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XIX SEPE propõe debate atual sobre busca da humanização

Ocorreu na noite da última quinta-feira, 18, mais um encontro do XIX Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE), que, neste ano, tem com o tema “Olhares sustentáveis em favor da vida”. Com a pauta “Espiritualidade: dimensão essencial da vida”, o palestrante frei Luiz Turra iniciou sua fala cantando “Vemos tão pouco com os nossos olhos / Ouvimos tão pouco com nossos ouvidos / É limitado o alcance dos sentimos / Só vemos bem com o coração”, onde expôs suas crenças no que diz respeito a conhecer a própria vida “por dentro”, ao invés de deixar-se levar: “É diferente eu me massificar, ser Maria vai com as outras, e ser sociável mantendo minha autenticidade”, explica.

Para o frei, não estamos vivendo uma época de mudanças, mas uma mudança de época. Esse é um dos motivos pelos quais a Pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Franciscano, Solange Binotto Fagan, acredita que falar sobre espiritualidade é extremamente pertinente: “Falar sobre olhares sustentáveis não é falar só sobre um olhar econômico ou ambiental, mas também falar sobre essa visão do todo, da vida e do sentido da vida”, revela Solange. A Pró-reitora ressalta que é preciso trabalhar, dentro da sustentabilidade, a não violência, a cultura da paz e a cultura da humanidade, temas bastante atuais dentro da “mudança de época” citada pelo Frei Turra.

Também foram abordadas as esferas relativas à lógica do consumo, ao da transcendência e do amor e a conexão com a liberdade absoluta, assuntos necessários para que a sociedade não só lamente o que está errado, mas, principalmente, encontre-se com o que está certo. Frei Turra, padre à quase 50 anos, salienta que um dos grandes males do mundo atual – também no espaço religioso – é o fanatismo, e que de nada vale considerar-se altamente espiritualizado por rezar, se você não é capaz de sorrir para os outros quando sai de casa: “Que espiritualidade é essa que não sorri?”. Quando questionado sobre a obrigatoriedade de rezar e frequentar a missa, ele responde: “Alguém é obrigado a viver? A gente vive por amor!”.

O SEPE propõe debates atuais e de temas transversais, onde o resultado reflete na comunidade, de uma forma ampla, mas também na formação do estudante, dia após dia. Tratar de olhares sustentáveis e espiritualidade não significa estudar o cristianismo, o budismo ou o judaísmo, mas compreender que toda espiritualidade é a busca da humanização.

 

Por Manuela Fantinel para a disciplina de Jornalismo Online

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Ocorreu na noite da última quinta-feira, 18, mais um encontro do XIX Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE), que, neste ano, tem com o tema “Olhares sustentáveis em favor da vida”. Com a pauta “Espiritualidade: dimensão essencial da vida”, o palestrante frei Luiz Turra iniciou sua fala cantando “Vemos tão pouco com os nossos olhos / Ouvimos tão pouco com nossos ouvidos / É limitado o alcance dos sentimos / Só vemos bem com o coração”, onde expôs suas crenças no que diz respeito a conhecer a própria vida “por dentro”, ao invés de deixar-se levar: “É diferente eu me massificar, ser Maria vai com as outras, e ser sociável mantendo minha autenticidade”, explica.

Para o frei, não estamos vivendo uma época de mudanças, mas uma mudança de época. Esse é um dos motivos pelos quais a Pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Franciscano, Solange Binotto Fagan, acredita que falar sobre espiritualidade é extremamente pertinente: “Falar sobre olhares sustentáveis não é falar só sobre um olhar econômico ou ambiental, mas também falar sobre essa visão do todo, da vida e do sentido da vida”, revela Solange. A Pró-reitora ressalta que é preciso trabalhar, dentro da sustentabilidade, a não violência, a cultura da paz e a cultura da humanidade, temas bastante atuais dentro da “mudança de época” citada pelo Frei Turra.

Também foram abordadas as esferas relativas à lógica do consumo, ao da transcendência e do amor e a conexão com a liberdade absoluta, assuntos necessários para que a sociedade não só lamente o que está errado, mas, principalmente, encontre-se com o que está certo. Frei Turra, padre à quase 50 anos, salienta que um dos grandes males do mundo atual – também no espaço religioso – é o fanatismo, e que de nada vale considerar-se altamente espiritualizado por rezar, se você não é capaz de sorrir para os outros quando sai de casa: “Que espiritualidade é essa que não sorri?”. Quando questionado sobre a obrigatoriedade de rezar e frequentar a missa, ele responde: “Alguém é obrigado a viver? A gente vive por amor!”.

O SEPE propõe debates atuais e de temas transversais, onde o resultado reflete na comunidade, de uma forma ampla, mas também na formação do estudante, dia após dia. Tratar de olhares sustentáveis e espiritualidade não significa estudar o cristianismo, o budismo ou o judaísmo, mas compreender que toda espiritualidade é a busca da humanização.

 

Por Manuela Fantinel para a disciplina de Jornalismo Online