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Comércio em torno da Unifra muda em dia de vestibular

Com o Vestibular Unifra há grande movimento de estudantes, professores, cursinhos, familiares dos candidatos, e  a rotina dos comerciantes próximos à Unifra também muda. A demanda de águas, lanches, almoços, chocolates e, até mesmo canetas, é

Coordenador do vestibular da Unifra fala sobre o processo seletivo

O vestibular do Centro Universitário Franciscano 2018 está transcorrendo de maneira tranquila e o professor Adilção Beust, um dos coordenadores do vestibular, avalia com satisfação a movimentação até agora. ACS- Como o vestibular está ocorrendo? Houve

Com a palavra, a pró-reitora Solange Fagan

Além dos cursos de graduação ofertados – 33 no total – o Centro Universitário Franciscano oferece também 20 especializações. Para esclarecer a atual situação e andamento desses Cursos, Solange Binotto Fagan, a pró-reitora de pós-graduação, pesquisa

Professores dão dicas para os vestibulandos da UNIFRA

Faltavam poucos minutos para a abertura dos portões,quando conversamos com alguns professores dos cursinhos locais de Santa Maria, para saber como é a preparação pré-vestibular. Serão 4 horas de prova única, com 50 questões objetivas mais

Com o Vestibular Unifra há grande movimento de estudantes, professores, cursinhos, familiares dos candidatos, e  a rotina dos comerciantes próximos à Unifra também muda. A demanda de águas, lanches, almoços, chocolates e, até mesmo canetas, é disparada. Tal movimento traz lucros aos comerciantes que abrem os estabelecimentos em horários alternativos e recebem pessoas de diferentes lugares do país.

Leandro Boerto administra junto aos pais a lancheria da família, que fica próxima à Unifra. Foto: Julie Brum, Labfem

Leandro Boerto é filho dos donos da lancheria  Xis do Bira que faz sucesso entre os alunos da Unifra em dias de aula. Leandro conta sobre os três anos em que vem acompanhando os vestibulares da Unifra, desde que inauguraram o estabelecimento. Ele diz que normalmente saem bastante pasteis e a la minutas para pais e vestibulandos. “Vendemos muitas águas, cerca de 40 a 50% a mais do que nos dias normais. Além de chocolates e canetas, é um bom caixa a mais”, conta Leandro.

Pedro Boscaini, proprietário do restaurante Meio Dia, próximo aos três conjuntos da Unifra. Ele conta que é o primeiro vestibular da instituição com que o estabelecimento se depara. O comerciante observa as pessoas ansiosas e diz  da melhora do movimento. “Os estudantes vêm comendo pouco e pensando muito”, diz Pedro.

O comerciante Diego Machado é proprietário de bar que fica ao lado do conjunto I da Unifra. Foto: Julie Brum, Labfem

Diego Machado de Freitas e a esposa Suzana são proprietários do bar Boteco do Mineiro que fica em frente ao conjunto III da Unifra. Diego conta que nas próximas férias mudarão o horário para seguir o ritmo da instituição. Além disso,  pretendem servir almoços para atender a demanda dos alunos. É o segundo vestibular de verão que o casal acompanha. Freitas conta que eles ouvem muitas histórias de pais que falam a respeito da maratona de provas que os filhos encaram. Tem pais que “andam mais de mil quilômetros em dois ou três dias; vem estas histórias, como de pessoas que voltam por não terem conseguido passar nos outros anos, então acabamos criando um vínculo”, comenta ele.

Rosemar Mendes conta à ACS sobre a movimentação de sua padaria no dia de Vestibular Unifra. Foto: Julie Brum, Labfem

Já Rosemar Mendes é dono da padaria Derf, próxima à Unifra. Ele conta que muitos vestibulandos foram até lá para comprarem água. Ele diz ter sido bem corrido. O comerciante considera a movimentação importante para o comércio local.

