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Colóquio discutiu narrativas audiovisuais de resistência

O Colóquio Narrativas Audiovisuais de Resistência promovido pela TV OVO, ocorreu na segunda-feira,19, na Cesma. O 9º colóquio contou com a participação da roteirista e produtora audiovisual Inês Figueiró, que foi corroteirista do filme Era o

As mudanças na busca constante pela informação

Durante a 14ª Edição do Fórum de Comunicação, realizado pela Universidade Franciscana, Marcelo Silva Barcelos, doutorando em Jornalismo, levou ao público presente uma nova realidade que já nos cerca, com sua palestra “Eu, robô ou robô

Narrativas de resistência é tema de debate. Divulgação TV OVO

O Colóquio Narrativas Audiovisuais de Resistência promovido pela TV OVO, ocorreu na segunda-feira,19, na Cesma. O 9º colóquio contou com a participação da roteirista e produtora audiovisual Inês Figueiró, que foi corroteirista do filme Era o Hotel Cambridge . Outro convidado da noite  foi o realizador audiovisual argentino Axel Monsú, que coordena o Instituto de Artes Audiovisales de Misiones, na Argentina.

A discussão, levantada por Inês,  sobre a resistência nas narrativas audiovisuais, levou o debate para o filme Era o Hotel Cambridge , que conta a história de sem-tetos e refugiados que moram em uma ocupação no centro de São Paulo.  A cineasta falou sobre as gravações do filme, que foram realizadas em um cenário natural,  com moradores interagindo junto a atores. “O processo desse filme é de uma riqueza e de um fazer cinema como uma forma de resistência no sentido de trazer outras possibilidades de fazer”. Para não realizar um filme no modelo capitalista de produção e se conectar com a comunidade, foi preciso 1 ano para conhecer o movimento e construir uma relação com as pessoas.

Axel Monsú, falou sobre as formas das narrativas argentinas e sua construção a  partir de culturas. O realizador  contou que o  Festival de Cinema em Cortos  tem uma abordagem temática na identidade e diversidade cultural e abre espaço para os  produtores missioneiros e das periferias. Eles contam histórias que, normalmente, não irão para as grandes telas.

 

Durante a 14ª Edição do Fórum de Comunicação, realizado pela Universidade Franciscana, Marcelo Silva Barcelos, doutorando em Jornalismo, levou ao público presente uma nova realidade que já nos cerca, com sua palestra “Eu, robô ou robô e eu? – Tecnologias exponenciais e o homem hiperconectado num futuro que já é hoje”.

Na palestra, realizada no dia 14 de agosto, o pesquisador comentou diversos assuntos relacionados à tecnologia, desde a internet das coisas – realidade onde objetos e eletrodomésticos do dia a dia já estão conectados a rede – até um futuro não tão distante das cidades inteligentes.

Já na área da comunicação, não há como deixar de lado a maneira como se buscam as informações. O processo sofreu alterações, desde o jornal impresso, passando pelo rádio, posteriormente a TV, e que hoje busca a instantaneidade pela internet.

Segundo Marcelo, já temos uma nova procura, quando comentou sobre como as assistentes virtuais vem influenciando cada vez mais em nossa rotina. Sistema esse, que é capaz de conversar com seu “dono”, e inclusive lê as notícias diárias.

Na imagem acima, foto dos dois modelos da Alexa, assistente virtual da Amazon
“Alexa”, assistente virtual da Amazon. Imagem: Amazon/Reprodução

Enquanto que o processo de consumir informações por sistemas é algo inovador, por outro lado, gerou muita polêmica ao comentar brevemente sobre redações de jornais que já utilizam robôs, e que em um futuro próximo, os sistemas serão também os produtores das informações.

Para Francis Barrozo, estudante de Jornalismo, chegará ao ponto dos robôs substituírem os jornalistas. Há quem descorde, e diga que isso jamais vai acontecer. O que resta, é esperar o que este futuro tem para mostrar, que como o titulo diz, já é hoje.

