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Saguão da Unifra

XVI InLetras: 25 pôsteres no saguão 15 da Unifra

Troca de conhecimento, aprendizagens e reconhecimento dos trabalhos foram características marcantes da quinta-feira,24, de forte calor, no turno da tarde, no saguão do prédio 15 da Unifra. A partir das 17:00  várias pessoas tiveram a oportunidade de

Foto; Luis Ricardo.

Troca de conhecimento, aprendizagens e reconhecimento dos trabalhos foram características marcantes da quinta-feira,24, de forte calor, no turno da tarde, no saguão do prédio 15 da Unifra. A partir das 17:00  várias pessoas tiveram a oportunidade de apreciar os 25 pôsteres do  seminário interdisciplinar PIBID ( Programa institucional de bolsa de iniciação a docência) na Unifra.

Interpretar e não decorar os poemas são aspectos fundamentais para o processo de aprendizagem. Ter um olhar estético para a poesia é fundamental, ainda mais quando se está no segundo ano do ensino médio. Essa foi a percepção de Tiago Pereira, 25 anos, acadêmico do curso de letras do Centro Universitário Franciscano. Ele apresentou o seu trabalho do gênero poesia: Resgate da leitura e sensibilidade do discente.“O objetivo principal do projeto foi familiarizar os estudantes do ensino médio com o gênero poesia, por meio da leitura e produção textual”, conta Tiago.

Trabalhar com a cultura gaúcha e saber mais sobre os acontecimento gauchescos  é crucial para Thaís Costa, 22 anos, estudante de Letras da Universidade Federal de Santa Maria. A  acadêmica estudou dois dicionários: Regionalismo do Rio Grande do Sul, de Zeno Cardoso Nunes e Rui Cardoso Nunes, 1984 e o dicionário Gaúcho Brasileiro, de João Batista Alves Bossie , 2003. “ Estou em busca de autores que tentam explicar sobre a Revolução Farroupilha. Por que os  autores não falam sobre o acontecimento que foi extremamente importante?”, questiona. Ela explica também que no ano passado fez no seu projeto de estágio um minidicionário com alunos do ensino médio com a finalidade de desconstruir os discursos e mostrar que o glossário é incompleto.

Foto: Luis Ricardo

Com o tema o sujeito na experiência no ensino e questionando o capitalismo. Rodrigo Carlan, 30 anos, está no segundo semestre do mestrado em Letras do Centro Universitário Franciscano. Formado em psicologia, Rodrigo, traz a perspectiva  de dois autores Jorge Larrosa e Slavoj Zizek. “ Para ter sentido na vida precisamos praticar o capitalismo. De acordo com Slavoj, há o processo chamado de zumbificação, uma vez que o sujeito não experiência nada. Já na percepção de Larrosa o ensino só tem sentido quando há o desapego das relações virtuais e vivenciá-las de forma real não é possível”, explica o estudante. Questionar o quanto o capitalismo atravessa o sujeito, é um dos motivos que faz, Carlan, acreditar que o ensino é uma saída para isso.

Para Ernest Cadet, 28 anos, acadêmico de Filosofia do Centro Universitário Franciscano, o principal foco do seu projeto é a inclusão social e também ressalta que todos somos iguais em nossas diferenças. Ele conta também que ocorreram atividades experimentais para alunos da escola estadual Padre Rômulo Zanchi. Essas atividades consistiam em bastantes oficinas, como por exemplo, vôlei, corrida para cegos e também jogos paraolímpicos. ‘’ Essa experiência foi muito boa para nós e para eles. Pudemos entender a necessidade que um deficiente físico passa, queremos que as pessoas que não tem deficiência vejam essa dificuldade, fazer com que elas também entendam a importância da inclusão social’’, explica Ernest.

Saguão do prédio 15 da Unifra. Foto: Andressa Rodrigues, Labfem.

Entender quais são as visões que o homem constrói em   seus discursos sobre o tempo é   de muita importância para Patricia Inês, acadêmica do curso de Letras. Ela conta que, segundo sua pesquisas em jornais locais, a relação do homem com a natureza é de um aspecto negativo. ‘’ No momento em que uma pessoa ler uma reportagem e a natureza tiver representada de forma negativa, inconscientemente essas palavras vão afetar essa pessoa e ela vai transmitir isso para outra. A língua então é condicionadora de opinião’’, afirma a estudante.

Elisandra Aguirre, 36 anos, faz parte do curso ‘’Além da visão’’, da Universidade Federal de Santa Maria, no qual ela é professora e dá aulas de espanhol para alunos cegos. Esses alunos  vão servir de objeto de estudo em sua pesquisa sobre a intertextualidade da produção escrita. Essas aulas tem duração de um ano, e depois os alunos passam para uma fase mais avançada do curso. Todos precisam ter computadores adaptados em braille e os professores utilizam muito a oralidade. O Skype e o WhatsApp são as principais ferramentas para lecionar esses alunos.

Das 18:30 até 21:30, no Salão de atos do conjunto 13 foi discutido o tema ensino e formação docente. Esse foi o XVI Inletras I Siel XVIII PIBID que começou no dia 22 de agosto. Ao todo foram 9 oficinas ofertadas com 30 vagas disponíveis para cada seminário.

 

Por: Felipe Monteiro e Luis Ricardo Kaufmann da Silva