Por: Gabriele Bordin e Luísa Peixoto

‘’Por mais que não vire notícia nos jornais, por mais que você passe e finja que não viu, a pobreza continua ali’’.
O tema de redação proposto interroga o papel da mídia sobre as reais necessidades, ofuscando diariamente a pobreza das pessoas carentes. A pobreza faz parte da estética nas ruas. Após a divulgação do tema, que estava previsto para as 16:30, conversamos com a coordenadora do cursinho Fleming Medicina, de Santa Maria, Magali Pagnonceli. A professora de redação afirma que esse é um tema social, que abrange todos os temas sociais tratados até hoje: a pobreza. O tema delimita bem a falta de visibilidade das pessoas carentes, sendo bem trabalhado no cursinho e bem trabalhado pela UNIFRA também e um tema bem tranquilo para os alunos escreverem.
‘’Como o nosso IDH caiu bastante, era tema que poderia sim ser esperado’’, relata Mariane Lazzari, professora de redação do TOTEM em Santa Maria. O foco maior desse tema é a invisibilidade, tem uma relação e uma crítica bem forte à mídia, um dos principais agentes dessa invisibilidade que prioriza brancos e ricos em sua dramaturgia.
Vitor Beltrame, 23 anos, candidato ao curso de Farmácia, conta que gostou muito de escrever sobre o tema, ‘’achei melhor que o tema do ENEM. Infelizmente é verdade a proposta da redação, mas é bem mais acessível a escrita’’, relata o jovem.

Adilção Beust- Coordenador do Vestibular. Foto: Jéssica Marian

O vestibular do Centro Universitário Franciscano 2018 está transcorrendo de maneira tranquila e o professor Adilção Beust, um dos coordenadores do vestibular, avalia com satisfação a movimentação até agora.

ACS- Como o vestibular está ocorrendo? Houve algum tipo de problema?
Adilção Beust-De forma geral, não houve nenhum problema. Tenho informação de que dois colegas tiveram problema de pressão arterial e foram atendidos. Exceto isso, tudo está excelente. O fato da prova estar sendo realizada no turno da tarde tem facilitado as coisas, pois os alunos almoçam e conseguem vir mais descansados. Na questão da estrutura de logística dos prédios sempre tem aqueles vestibulandos que acabam não lendo todas as informações corretamente, mesmo recebendo emails de nossa equipe com todos os dados. Houve três candidatos que vieram para o Conjunto III por engano e deveriam ter ido para o conjunto II. Eles foram encaminhados para o conjunto correto. Mais tarde, já próximo ao horário de início das provas, mais dois candidatos também apresentaram-se no conjunto errado e foram conduzidos até o local certo por um carro da instituição.
Com relação à prova, felizmente não tivemos problema nenhum. Os alunos entraram tranquilamente e estão realizando as provas. Claro que  a partir das 17:30, quando todos tiverem saído das provas e fizerem contato com os professores dos cursinhos, alguns questionamentos podem surgir. O que é natural e nós somos bem democráticos com esse tipo de questionamento.

ACS- E o que os vestibulandos devem fazer nesses casos?
A.B –  Nós temos um formulário eletrônico no site da instituição, chamado Formulário de Recurso, onde o candidato pode preencher e assim ter o direito de questionar a questão, desde que ele faça o embasamento fundamentado e seja efetivamente inscrito no nosso processo.

ACS- O número de abstenções foi próximo do que vocês esperavam?
A.B- A nossa média de abstenção tem sido sempre em torno de 12%. Esperávamos esse número novamente, mas nesta edição tivemos um número de 9.95%. Eu achei essa queda bastante significativa. Exatamente 384 candidatos não vieram fazer a prova, o que eu achei bem razoável.

ACS- Os professores de cursinhos poderão fazer a prova mais tarde. Como isso vai funcionar?
A. B- Nós temos no Salão de Atos do prédio 13 do conjunto III um espaço reservado para que os professores dos cursinhos possam realizar a prova. Eles entram nas mesmas condições dos candidatos e fazem a prova das 16h30 às 17h30. Quando tocar o sinal de término de provas, eles poderão se retirar levando o exame que fizeram. A participação desses professores para nós é muito importante,  pois eles colaboram com  a nossa prova e a crítica deles também é muito importante. Em todos esses anos nós abrimos esse espaço e sempre foi positivo.

ACS- Sobre o tema da redação, o que você pode comentar?
A.B- O tema da redação”O problema não é o que vira notícia, mas o que deixa de ser”. A grande questão por trás é a nossa sociedade, o que realmente deve ser notícia, o que é importante pra sociedade de maneira geral. Eu, como matemático, posso fazer uma relação da seguinte maneira: eu observo, principalmente, em nossos governantes, que se trabalha muito em cima de número e estatísticas. Na verdade não é isso que nós estamos visualizando em nossa sociedade, então, o tema está bem dentro dessa linha.

