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O impacto crescente das redes socias

Entre os anos de 2020 a 2023, o aumento do uso das redes sociais pela população foi significativo. Durante a pandemia do Covid-19 as pessoas começaram a ter ainda mais contato com as redes sociais

Brasileiros se encontram em uma realidade completamente polarizada atualmente.
Imagem: Portal eventos

O primeiro turno das eleições municipais chegou ao fim nas regiões brasileiras. E como dizia o filósofo pré-socrático Aristóteles, “O homem é por natureza um ser político”, ou seja, a capacidade de se inserir em sociedade e consequentemente participar da vida política consistem em aspectos intrínsecos à existência humana. Segundo ele, seres humanos são seres sociais por essência e a vida política é crucial para a realização plena de suas potencialidades. No momento em que se convive em sociedade, os indivíduos têm a oportunidade de aprimorar suas habilidades, estabelecer laços, vínculos, expor ideais e convicções, além de aprender e buscar conviver da forma mais harmônica possível de modo conjunto.

As disputas de hegemonia são oriundas de uma tarefa política a partir do cotidiano vivido pelos cidadãos que constituem uma determinada comunidade. As iniciativas políticas se fundamentaram perante os inúmeros períodos da história em um conglomerado de ideias e modos de desenrolar as ações dentro da sociedade, sendo assim defendidas e compartilhadas por determinados grupos, materializando-se em dualidades e posições adversas entre partes da população.

Assim, analisando o contexto político brasileiro, quanto mais se aproxima o processo eleitoral, torna-se mais perceptível o fervor mexendo com os comportamentos, discursos e posturas da sociedade brasileira. Cada pesquisa, cada articulação de bastidores, cada discurso exposto por candidatos ou pré-candidatos, traz repercussão nos diversos espaços presenciais e ou virtuais tomados por defesas e posicionamentos eufóricas apaixonadas.

Aliás, o uso de maneira arquitetada e planejada do advento da internet e das redes sociais também têm gerado um reflexo significativo na política contemporânea. A capacidade que o artifício tecnológico tem de impactar o consenso da opinião pública e unir as pessoas em prol de causas de interesse é gigantesca, sobretudo, nos dias atuais.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD) Tecnologia da Informação e Comunicação, publicada em agosto deste ano, 92,5% dos lares brasileiros possuíam acesso a internet em 2023, aumento de 1 ponto percentual em relação a 2022. Ainda de acordo com o Instituto, os idosos também estão cada vez mais conectados com a internet, a porcentagem subiu de 24,7% para 66% das pessoas com mais de 60 anos que possuem acesso à internet no país entre 2016 e 2023. O acréscimo em relação a 2022 foi de 3,9 pontos percentuais. Além disso, nas zonas rurais, o índice de conectividade aumentou de 78,1% em 2022 para 81 % em 2023.

Questões relacionadas ao meio político, que originalmente eram discutidas em ambientes específicos e se restringiam a representantes, membros e entidades formais, hoje estão ao alcance de boa parte da população. Hoje em dia, a internet permite que as pessoas estabeleçam redes de conexões com quem coaduna dos mesmo princípios e posicionamentos sobre as mais diversas temáticas e no caso da política não é diferente. Por isso, essas transformações próprias da era digital sugerem readaptações no modo de se fazer política e, portanto, surge a necessidade de se reinventar para conseguir atingir a população.

É nítido que nos últimos anos a ideologia de direita ascendeu politicamente no Brasil. A capacidade de mobilização popular das lideranças conservadoras é um fenômeno que vêm crescendo a cada ano no cenário político brasileiro, muito por conta da figura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi capaz de despertar identificação na população com seus ideais e posicionamentos, consolidando uma rede de apoiadores em grande escala no país. E sim, as mídias sociais possuem papel fundamental em um cenário político cada vez mais permeado pelas batalhas digitais, onde o engajamento de integrantes da direita prepondera em relação à esquerda.

Essas transformações sugerem readaptações no modo de se fazer política. E parece que as lideranças ligadas à direita souberam se reinventar nesse quesito. Prova disso é que o PL, sigla de Bolsonaro, foi o partido que elegeu o maior número de prefeitos nas 103 maiores cidades do país. A legenda fez dez prefeitos nos principais centros urbanos do país, sendo seguida pelo União Brasil, que fez nove.

