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Cuidados na reabilitação de queimados

  Nesta terça-feira, na UFN, começou a VI Jornada Interdisciplinar da Saúde. O seminário vai até o dia 23 de agosto e debaterá temas na área da saúde,  como estética e cosméticos. A primeira mesa-redonda tratou

Ciência é Pop é um podcast fruto de um projeto de extensão que busca tornar o conhecimento científico mais acessível ao público em geral, utilizando uma abordagem didática e envolvente para conectar pesquisas acadêmicas com temas do cotidiano. O projeto é coordenado pela professora do curso de Jornalismo Neli Mombelli, e conta com o acadêmico de Jornalismo e bolsista Probex Isaac Brum.

Identidade visual do podcast “Ciência é pop”. Foto: divulgação

A professora Neli destaca que “A ideia do podcast é mapear os projetos desenvolvidos aqui na UFN, tanto de pesquisa quanto de extensão. Selecionamos sete projetos e entrevistamos pesquisadores e alunos para que eles falem sobre suas pesquisas. A proposta é transformar essas entrevistas em um podcast narrativo que explique conceitos complexos, como o uso de nanotecnologia a partir da quercetina para tratar queimaduras. A linguagem acessível é fundamental para conectar o que é estudado com o cotidiano das pessoas, pois a ciência está diretamente ligada a soluções que melhoram nossa vida.”

Atualmente, quatro episódios já foram produzidos. Podcasts novos são lançados semanalmente. O primeiro, disponível no Spotify, aborda um tema ambiental, o uso do plástico PET que, segundo o IBAMA, é descartado em grande quantidade e sua decomposição pode levar em torno de 600 anos. O episódio explora como um grupo de pesquisa da UFN, coordenado pela professora de Engenharia Ambiental e Sanitária, Maria Amélia Zazycki,  está testando o uso do PET como substituto da areia na fabricação de concreto. O projeto busca reduzir o impacto ambiental do plástico e encontrar um novo destino para esse material amplamente descartado. 

O episódio mais recente aborda o tratamento de queimaduras, uma experiência comum e dolorosa. Um grupo de pesquisa da Universidade Franciscana (UFN), coordenado pelo professor Sergio Roberto Mortari, do curso de Engenharia Química, investiga o uso de compostos naturais para tratar lesões causadas por queimaduras, buscando alternativas mais eficazes e seguras para a recuperação.

Isaac destaca como está sendo participar do podcast: “Tem sido uma experiência muito enriquecedora. Estou aprendendo sobre todas as etapas da produção de um podcast, desde a elaboração do roteiro até a prática de uma fala clara e compreensível. Essas habilidades são fundamentais para minha formação profissional.” 

Para não perder nenhum episódio, acompanhe o Ciência é Pop no Instagram @pop.ciencia e no Spotify.

 

Nesta terça-feira, na UFN, começou a VI Jornada Interdisciplinar da Saúde. O seminário vai até o dia 23 de agosto e debaterá temas na área da saúde,  como estética e cosméticos. A primeira mesa-redonda tratou foi Abordagem interdisciplinar no cuidado e na reabilitação funcional de queimaduras, que contou com a coordenação da professora Elenice Spagnolo Rodrigues Martins, da UFN.

Mesa-redonda sobre reabilitação de queimaduras. Foto: Thayane Rodrigues

A criação do CIAVA  – Centro Integrado de atendimento as vítimas de acidentes, fui um dos temas debatidos na mesa-redonda.  O CIAVA surgiu em 2013 e auxiliou no apoio as vítimas do incêndio da boate KISS e opera junto ao HUSM. A criação do centro surgiu pela necessidade de o município ter um atendimento prolongado às vítimas do incêndio da boate e depois para manter os cuidados com especialistas em queimaduras.

O debate apresentou dados surpreendentes, como o número de queimados no Brasil por ano, que já chegou na casa de um milhão de pessoas. O maior número de atendimentos é de crianças de 0 a 10 anos e de pessoas de baixa renda. Somente o  SUS (Sistema Único de Saúde) registrou, em 2016 e 2017, mais de 15 mil atendimentos relacionados a acidentes com queimaduras.

Existem três tipos de queimaduras, classificadas de acordo com a causa. As térmicas são ocasionadas por fontes de calor como o fogo, líquidos ferventes e excesso de exposição ao sol. Já as químicas são provocadas por substâncias químicas em contato com a pele. As queimaduras por eletricidade são provocadas por descargas elétricas. As lesões também são classificadas segundo a profundidade, a de  1º grau atinge apenas as camadas superficiais da pele. As queimaduras de 2º grau são mais graves e atingem as camadas mais profundas da pele, apresentam bolhas e pele avermelhada. O tipo mais grave são as queimaduras de 3º grau, que atingem todas as camadas da pele e podem chegar aos ossos, elas apresentam pouca ou nenhuma dor e a pele branca ou carbonizada.

Texto: Matheus Ferreira