Fazenda de oliveiras entre as cidades de Caçapava do Sul e São Sepé, RS. Foto: arquivo/ cedida pela AI da prefeitura de São Sepé.

Devido ao clima e solo propício, o Rio Grande do Sul tem capacidade para produzir azeite extravirgem de alta qualidade. Considerado um alimento essencial na mesa de quem preza uma boa alimentação, o azeite extravirgem cada vez mais cai no gosto dos gaúchos. No município de Pinheiro Machado, localizado a 355 km de Porto Alegre, é produzido o azeite Batalha, focado no cuidado do seu azeite e na beleza das embalagens de suas garrafas. O azeite foi incluído entre os 500 melhores azeites de oliva do mundo, no mais prestigiado Guia Internacional de Azeites, o “Flos Olei” da Itália.   

Na região central do Estado, temos dois exemplos dessa produção. Localizada na cidade de Cachoeira do Sul, desde o ano de 2006, existe a Olivas do Sul Agroindústria Ltda, considerado o primeiro azeite de oliva extravirgem do mercado a ser produzido em escala comercial no Brasil. Além da comercialização do azeite, a Olivas do Sul desenvolve um projeto para o investidor que tem interesse em entrar no ramo da olivicultura. A empresa disponibiliza muda de oliveiras, sem custos e toda a assessoria técnica necessária para o plantio.

Produzido integralmente no Rio Grande do Sul, o Prosperato Premium, foi o primeiro azeite de oliva extravirgem brasileiro a receber a medalha de ouro no New York International Olive Oil Competition em todas as suas edições. Este é considerado o mais importante concurso de azeite de oliva do mundo fora da Europa. Na região, a variedade é plantada e cultivada entre os municípios de São Sepé e Caçapava do Sul. A produção do azeite começou em 2011, no canto de um viveiro da Tecnoplanta, em Barra do Ribeiro. A publicação do Evoowr (Ranking Mundial dos Azeites Extravirgens), que compilou todos os prêmios distribuídos pelo mundo no ano de 2017, colocou o Prosperato Premium como o 83º melhor azeite do mundo, único brasileiro na lista de 253 azeites de todo o mundo.

Rafael Marchetti, um dos sócios-diretores e filho de um dos fundadores da empresa entrou na Tecnoplanta no mesmo ano em que o novo negócio surgiu como alternativa em um período de baixa na indústria florestal. Marchetti fala que está sempre se atualizando e se especializando em cursos de extração e análise sensorial de azeites, fora do país. Ele ainda fala sobre as dificuldades de competir com azeites importados. “Não se compete, primeiro pelo preço, mas também por quantidade. Temos um produto de baixa escala”, comenta ele.

Por ser um assunto novo, talvez o grande desafio dos produtores seja mostrar aos consumidores a gama de possibilidades do produto. O grande diferencial do azeite produzido no Brasil é o frescor, pelo fato de ter o produto mais próximo para o consumo. Para Rafael o segredo é vender direto ao público. Hoje, a empresa conta com 300 hectares próprios, em Caçapava do Sul, São Sepé, Barra do Ribeiro e Sentinela do Sul, que é o plantio mais recente.

Em 2017, a produção final foi de mais ou menos 13 mil litros de azeite, com as vendas iniciadas em março e finalizadas em outubro. Para 2018, Marchetti acredita ficar em torno de 10 mil litros.

Apesar de todas as dificuldades a procura tem sido alta. No entanto, Marchetti é cauteloso. “É uma cultura de longo prazo, não vai começar a produzir logo, nem produzir todos os anos. A oliveira não é assim, em qualquer lugar do mundo ela é demorada. Leva tempo para atingir uma forma adulta e o negócio se tornar mais rentável. Aqui elas dão os primeiros frutos com 3 ou 4 anos, mas não é uma produção comercial ainda, leva tempo, mas lá adiante é recompensador”, finaliza ele.   

*Reportagem  de Fabian Lisboa,  produzida na disciplina de Jornalismo Científico