Conforme levantamento realizado pela Equipe do Observatório das Eleições 2024, em iniciativa do Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação (INCT IDDC), o percentual da direita para o uso do Instagram conta com 105.190 usuários (49,8%), do Facebook, com 87.421 (41,4%), e do TikTok, com 7.971 (3,8%) e é muito similar ao uso das mesmas redes pela totalidade de candidatos das eleições 2024. O fator determinante para essa semelhança se deve, em partes, ao fato de que a maior parte dos candidatos que têm redes sociais se encontram à direita do espectro político. O centro e a esquerda acumulam, cada um, menos da metade do número de redes sociais quando equiparados aos partidos da direita. O maior uso das redes pela direita é ratificado numericamente nas imagens abaixo.

Candidatos às eleições de 2024 com redes sociais por partido político
Imagem: O Globo
O uso de redes sociais com base no espectro político dos partidos
Imagem: O Globo

Em se tratando do panorama das eleições municipais, além da confirmação de força do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que articulou as chapas e apostou na juventude de candidatos a prefeitos, outras candidaturas apresentaram a possibilidade de alternativas políticas para os eleitores de direita nos grandes centros do país. Aliadas com as pautas da direita, mas não apoiadas diretamente pelo ex-presidente, as candidaturas de Cristina Graeml (PMB), em Curitiba, que acabou indo para o segundo turno, e Pablo Marçal (PRTB) que, apesar de ficar de fora do segundo turno em São Paulo, deixa o pleito com capital de votos para 2026, foram destaques dessa primeira etapa da corrida eleitoral.

É importante ressaltar que nos casos de Curitiba e São Paulo, os postulantes ao pleito que receberam o apoio formal do ex-presidente, Eduardo Pimentel (PSD) e Ricardo Nunes (MDB) terminaram o primeiro turno das eleições na primeira colocação. Em Curitiba, Pimentel, teve 33,51% dos votos válidos, já na capital paulista, Nunes terminou o primeiro turno na primeira colocação com 29,48% dos votos válidos.

Além disso, a direita teve resultados significativos em outros dois grandes centros urbanos do país, como em Belo Horizonte, com Bruno Engler (PL), que ficou na dianteira da disputa com 34,38%, muito impulsionado pela influencia do deputado federal Nikolas Ferreira (PL), que inclusive foi o mais votado nacionalmente nas eleições de 2022, e em Fortaleza, uma das principais capitais do nordeste, com André Fernandes (PL), conquistando um reduto onde historicamente não tinha um quadro favorável.

Para vereador, a sigla também obteve votações expressivas na capital paulista, com Lucas Pavanato, que inclusive foi o vereador mais bem votado do país, com 161.386 votos, e no Rio de Janeiro, com Carlos Bolsonaro, que fez 130.480 votos e foi o segundo colocado no quadro geral para o cargo no país.

Com isso, percebe-se que maneiras de atingir a população adotadas pelas lideranças de esquerda são falhas quando aplicadas no cenário político atual e isso se reflete nos resultados. Claramente existe um distanciamento significativo das lideranças de esquerda no país no que se refere ao diálogo e a comunicação com a população de maneira geral. Por outro lado, é possível inferir que o discurso das lideranças de direita busca seguir uma vertente retórica que abrange questões que vão além da politica de etiqueta e que somados a questão estratégica do engajamento nas redes sociais conseguem adentrar com muito mais impacto na filosofia de vida da população brasileira.

Entre os anos de 2020 a 2023, o aumento do uso das redes sociais pela população foi significativo. Durante a pandemia do Covid-19 as pessoas começaram a ter mais contato com as redes sociais do que antes, pelo fato de não poderem sair de casa. Depois desse longo período, os números só aumentaram e cada vez mais as pessoas continuaram a usar a internet de uma forma necessária para o dia a dia, sendo para realizar tarefas online, trabalho, comprar, entretenimento e comunicação com as pessoas etc.  Hoje em dia, grande parte da nossa rotina é relacionada a tecnologia e as redes sociais.  

Em 2024, o uso das redes sociais teve um aumento significativo no Brasil. Imagem: mLabs.

As redes sociais ocupam um grande lugar no uso da internet pelos brasileiros. Não à toa, são 144 milhões de usuários no país, 1,4% a mais que em 2023. Isso representa 66,3% do total da população. Só nas redes sociais, o público nacional passa mais de 3 horas e 37 minutos por dia, em média, navegando nas redes, sendo para entretenimento, trabalho ou até mesmo compras.  