 

Além dos cursos de graduação ofertados – 33 no total – o Centro Universitário Franciscano oferece também 20 especializações. Para esclarecer a atual situação e andamento desses Cursos, Solange Binotto Fagan, a pró-reitora de pós-graduação, pesquisa e extensão da Instituição, concedeu entrevista à equipe da Agência Central Sul durante essa edição do vestibular de verão.

Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unifra, Solange Binotto Fagan. Fot: Pedro Cardoso/LABFEM-UNIFRA

ACS: Professora Solange, no cenário atual, com a crise que o nosso País enfrenta, como está o andamento das pós-graduações da instituição?

SBF: Temos, no total, 20 cursos de especialização. Desses, 10 estão funcionando tranquilamente. Temos mantido essa média durante os últimos anos. Tínhamos a expectativa de um número bem menor de alunos, em decorrência da crise econômica e por ser uma instituição particular, mas fomos surpreendidos positivamente.

ACS: As inscrições estão abertas. Há alguma nova especialização na grade ofertada?

SBF: Sim, contamos com dois cursos novos em sua primeira edição. São os de Saúde Materna e Neonatal e o de Gerontologia e Políticas Públicas. Todos os outros já estavam presentes em edições anteriores. Nossa estimativa é favorável, já que temos nos mantido estáveis em números de alunos nos cursos.

AGS: Temos muitas bolsas de pesquisa e iniciação científica. O número de bolsistas tem crescido? Em qual setor da Instituição temos mais bolsas?

SBF: As que são financiadas pela instituição, e dos cursos de graduação, tem se mantido nos mesmos números, sem grandes alterações. Entretanto, as que estão relacionadas aos cursos de mestrado e doutorado tem crescido. A área em que mais temos pesquisadores é a da saúde.

ACS: Também tivemos abertas, recentemente, as inscrições de projetos de extensão. Já há alguma resposta ou ainda estão em processo de seleção?

SBF: Ainda estamos avaliando e selecionando os projetos que continuarão ou entrarão em andamento no ano que vem. Até o final do ano teremos uma resposta concreta. Mas a nossa intenção é expandir, tanto o número de projetos, quanto sua abrangência na comunidade.

Faltavam poucos minutos para a abertura dos portões,quando conversamos com alguns professores dos cursinhos locais de Santa Maria, para saber como é a preparação pré-vestibular. Serão 4 horas de prova única, com 50 questões objetivas mais a redação, o que sempre deixa os vestibulandos ansiosos.

André Assunção coordenador do Fóton Vestibulares. Fotos: Thayane Rodrigues/ LABFEM

André Assunção, 38 anos, psicólogo e coordenador do Fóton Vestibulares, relata que, como psicólogo, pede para os alunos ficarem calmos, pois o maior índice de reprovação é devido ao nervosismo. Por isso, nos dias finais, o cursinho orienta aos alunos para que cuidem da sua saúde mental, mantendo a calma.

Thiago Vasco, professor de física do Riachuelo Vestibulares. Fotos: Thayane Rodrigues/ LABFÉM

Thiago Vasco, 43 anos professor de física do Riachuelo, conta que faz revisão de grandezas constantemente com os alunos, sabendo que é um assunto pertinente nos vestibulares da UNIFRA.

Isimar Hundertmarck, 42 anos, coordenador do Fleming Medicina Santa Maria e professor de geografia, afirma que o aluno que já estudou, está preparado; porém quando o aluno não sabe uma questão, tem que pular para a próxima. Se o aluno revisou todas as listas, estudou em casa, tirou as dúvidas com os professores e participou das aulas, o momento pré-vestibular é para ‘’ficar de boas’’, pois o conteúdo está quentinho.

Jader Escobar, professor de história do Totem. Fotos: Thayane Rodrigues/LABFÉM

Professor de história do Totem, Jader Escobar, 32 anos, diz que todos os professores procuram estudar todas as provas anteriores da UNIFRA, assim, desenvolvem um conhecimento pleno do que é cobrado nas provas. Como professor de história, Jader relata que o concurso vestibular da Instituição sempre aborda Getúlio Vargas e Ditadura Militar, mas que – de modo geral – costumam passar muita calma para os alunos.