso da homeopatia foi realizada em 2015 pelo Conselho Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da Austrália. Na ocasião foram analisados mais de 176 estudos sobre este tema e ficou comprovado que não há nenhuma evidência confiável a partir de pesquisas em seres humanos.Para o médico clínico geral, homeo-pata e acupunturista, Adair Marques, a diferença entre o medica-mento homeopático do alopático está no seu mecanismo de ação. “ A homeopatia é um tratamento mais energético do que químico. A medida que no medicamento homeopático nós vamos diminuindo a substância material, aumentamos a energia daquela substância no líquido solvente. O tratamento homeopático faz parte do grupo das terapias vibracionais. O mecanismo de ação é através da frequência vibratória do medicamento que fica impregnado na água que nós utilizamos como veículo desse medicamento. Portanto, ele atua mais como medicamento energético reequilibrando a energia vital”, descreve Adair Marques.

Leia a reportagem completa no site do Noticiência. 

Reportagem produzida para a disciplina de Jornalismo Científico.

 

Manuel Calvo Hernando foi um dos maiores jornalistas divulgadores da Ciência. Foto:arquivo

A divulgação científica perdeu um dos seus pioneiros no último dia 16. O jornalista espanhol Manuel Calvo Hernando  faleceu aos 88 anos, em Madri.

O jornalista é autor de mais de 30 livros e centenas de artigos sobre jornalismo científico. Foi vice-presidente da Asociación de la Prensa de Madrid e professor na Universidad CEU San Pablo, em Madri. No ano de 2008  foi homenageado pelo Conselho Superior de Investigações Científicas da Espanha pelo seu trabalho em prol da divulgação da ciência.

Admirador do brasileiro José Reis, esteve diversas vezes no Brasil e influenciou a criação da  Associação Brasileira de Jornalismo Científico (ABJC), reunindo profissionais e acadêmicos, bem como apoiou sua integração na comunidade internacional.

Na Unifra, os acadêmicos do sexto semestre do curso de Jornalismo  numa referência à importância do autor na discussão do jornalismo científico, resgataram parte do seu pensamento em trabalhos de classe reunidos no blog Noticiência. 

 Dez sínteses publicadas no blog  expõem as ideias de Calvo Hernando sobre a relação da imprensa e da ciência, a delicada interface entre jornalistas e cientistas, a questão da divulgação científica precária na América Latina, a discussão sobre a sociedade na Era da Informação, o problema da alfabetização científica e da popularização da ciência, o papel da Internet e o lugar do jornalismo no terceiro milênio. Trata-se de uma pequena parte do pensamento do autor que baliza as metodologias do ensino do jornalismo científico.

A morte de Calvo Hernando foi lamentada por jornalistas e cientistas em todo o mundo, e o seu trabalho continua sendo considerado fundamental ao desenvolvimento do jornalismo científico.