Dentro das redes sociais, percebe-se o enorme potencial do conteúdo on-line para as marcas. Como informa o relatório, 42,3% dos usuários dessas plataformas as utilizam para encontrar produtos visando à compra.  O Instagram se destaca como a rede social favorita para 35,9% dos brasileiros, nela se tem a possibilidade de olhar vídeos, fotos e ainda realizar comprar, nas lojas com perfil na rede social. Em seguida, vêm o WhatsApp (33,6%), TikTok (8%), Facebook (7,7%) e as demais. O Youtube tem um grande potencial na internet, além de ser uma plataforma antiga, ela segue alcançando grandes números entre a população, sendo um público de 142 mil pessoas.  

O gráfico abaixo mostra o número de uso de aplicativos no Brasil em 2024.

Produção própria. Fonte: Chatfuel, Negócios SC, CyberClass, Rock Content.

Matéria produzida na disciplina de Linguagem das Mídias, no primeiro semestre de 2024, sob supervisão da professora Glaíse Bohrer Palma.

A Casa de Memória Edmundo Cardoso oferece uma oficina gratuita sobre Como usar a Internet: Redes Sociais e Serviços de Streaming no próximo dia 19 de abril, terça-feira, das 14h30 às 16h30. A oficina ocorre como parte das comemorações pelos vinte anos de existência da Casa e tem como facilitadores Bruna Rodrigues, Gabriel Leite e Matheus Meller. São ofertadas 20 vagas e as inscrições podem ser feitas pelo e-mail aacasamemoriaedmundocardoso@gmail.com ou pelo telefone e whatsapp 55.99972.1504. Cada participante deverá levar seu celular ou notebook no dia da oficina, que será realizada no auditório Cláudio Cardoso, que fica na rua Pinheiro Machado, 2712, em Santa Maria.

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay.

Não é de hoje que a popularidade das mídias online dissemina-se nos mais diversos espaços sociais. A partir de seus objetivos de aproximação entre indivíduos, o papel da comunicação torna-se peça fundamental no algoritmo deste recurso. Através dele, formulações estatísticas e operações digitais cresceram constantemente no ano de 2020 que, surpreendido pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), fez com que o público buscasse adaptação e interatividade neste âmbito.

Sabe-se que, além da relevância comunicativa encontrada nas mídias digitais, principalmente no período pandêmico, o contato estabelecido nas inter-relações fortifica-se diante desta ferramenta. Exemplo disto pode ser visto por meio da capacidade noticiosa tanto local, como nacional e internacional, assim como a conectividade entre perfis nas plataformas como Instagram e Facebook.

Um estudo realizado pela consultoria Kantar aponta que, em 2020, o uso do Whatsapp cresceu em torno de 76%, em escala global, quando comparado ao ano anterior. O mesmo vale para o Instagram que, por meio de uma apuração realizada pela Reuters Institute Digital News Report 2020, deu um salto de 3% a 36%, de 2014 até 2020. Estatística esta que destaca o crescimento da interatividade virtual, especificamente em 2019 e 2020. 

No mais, atribui-se uma referência ao Instagram, que consideravelmente tornou-se a rede social mais popular no Brasil, até 2019. Conhecida por conectar bilhões de pessoas simultaneamente por meio dos recursos e acessibilidades encontradas, a plataforma cresce mais do que qualquer outro aplicativo (em escala anual), com o contato entre usuários de diferentes países.

Amanda Beltrame finalizou o ensino médio em 2020 e participou de um evento para jovens lideranças nos EUA. Imagem: arquivo pessoal.

Exemplo disto pode ser citado entre jovens que, nos dias de hoje, encontram-se altamente engajados neste ambiente. Amanda Beltrame, de 17 anos, finalizou o ensino médio no colégio Riachuelo em 2020, em Santa Maria.  Sua conta no Instagram, @amandabbeltrame, agrega mais de 1.500 seguidores, os quais refletem vivências pessoais da jovem, vinculadas às relações internacionais na composição de seu perfil. A estudante comenta que o objetivo de sua rede social, até então, é para uso pessoal, sem aspectos comerciais.

Em 2019, Amanda participou de uma conferência internacional, com jovens de mais de 145 países. Com o nome de Global Young Leaders Conference (GYLC), o evento promoveu o encontro, que ofereceu uma experiencia na troca de ideias e técnicas comunicativas. “Foi algo bem desafiador, mas o tempo que passamos em contato fez com que nos adaptássemos a novos hábitos e comportamentos linguísticos”, afirmou Amanda. Segundo a jovem, após o fim do encontro, ficou nítida a importância do diálogo e do saber dialogar nas entrelinhas e em diferentes ambientes. “Pude notar como o ato de comunicar-se é essencial. Todos temos conhecimentos e vivências distintas, o que torna gratificante ter tido esta oportunidade”, reiterou.

