Nesta terça- feira, 01/06, o curso de jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) realizou sua segunda live no Instagram @jornalismoufn, e o convidado foi o jornalista investigativo e escritor Ricardo Fontes Mendes. Mendes tem 33 anos de
“Eu não sou uma boa pessoa. Não digo bom dia quando me cumprimentam. Eu também não dou atenção a velhinhos com dificuldades de atravessar a rua e a cegos de bengala diante de um poste. Sou desagradável,introvertido,
A Agência CentralSul de Notícias faz parte do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) em Santa Maria/RS (Brasil).
Nesta terça- feira, 01/06, o curso de jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) realizou sua segunda live no Instagram @jornalismoufn, e o convidado foi o jornalista investigativo e escritor Ricardo Fontes Mendes.
Mendes tem 33 anos de carreira, é jornalista Amigo da Criança pela Unicef, ganhou duas vezes o Concurso Nacional Tim Lopes de Jornalismo Investigativo e colaborou com as principais empresas de comunicação do país, como a Editora Abril, Folha de S. Paulo, Rede Globo, Rede Bahia e Grupo A Tarde.
A live abordou questões como a cobertura midiática das últimas manifestações, a distinção entre os diferentes grupos midiáticos, a adequação da área ao novo cenário, a mídia independente nesse novo contexto e, ainda, sobre jornalistas e veículos de mídia que desenvolvem bons trabalhos na área do jornalismo investigativo.
Ricardo Fontes Mendes, com uma longa carreira no jornalismo investigativo, comenta que atualmente quem faz um excelente trabalho na área é o jornalista Caco Barcellos, com seu programa Profissão Repórter. O programa conta não só com o experiente jornalista, mas também com jovens que estão iniciando na profissão. Mendes comenta que é fundamental esse trabalho de jovens e as universidades possuem um papel fundamental na formação das novas gerações da profissão.
Ao ser questionado sobre as manifestações da última semana, o jornalista comentou ser preocupante, pois não houve a devida visibilidade pelo impacto dos acontecimentos no sábado. Ressaltou também que a mídia nacional pecou na cobertura das manifestações e os jornais internacionais realizaram um bom trabalho. “É uma distância abissal”, afirma Mendes.
Ao falar sobre a mídia independente, o jornalista afirmou que ela é mais robusta e possui mais acesso a conteúdos de perspectivas diferentes. Para ele é fundamental, pois o jornalismo está diante de um novo paradigma e a sustentabilidade é um dos seus eixos.
O vídeo está disponível no perfil do curso de jornalismo da UFN, via IGVT. Para acessar, clique aqui.
Texto produzido por Lucas Acosta e Vitória Gonçalves, da ACS.
“Eu não sou uma boa pessoa. Não digo bom dia quando me cumprimentam. Eu também não dou atenção a velhinhos com dificuldades de atravessar a rua e a cegos de bengala diante de um poste. Sou desagradável,introvertido, mal-humorado. Acho os outros um problema e não gosto do cheiro de água com gás que eles têm. Por isso prefiro trabalhar em casa. Assim não tenho que entrar no elevador e conversar sobre o tempo.”
O trecho é do primeiro conto do livro ” Para onde os gatos vão quando dormem?”, escrito pelo jornalista baiano e editor do jornal A Tarde, Ricardo Fontes Mendes.
O livro reúne seis contos em que as mudanças e o inesperado marcam momentos definitivos na vida dos personagens. Entre texto inéditos e reeditados as narrativas de Para onde os gatos vão quando dormem, A Morte de Zuleica Martan (Prêmio Ignácio de Loyola Brandão), Salvator Mundi, Mangue, Território Livre de Duquesa e Caminho para Varanasi, contam estórias que remetem à introspecção de um homem e seu gato, ao presidente João Goulart, cangaceiros, agentes da CIA, um caranguejo, a Coluna Prestes, uma debutante suicida e um sobrevivente do tsumani no Japão e às às contradições da descoberta de uma Varanasi cheia de cores.
É o quinto livro do jornalista que já recebeu o Prêmio Nacional de contos Ignácio de Loyola Brandão em 1993 pelo conto A morte de Zuleica Martan, e está preparando o sexto para ser lançado em breve.
Para onde os gatos vão quando dormem está à venda em ebook e edição tradicional, em papel, na Amazon EUA e Europa.
Ricardo Fontes Mendes já esteve diversas vezes na Unifra, a convite do curso de jornalismo. Além da atividade de escritor, Mendes é um especialista em convergência de redações. Durante seus 26 anos de carreira, ganhou por duas vezes o Concurso Nacional Tim Lopes de Jornalismo Investigativo promovido pela ANDI, com apoio da World Childhood Foundation (Suécia) e do Fundo das Nações Unidas para Infância e Juventude, e colaborou com algumas das principais empresas de comunicação do Brasil, como Editora Abril, Folha de S. Paulo, Rede Globo, Rede Bahia e A Tarde.
Book-trailer: Para onde os gatos vão quando dormem, do jornalista Ricardo Fontes Mendes.
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