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Jornalista santa-mariense visita aldeias na África

A ONG Fraternidade Sem Fronteiras (FSF) atua na implantação de centros de acolhimento nas regiões mais pobres do mundo, onde a fome, a miséria e o desamparo fazem vítimas inocentes todos os dias. Fundada em 2009

O jornalista Lucas Amorim em um dos centros de acolhimento da FSF. Fotos: arquivo pessoal

A ONG Fraternidade Sem Fronteiras (FSF) atua na implantação de centros de acolhimento nas regiões mais pobres do mundo, onde a fome, a miséria e o desamparo fazem vítimas inocentes todos os dias.

Fundada em 2009 e com sede localizada em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, a FSF começou seu trabalho na África e, atualmente, conta com 26 centros de acolhimento localizados na região entre Moçambique e Madagascar. Tais locais recebem aproximadamente 12 mil crianças, sendo que 9 mil são órfãs.

O santa-mariense Lucas Leivas Amorim, graduado pelo curso de jornalismo da Universidade Franciscana, está hoje(10) voltando de seus 10 dias na África. Amorim confessa que sempre teve o sonho de viajar para fora do Brasil para doar um pouco de si. Quando descobriu que com a FSF tinha essa possibilidade, soube na hora ser isso o que queria fazer.

Amorim participando de atividades recreativas com as crianças.

Junto com mais 15 brasileiros, Lucas ficou hospedado em alojamentos dos centros de acolhimento das aldeias de Moçambique. A caravana da educação da qual faziam parte tem o objetivo de levar materiais escolares, treinamento para os monitores da aldeia e atividades recreativas para as crianças.

O jornalista relata que as dificuldade são muitas. As aldeias que visitou são miseráveis, em situação que nunca presenciou no Brasil. “O melhor é ver que a instituição está fazendo sua parte e ajudando de alguma forma, mesmo que não mude o mundo, vai modificar a vida de muitos”, afirma Amorim.

Moradores da aldeia retirando água do poço.

Nos centros de acolhimentos as crianças, jovens e idosos da aldeia recebem comida, água potável, atendimento de saúde e higiene, atividades recreativas e culturais, aulas diárias e material escolar. Esse amparo se dá por meio do apadrinhamento feito por voluntários no Brasil e em várias partes do mundo. Os padrinhos escolhem os projetos no site e contribuem mensalmente. Cada vez que uma nova pessoa apadrinha, uma nova criança pode entrar no centro de acolhimento.

Amorim ressalta que o que mais chamou sua atenção nessa experiência. Observou que embora o povo seja sofrido demais, eles nunca deixam de sorrir. “Estão sempre alegres celebrando a vida e agradecendo por ela com orações, canções e muita dança”, relembra.

Por conta do trabalho significativo durante todos esse anos, a FSF recebeu o Prêmio Você e a Paz, em 2016, na categoria “Instituição que Realiza”.