Ligado ao evento, ela destaca o grau de amplitude na relação interpessoal, proporcionada pelo ambiente web. Amanda comenta que, mesmo que hoje ele não fale tanto com seus colegas de viagem, em decorrência da pandemia, as mídias sociais são os laços que tornam a ligação ainda possível: “A rede social é o pilar da comunicação e o que deixa este contato vivo. Ela segue tomando grandes proporções com o passar do tempo, o que consequentemente proporciona momentos ótimos entre as pessoas”.

Fica perceptível o nível de interatividade online e os laços formados virtualmente, construídos pelo diálogo. Fatores estes que, permeados pelo compartilhamento de informações,  contribuem para o enraizamento de vínculos estabelecidos pelo avanço tecnológico.

Vini Guasso usa as redes para divulgar seu trabalho como DJ. Imagem: arquivo pessoal.

Além do uso das redes sociais para interatividade e entretenimento, esses meios também são utilizados para a divulgação de trabalhos pessoais, como é o caso do estudante, que finalizou o terceiro ano do Ensino Médio no Colégio Marista Santa Maria, Vinicius Guasso. Vinicius, de 18 anos, é DJ e divulga seu trabalho através da plataforma do Instagram, em @viniguasso, onde possui cerca de 2.000 seguidores. 

Ele conta que para ter uma boa comunicação com seus seguidores, aposta na apresentação do seu perfil, como uma vitrine, onde compartilha fotos pessoais e de trabalhos já realizados por ele. Vinicius conta também que no início do período pandêmico, em meados de março, a interatividade com seu público aumentou porque a maioria das pessoas passaram a usar as redes sociais com mais frequência, porém a comunicação foi perdendo força com o tempo. “Na minha visão, agora as coisas estão voltando mais ao normal’’, comenta. 

Como forma de manter o engajamento durante a pandemia, Vinicius relata que foi convidado para participar de um grupo online onde outras pessoas que também trabalham no ramo musical se apoiam dando audiência e visibilidade nas redes sociais. “Um amigo me convidou para participar de um grupo onde há 80 pessoas que interagem sobre a profissão de DJ, de todo o Brasil, inclusive com grandes nomes. Então, os integrantes do grupo devem curtir, salvar e compartilhar as postagens um do outro para garantir o engajamento. Eu acho que isso tá me ajudando agora no final’’, explica. 

Ainda com relação a comunicação nas redes sociais, o estudante afirma que houve um aumento significativo da disseminação de informações na internet, que fez com que as notícias falsas também aumentassem. Para ele, é necessário um maior cuidado por parte das pessoas que compartilham conteúdos na internet, a fim de manter uma relação benéfica para todos no mundo virtual. 

Júlia tem mais de 10.000 seguidores no Instagram. Imagem: arquivo pessoal.

Júlia Emanuelli, 17 anos, que também finalizou o ensino médio em 2020, criou uma conta no Instagram com intuito de divulgar um trabalho pessoal. Em 2017, começou a publicar as maquiagens que produzia. Porém, o perfil  @juliaastt cresceu, e hoje conta mais de dez mil seguidores. Os assuntos também ampliaram, e, atualmente, Júlia elabora conteúdo sobre autocuidado, autoestima e moda. 

A estudante afirma que a partir do perfil no Instagram foi possível desenvolver habilidades comunicativas, como a fala e a escuta. Apesar da insegurança no início, Júlia passou a entender que se as pessoas estão dispostas a ouvir e a interagir, então, ela deve continuar nesse caminho e utilizar a voz que tem nas redes sociais para promover algo positivo. 

Além disso, Júlia também declara que para transmitir uma mensagem precisa de uma ponte: “A comunicação e o diálogo são as bases de tudo, seja nos relacionamentos pessoais ou com o público do Instagram”, aponta a estudante. Júlia ainda entende que as plataformas digitais possibilitam e facilitam essa comunicação, assim como, são capazes de ampliar o conhecimento. 

Stéphane Powakzuk, mais conhecida como Teka, é jornalista e trabalha com redes sociais há oito anos. A trajetória como Digital Influencer começou quando participou de um concurso de beleza plus size. A partir desse momento, Teka, que sempre compartilhou dicas de moda, beleza, e mais recentemente saúde, ganhou seguidores e conseguiu parcerias com várias marcas. “Meu objetivo é inspirar mulheres para que elas não deixem que o peso seja um fator determinante para a felicidade”, relata Teka. Hoje, o perfil da jornalista @tekapowaczuk conta com mais de 19 mil seguidores.

