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Recomendação Cultural: ‘Watchmen’

A recomendação cultural desta semana é para quem curte ver um filme não tão recente, lançado há alguns anos, que está lá esperando para alguém descobri-lo! Ou para quem gosta de filme com super-heróis adultos, não

Hora de marchar contra os bobalhões

Se existe uma coisa que exerce um fascínio em qualquer pessoa, independente de faixa etária e situação socioeconômica, são os super-heróis. Quem nunca quis dar uma voltinha na armadura do Homem de Ferro, achou que ganharia

A recomendação cultural desta semana é para quem curte ver um filme não tão recente, lançado há alguns anos, que está lá esperando para alguém descobri-lo! Ou para quem gosta de filme com super-heróis adultos, não um clichê de vilão e herói, mas com uma abordagem que provoca a reflexão. Este é o motivo pelo qual Patrick Salgado, estudante de Design, admira esse filme.

Patrick gosta de filmes com super-heróis e, especialmente, Watchmen, que traz uma problematização de questões reais. (Foto por: Viviane Campos/Laboratório de Fotografia e Memória)
Patrick gosta de filmes com super-heróis e, especialmente, Watchmen, que traz uma problematização de questões reais (Foto: Viviane Campos/Laboratório de Fotografia e Memória)

“Eu indico o filme Watchmen porque ele conta uma história de super-heróis diferente das que são produzidas atualmente – em sua maioria infantis. O filme vem de uma adaptação de uma história em quadrinhos para maiores de 18 anos, tem uma história por trás, como seriam as pessoas se elas fossem super-heróis. O filme conta a história de sete vigilantes que trabalham pro governo americano. Eles vão para guerras, um deles tem problemas com drogas e alguns se envolvem com armas nucleares. Tem muita ação”.

 

158847143_df3a24Sinopse:
A história de Watchmen é situada em 1985, numa realidade alternativa onde super-heróis existem. Richard Nixon é presidente pela terceira vez e as tensões entre os Estados Unidos e a União Soviética estão mais fortes do que nunca. Enquanto isso, o vigilante Rorschach, ao investigar o assassinato do ex-vigilante Edward Blake, desconfia de que alguém quer matar heróis mascarados. Rorschach alerta todos os ex-vigilantes da morte de Edward Blake e do possível assassino de heróis e poucos dias depois tentam matar Ozymandias (ex-vigilante), Coruja e Espectral. A versão do diretor inclui a cena dos quadrinhos onde um ex-homem minuto, Edward Blake, O Comediante, é assassinado. Os Minutemen, ou homens-minuto, eram heróis da década de 1940 que foram obrigados a revelar suas identidades para o governo, deixando de ser heróis. Outra parte muito importante da história é sobre as relações de Dr. Manhattan e Espectral 2. Eles, em 1985, têm um relacionamento, porém Espectral, depois de uma briga deixa dr. Manhattan e esboça um novo relacionamento, dessa vez com Coruja. Antes do relacionamento com Espectral, Manhattan já tinha um relacionamento sério. A trama, apesar de ser em um ambiente muito fictício e futurista, é considerada muito realista, por tratar de assuntos sérios da época e por ter uma narrativa cruel e sem medo de censura.
Ano: 2009
Diretor: Zack Snyder.

Idealizadores da “Super Marcha Contra os Bobalhões”: Gabriel Schirmer, Bruno Medeiros e Lucas Guillande. Foto: Divulgação.

Se existe uma coisa que exerce um fascínio em qualquer pessoa, independente de faixa etária e situação socioeconômica, são os super-heróis. Quem nunca quis dar uma voltinha na armadura do Homem de Ferro, achou que ganharia superpoderes após ser picado por uma formiga ou dormiria melhor ao avistar o “Bat-sinal” no céu que atire a primeira pedra, já que Thor é o único que consegue empunhar o “Mjölnir”, seu martelo mágico.

Foi partindo dessa ideia que o designer Bruno Medeiros, 27 anos, o publicitário Lucas Guillande, 28, e o estudante de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Franciscano, Gabriel Schirmer, 19, decidiram pôr a mão na massa para fazer um Dia das Crianças mais que especial em Santa Maria: a “Super Marcha Contra os Bobalhões”.

A ideia da Super Marcha surgiu há algum tempo ao acompanharem ações de marcas e entidades, e por gostarem muito da temática de super-heróis. Então, em 2014, decidiram fazer algo que envolvesse a cidade e também fosse um evento coletivo, desde a organização até o público presente no dia. “O Dia das Crianças caiu como uma luva pois é uma data em que a família inteira se prepara, é feriado e caberia perfeitamente no resgate das referências que já tínhamos para criar um evento temático, porém original”, complementa Guillande.

A pré-produção da ação foi resultado de um brainstorm, uma dinâmica de grupo, onde Medeiros, Guillande e Schirmer acabaram se questionando: qual será o motivo dessa marcha? “Contra os Bobalhões” foi a resposta, na tentativa de dar sentido para a ação, e evitar mudar o nome de um ano para o outro, caso tudo aconteça conforme o esperado.

