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Classificação de risco em saúde é tema de palestra na UFN

Wagner Costa Pereira, coordenador de enfermagem  e responsável técnico na UPA 24h. Foto: Mariana Olhaberriet/ LABFEM

Classificação de Risco foi o tema da palestra do enfermeiro, Vagner Costa Pereira, no Seminário do Programa de Residência em Enfermagem na Urgência/Trauma: Aplicabilidade clínica, da Universidade Franciscana, nesta sexta-feira, 9. O palestrante é  coordenador de Enfermagem e responsável técnico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) em Santa Maria.

O enfermeiro ressaltou que este protocolo é um tema muito atual na área da saúde e ainda pouco conhecido entre os profissionais. O processo de classificação de risco é uma ferramenta utilizada por médicos e enfermeiros dos serviços de atendimento de urgência e emergência, para categorizar a situação de cada paciente. Para isso, é importante a utilização de alguns recursos como o manual de serviço (literatura a ser consultada), conhecimento clínico e materiais básicos, o estetoscópio por exemplo, utilizado para escutar os sons internos do paciente.

 

  • Sistema de Classificação de Risco

Este sistema busca avaliar os pacientes e classificar a necessidade de atendimento prioritário, conforme a gravidade de cada caso. “Ou seja, trata-se da priorização do atendimento, após uma complexa avaliação do paciente, realizada por um profissional devidamente capacitado, do ponto de vista técnico e científico” conforme o artigo de Vinicius Fernandes, enfermeiro, graduado pelo Centro Universitário de Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), em São Paulo.

Este sistema categoriza uma situação de risco em cinco cores: azul, verde, amarelo, laranja e vermelho. Do mais  ao menos urgente, a cor vermelha determina atendimento imediato, laranja, em até 10 minutos, amarelo até 60 minutos, verde,  120 minutos (2h) e azul até 240 minutos (4h).

Segundo o enfermeiro, este processo é um divisor de águas no serviço de pronto atendimento, pois auxilia no diagnóstico, no tempo de espera e o no próprio atendimento do serviço de urgência e emergência. “A classificação pode fazer a diferença na vida e até mesmo no caso de morte do paciente”, considera. Com isso, Vagner ressalta um problema enfrentado no sistema público de saúde, pois a Unidade de Pronto Atendimento deveria fornecer o atendimento imediato em casos de urgência e emergência. Porém, muitos casos que chegam a UPA deveriam ser encaminhados para leitos em hospitais públicos, após o primeiro atendimento, mas não é isso que acontece. Desta forma, as UPA’s acabam suprindo a falta de leitos dos hospitais, mantendo um paciente internado por, em média, 7 dias nas unidades.

Outro problema destacado pelo enfermeiro é a falta ou a precariedade no registro dos processos durante o  atendimento. Vagner argumenta que não preencher os registros obrigatórios ou registrá-los de forma incorreta pode não só prejudicar o paciente, mas também implicar responsabilidade ao médico ou enfermeiro. “Em caso de morte, a palavra da família do paciente tem maior credibilidade em caso de julgamento, pois, realizar o procedimento correto e mesmo assim não registrar, por exemplo, até pode ser válido para a saúde do paciente, mas não dá respaldo legal ao profissional responsável”,  afirma.

 

  • Triagem x Classificação de Risco

De acordo com sua experiência, Vagner esclarece a principal diferença entre estes dois conceitos utilizados para determinar o atendimento de um paciente da urgência/emergência, reforçando a importância da classificação de risco.

Triagem: diz respeito a um atendimento humanizado-profissional, aliando características de observação com conceitos técnicos.

Classificação de Risco: sistema baseado em processos e estudos científicos usados para determinar com base nos sintomas do paciente a urgência da sua situação, para além da observação. Compreende alguns passos, desde a entrada do paciente no pronto atendimento, ao contato/avaliação com cada usuário do sistema de saúde.

 

O enfermeiro faz um alerta sobre a classificação de casos especiais, como por exemplo idosos e pacientes com suspeitas de agressão.