Teka é jornalista e trabalha como redes sociais há 8 anos. Imagem: arquivo pessoal.

O percurso de Teka como Influencer acompanhou a evolução das redes sociais. Antes do Instagram, ela já produzia conteúdo para blog, fotolog e fanpage e afirma que o curso de Jornalismo foi fundamental nesse caminho. Para Teka, as disciplinas práticas do curso, assim como, o trabalho com a Rádio foram essenciais para desenvolver habilidades comunicacionais nas redes sociais. 

Além disso, a jornalista sempre procurou se manter atualizada sobre as redes sociais, tanto por meio do estudo do plataforma do Instagram, quanto pela realização de um MBA em Mídias Sociais. Teka entende que para expandir um perfil no Instagram é necessário fazer pesquisas para compreender os nichos e o público-alvo. Por fim, deixa um conselho: “Sejam verdadeiros. Estudar os conteúdos e pensar o que você quer oferecer para o público é uma forma inteligente para crescer, e demanda muita dedicação!”.

Texto produzido pelos acadêmicos de Jornalismo Gianmarco de Vargas, Laura Gomes e Lavignea Witt.

Foto: divulgação
Foto: divulgação

No último sábado, 28 de março, a segunda sessão do espetáculo ‘Say Hello para o Futuro’, do Teatro Por Que Não?, lotou a sala do Espaço Cultural Victorio Faccin, a qual tem capacidade para 90 pessoas. A peça, que conta com quatro atores, atraiu público de todas as idades e teve duração de, aproximadamente, duas horas. As cenas abordaram o tema Redes Sociais e Tecnologias, além das expressões mais usadas na internet, como selfie, hashtags, ‘curtidas’, ‘cutucadas’, entre outros.

O diretor do espetáculo, Felipe Martinez, 26, formado em Artes Cênicas pela (UFSM) Universidade Federal de Santa Maria, mencionou que a ideia do espetáculo surgiu a partir de relatos e vivências dos próprios atores e dele mesmo. “Queríamos fazer algo independente já que todas as peças anteriores tinham parceria com a UFSM. Esse foi o primeiro espetáculo feito totalmente fora da Universidade, no qual todos os atores já estão formados”, conta.

A partir de brincadeiras e conversas sobre as relações nas redes sociais surgiu o tema do espetáculo. Antes dos ensaios, os atores pesquisaram sobre o assunto e começaram a juntar materiais e perfis de pessoas que se destacavam na internet, além dos próprios perfis deles.  Além disso, queriam algo mais dinâmico, sem início, meio e fim – por isso as inúmeras cenas isoladas. Martinez relata que o grupo pretende atualizar as cenas ao longo do ano, para mais apresentações, já que a internet evolui rapidamente. “O tema Redes Sociais e Tecnologia proporciona liberdade para inserir novos assuntos e excluir alguns, caso fiquem ultrapassados”, destaca.

Segundo o diretor, conforme o espetáculo é apresentado, ele tem a ideia de como o público o recebe e o quanto atrai a atenção. Nesta edição, eles ficaram impressionados com o grande número de expectadores e como se identificaram com as cenas. Prova disso, foi a reapresentação, a qual foi realizada devido a grande procura. “Muita gente não conseguiu entrar na primeira sessão. Isso nos levou a programar uma nova data a fim de atender o público”, relata.

A atriz Juliet Castadello, 24, destaca que o roteiro foi criado e escrito durante os ensaios. Muitas cenas eram improvisados e inspiradas tanto na vivência dos atores, quanto nos perfis das redes sociais. Ela conta que a estreia foi no dia 1º de março, na comemoração de 5 anos da companhia. “Em janeiro os ensaios foram intensificados. Criamos a estrutura do espetáculo e a ordem das cenas, todas ligadas pela temática da internet e com diversos personagens”, explica.

Na companhia, os atores compartilham aulas de encenação. A direção enfatiza que o objetivo das aulas é compartilhar experiência com quem pretende começar a atuar ou tem curiosidade. Logo, o curso não é profissionalizante.

A Companhia’Por que Não?’ vai se apresentar no Teatro 13 de Maio, sem data definida. Para saber mais sobre as próximas sessões acesse: na página do grupo e no site.