“Os Bobalhões são as pessoas que atrapalham o desenvolvimento infantil, pois nem só os pais influenciam as crianças. (…) São aqueles que dão maus exemplos, praticam bullying, são irresponsáveis com os filhos, não se importam com trabalho infantil ou abstinência escolar, etc.”, elucida Guillande.

E qual a solução para combater esses bobalhões? “Ocupar a cidade, proporcionando um maior convívio entre as diferentes faixas etárias além de dar toques sutis sobre os direitos das crianças e educar de forma quase subliminar pelo bom exemplos dos super-heróis que são eu, você e todo mundo que estiver junto no dia 12 de outubro”.

Os organizadores trabalham na mesma empresa, que acabou virando o QG (Quartel General) da Super Marcha. Lá eles usam parte do tempo e dos equipamentos de trabalho para preparação do evento. Com toda essa comoção no ambiente, o trio passou a contar com outros super-heróis engajados, com suas super habilidades: o “Titânico” Diogo Gonçalves (programador e T.I.), o “Mega” Gustavo Guerra (cientista da computação), o “Power” Márcio de Lima (programador), o “Imbatível” Carlo DeMoraes (designer), o “Ultra” Paulo Vissotto (administrador), o “Hiper” Eduardo Rodrigues (auxiliar administrativo) e a “Incrível” Simone Silva (auxiliar administrativa), totalizando dez pessoas no processo inicial da Marcha.

“Sem eles, o site e as artes não estariam tão legais, tampouco a fomentação alcançaria o nível que está alcançando. Cada um ajuda como pode, e cada um ajuda muito”, diz Lucas Guillande.

E o apoio não está restrito ao QG: eles contam com apoios, parcerias e patrocínios de empresas importantes da cidade e da Secretaria de Comunicação e Programação Institucional. “O apoio da Prefeitura é essencial, pois é através dele que conseguem contatos para otimizar o dia, como decorar o parque e garantir a passagem da marcha, por exemplo, e também para escolas municipais e projetos apoiados pela cidade participarem, tanto com atividades quanto levando os alunos para o evento”, enfatiza.

 A aceitação do público está muito boa e as pessoas se mostram empolgadas quando um deles comenta sobre a Super Marcha. Porém, Lucas salienta que precisam da mesma empolgação do público no dia, participando. É por isso que graças à toda divulgação que a Marcha vem recebendo na imprensa local através das reportagens, o público na página do Facebook aumentou e a equipe de voluntários empolgados com a ideia vem crescendo. Todos que entraram em contato para ajudar abraçaram a causa e ajudam como podem. Quem chega com ideias prontas, a mesma é analisada antes de ser posta em prática a fim de respeitar o universo infantil. Até quem chega sem muita ideia tem espaço, destaca o entrevistado.

“Ajudamos a desenvolver algo ou deslocamos para ajudas pontuais como produzir alguns acessórios e também para o dia do evento, como ensinar brincadeiras e ficar de olho na criançada”.

A visão dos “Super” com relação à marcha é tão positiva que acreditam que será que nem Carnaval: o evento mal acaba e já começam a planejar o próximo. “Se a primeira edição está saindo do ‘Espaço Sideral’ (ou seja, do nada) e está dando certo, imaginamos que a próxima, com meses de planejamento e parcerias firmes, será ainda mais super! É por isso que precisamos que a Super Marcha Contra os Bobalhões seja um sucesso: é um presente à cidade, um grande salve à infância e uma ótima maneira de fazer os adultos relembrarem seus personagens favoritos, brincadeiras e a importância da inocência infantil”, finaliza Lucas.

Já decidiu qual será seu alter ego e seu superpoder para ajudar a melhorar a infância? Opções não faltam, com certeza, e você pode criar seu próprio super-herói com poderes super bacanas. O que não vale é ser um bobalhão e perder essa grande oportunidade de mostrar como se faz o bem, sabendo exatamente a quem. Para mais informações sobre a marcha, programação e como ser um voluntário, acesse:

Site: http://www.supermarcha.com.br/

Facebook: www.facebook.com/SuperMarcha

Evento: https://www.facebook.com/events/817911198261613/

Logo Marcha Data: 12 de outubro de 2014

Horário: a partir das 14h

Saída: Praça dos Bombeiros

Chegada: Parque Itaimbé

Mapa: clique aqui para visualizar

Programação:

  • Adaptação para o universo clownesco de “Romeu e Julieta”, pela Cia. Retalhos de Teatro. A apresentação faz parte da Mosaico Mostra Artística;
  • Oficina de desenho* com Bruno Medeiros;
  • Projeto “Lenços Solidários”: arrecadação de lenços e capas de super-herói (que forem de serventia) para serem doadas posteriormente às pessoas que estão passando por tratamentos contra o câncer, por Susy Vicentini e Melissa Schmitt;
  • Banca de explicações lúdicas sobre escovação e cuidados dentários, idealizado por um grupo de dentistas locais, organizada pela Dra. Shana Pase;
  • Brincadeiras puxadas por voluntários.

OBS: até o fechamento da matéria, essas eram as atrações confirmadas. Programação sujeita a modificações até a data do evento.

 * A oficina espera confirmação do número de participantes e voluntários para auxiliar o ministrante.

 Por Bibiana Campos, para a disciplina de Jornalismo Online