  • Situações Especiais

Idosos – Verde

Deficientes físicos e mentais – Verde

Acamados – Verde

Dificuldade de locomoção – Verde

Gestantes – Verde ou Amarelo, na maioria dos casos

Pessoas escoltadas, algemadas ou envolvidos em ocorrência policial – Amarelo

Suspeita de, ou agressão  e vítimas de abusos sexuais – Amarelo

Retornos em menos de 24h sem melhora – Verde

Acidentes de Trabalho – Amarelo  

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Wagner Costa Pereira, coordenador de enfermagem  e responsável técnico na UPA 24h. Foto: Mariana Olhaberriet/ LABFEM

Classificação de Risco foi o tema da palestra do enfermeiro, Vagner Costa Pereira, no Seminário do Programa de Residência em Enfermagem na Urgência/Trauma: Aplicabilidade clínica, da Universidade Franciscana, nesta sexta-feira, 9. O palestrante é  coordenador de Enfermagem e responsável técnico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) em Santa Maria.

O enfermeiro ressaltou que este protocolo é um tema muito atual na área da saúde e ainda pouco conhecido entre os profissionais. O processo de classificação de risco é uma ferramenta utilizada por médicos e enfermeiros dos serviços de atendimento de urgência e emergência, para categorizar a situação de cada paciente. Para isso, é importante a utilização de alguns recursos como o manual de serviço (literatura a ser consultada), conhecimento clínico e materiais básicos, o estetoscópio por exemplo, utilizado para escutar os sons internos do paciente.

 

  • Sistema de Classificação de Risco

Este sistema busca avaliar os pacientes e classificar a necessidade de atendimento prioritário, conforme a gravidade de cada caso. “Ou seja, trata-se da priorização do atendimento, após uma complexa avaliação do paciente, realizada por um profissional devidamente capacitado, do ponto de vista técnico e científico” conforme o artigo de Vinicius Fernandes, enfermeiro, graduado pelo Centro Universitário de Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), em São Paulo.

Este sistema categoriza uma situação de risco em cinco cores: azul, verde, amarelo, laranja e vermelho. Do mais  ao menos urgente, a cor vermelha determina atendimento imediato, laranja, em até 10 minutos, amarelo até 60 minutos, verde,  120 minutos (2h) e azul até 240 minutos (4h).

Segundo o enfermeiro, este processo é um divisor de águas no serviço de pronto atendimento, pois auxilia no diagnóstico, no tempo de espera e o no próprio atendimento do serviço de urgência e emergência. “A classificação pode fazer a diferença na vida e até mesmo no caso de morte do paciente”, considera. Com isso, Vagner ressalta um problema enfrentado no sistema público de saúde, pois a Unidade de Pronto Atendimento deveria fornecer o atendimento imediato em casos de urgência e emergência. Porém, muitos casos que chegam a UPA deveriam ser encaminhados para leitos em hospitais públicos, após o primeiro atendimento, mas não é isso que acontece. Desta forma, as UPA’s acabam suprindo a falta de leitos dos hospitais, mantendo um paciente internado por, em média, 7 dias nas unidades.

Outro problema destacado pelo enfermeiro é a falta ou a precariedade no registro dos processos durante o  atendimento. Vagner argumenta que não preencher os registros obrigatórios ou registrá-los de forma incorreta pode não só prejudicar o paciente, mas também implicar responsabilidade ao médico ou enfermeiro. “Em caso de morte, a palavra da família do paciente tem maior credibilidade em caso de julgamento, pois, realizar o procedimento correto e mesmo assim não registrar, por exemplo, até pode ser válido para a saúde do paciente, mas não dá respaldo legal ao profissional responsável”,  afirma.

 

  • Triagem x Classificação de Risco

De acordo com sua experiência, Vagner esclarece a principal diferença entre estes dois conceitos utilizados para determinar o atendimento de um paciente da urgência/emergência, reforçando a importância da classificação de risco.

Triagem: diz respeito a um atendimento humanizado-profissional, aliando características de observação com conceitos técnicos.

Classificação de Risco: sistema baseado em processos e estudos científicos usados para determinar com base nos sintomas do paciente a urgência da sua situação, para além da observação. Compreende alguns passos, desde a entrada do paciente no pronto atendimento, ao contato/avaliação com cada usuário do sistema de saúde.

 

O enfermeiro faz um alerta sobre a classificação de casos especiais, como por exemplo idosos e pacientes com suspeitas de agressão.

  • Situações Especiais

Idosos – Verde

Deficientes físicos e mentais – Verde

Acamados – Verde

Dificuldade de locomoção – Verde

Gestantes – Verde ou Amarelo, na maioria dos casos

Pessoas escoltadas, algemadas ou envolvidos em ocorrência policial – Amarelo

Suspeita de, ou agressão  e vítimas de abusos sexuais – Amarelo

Retornos em menos de 24h sem melhora – Verde

Acidentes de Trabalho – Amarelo